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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
O Brasil vive uma epidemia de homicídios nas últimas décadas. A violência é comum a países com alto grau de desigualdade social - como o Brasil. O decreto que flexibiliza a posse de arma, bem como, os anseios de uma parcela da população que concorda com este, põe em cheque a fragilidade do estado em garantir a segurança aos cidadãos pagadores de impostos. A violência escancarada nos jornais não é resultado da falta de armas e sim do excesso delas, principalmente por estarem “nas mãos erradas”. Outro fator que corrobora com o aumento da violência é a falta de investimentos em educação e emprego. Uma população sem expectativas, sem oportunidades, se torna muito mais vulnerável e atraída para o tráfico de drogas, armas, etc. Portanto, para conter a escalada do número de homicídios, é preciso ir além de decretos e leis que “joguem” ainda mais armas diante de uma população que carece do básico. Carece de educação, de emprego, saúde e dignidade.
[ 160, 120, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
De acordo com a poesia do poeta maranhense, nauro Machado: "Um atrás do outro, atrás um do outro, ano após ano, ano após outros, minuto após minutos, século após séculos, e de novo um atrás do outro, um atrás do outro". Se ainda, estivesse vivo, certamente conversaria com ele, hoje, sobre sentido dessa frase que de imediato estaria relacionado com "a ciência na era da pós-modernidade", em virtude da discussão da vacina e do formato da terra, mostra-se como um dos debates da atualidade. Certamente, hoje, em sociedade existe um grande debate sobre se a vacinação é realmente eficaz durante a vida. Seria, sim, mais uma incredulidade geral de certas instituições, com intuito de moldar a sociedade a favor de seus pensamentos, mesmo após o primeiro ato esses membros estarão construindo uma sociedade negativas a cerca das décadas subsequentes. Da mesma forma, um dos grandes contra versas de que a terra não é redonda é o estadunidense Eric Dubai, autor do livro "200 provas que a terra não é uma bola giratória". Com isso, conquistou adeptos em todo mundo, de certo modo a terra é redonda que gira em torno do sol e provas que tenhamos em sociedade como: o homem na lua satélite, fotos e vídeos. A poesia citada inicialmente, com os argumentos expostos, não está seguindo a mesma lógica. Portanto, os grandes estudiosos como: médicos, cientistas universitários, demostrar de maneira clara para a sociedade civil que não só as problemáticas abordadas como outros assuntos seja esclarecido, promovendo esclarecimento da ciência antes da pós-modernidade. Só assim a poesia de nauro Machado, estará alinhado com o tema sem nenhuma desconfiança.
[ 80, 120, 80, 120, 120, 520 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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14.html
preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
A floresta amazônica é maior floresta equatorial do mundo e sua maior parte está no território brasileiro. Após a promoção do povoamento da região norte foi implantado varias politicas de atração de investimento que subsidiaria expansão da região. Portanto, observa-se diante da intensa atividade antrópica na região tem ocasionado problemas ambientais sérios, as queimadas e desmatamento e entre outros; colocando em risco a fauna, flora, e posterior o aquecimento do planeta. Por conseguinte, há uma necessidade de interferir em frente aos desastres ambientais causados pela ação antrópica que tem deteriorado grande parte da floresta amazônica. Os estudos apontam que há uma urgência de controlar e sanar os danos que a floresta vem sofrendo, e assim preservar fauna e flora daquela região; são necessário medidas tente assegurar à preservação e impedirem de ataques a floresta. Todavia, as queimadas no norte do Brasil têm preocupado todos, por ser uma floresta de grande valia no equilíbrio do planeta. Após as polêmicas que geraram entorno da preservação, há um dilema que permeia na sociedade no diz respeita a preservação quem dever garantir; o governo do Brasil ou uma conjuntura de governos de outros países? O Brasil tem grande potencial de adotar medidas que promova a preservação da floresta e assim usufruir do patrimônio de forma sustentável. Contudo, é preciso que as politicas ambientais proporcionem bem-estar da floresta, assegurando a preservação rigidamente; o governo brasileiro e a sociedade tome consciência do patrimônio que tem. A sociedade reivindicar das autoridades promoção da educação ambiental para pessoas que reside na região e as indústria que se pretende instalar adotar medidas sustentáveis. As fiscalizações sejam constantes, e assim vise o ambiente livre de queimadas, desmatamento e etc.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Durante toda a evolução do planeta em que habitamos, várias teorias que eram tomadas como verdade absoluta por muito tempo, foram derrubadas por outras teorias obtidas a partir de observações, que também não são extremamente confiáveis, e doutras vezes, são mais consistentes, obtidas através de fatos. O aprendizado que a humanidade tomou para si a partir disso, é o fato de que nem sempre o que se acredita por uma duração de tempo é válido. Pensando nisso, e aplicando essa variabilidade de informações constantes na sociedade atual, nota-se que nada é recebido pela massa como verdade absoluta, o tempo de que as autoridades impunham o que devia-se acreditar, ou fazer, está ultrapassado e cada cidadão, conforme o andamento de sua formação, elege o que deve acreditar ou fazer, de acordo com seus princípios. Esse fato deve-se também aos órgãos de autoridade, como o governo, que ao mascarar e corromper verdades ao povo, perde sua credibilidade. Além do mais, o avanço da tecnologia traz uma desvantagem muito perigosa, aonde qualquer pessoa, independe de sua qualificação, pode criar uma teoria a partir de fatos inconsistentes, e lança-la nas redes sociais, aonde todos terão acesso a mesma. Esses fatores, acoplados às fake news, e ainda mais reflexivo, aliado a dificuldade que a sociedade tem em acreditar em coisas que os olhos não veem, fazem com que, teorias irrefutáveis, como a importância da vacina e a curvatura da terra, tornem-se duvidosas. O problema de toda essa movimentação, é que as pessoas acabam ficando à mercê em torno de tantas informações recebidas e nem sempre tem sabedoria suficiente para acreditar no que é cientificamente e sociologicamente comprovado. Tendo todos esses fatores em vista, cabe a população procurar a confiabilidade da fonte em que obteve alguma informação antes de propaga-la. À NASA, ao Ministério da Saúde e tantos outros órgãos que tem seu andamento comprometido por diversas teorias malucas, cabe o esclarecimento dos fatos obtidos a partir de pesquisas sérias e assim juntamente com as escolas, devem tornar claro a população o coerente, como a importância das vacinas e o formato da terra.
[ 120, 120, 160, 160, 120, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
A crise econômica sem precedentes pela qual o Brasil vem passando causou uma piora nos serviços públicos, sobretudo em razão da diminuição na arrecadação de impostos e a consequente redução dos gastos estatais. Um exemplo disso é o recente contingenciamento de parte das verbas das universidades públicas anunciado pelo atual governo, que gerou protestos e aumentou o debate sobre o financiamento dessas escolas superiores. Uma das características que mais chamam a atenção nas universidades públicas brasileiras é o perfil dos alunos que as frequentam, já que a maioria desses estudantes é de famílias ricas. Isso se deve à dificuldade das provas dos vestibulares de acesso a tais escolas, nos quais são aprovados aqueles que obtiveram melhor preparação nos ensinos fundamental e médio, ou seja, quem teve condição de pagar pela educação. Dentre as consequências dessa barreira que os estudantes com poucas condições financeiras encontram para entrar nas universidades públicas é a manutenção da desigualdade existente no país, uma vez que, eles têm poucas chances de acesso àquelas carreiras profissionais, às quais o mercado oferece mais vagas e com melhores salários. Essa discrepância, atrelada às graves dificuldades financeiras pelas quais os governos estaduais e o federal estão passando, demonstra a necessidade de as universidades públicas cobrarem dos alunos que podem pagar pelo ensino superior, o que diminuiria o custo desse ensino para o país. Quem é aprovado para cursos como o de Medicina, um dos que mais demandam recursos estatais, um dos mais concorridos, com maiores notas de corte, é, quase sempre, da classe média alta, que tem plenas condições de pagar pelos estudos. Por outro lado, os mais pobres, que gastam muito do que ganham para pagar impostos, ficam de fora e só lhes resta ir para as faculdades particulares. Dessa forma, fica claro que é preciso mudar o jeito como as universidades estaduais e federais são financiadas e assim evitar que o governo seja obrigado a reduzir verbas destinadas a elas, ao mesmo tempo em que pessoas ricas tenham acesso gratuito a esse serviço. Isso geraria uma economia de dinheiro, que poderia ser utilizado na melhoria dessas escolas e, mais importante, na abertura de mais vagas, cuja consequência seria a facilitação do acesso, para todos, a essas universidades.
[ 160, 120, 160, 160, 80, 680 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
É necessário cautela quando o assunto é sobre culturas não relacionadas ao nosso campo de conhecimento e experiência de vida. A tolerância entre diferentes culturas também deve ser construída, o Estado e a sociedade precisam caminhar juntos com intuito de alcançar esta condescendência. Os ser humano na sua subjetividade possui valores, esses muitas vezes são invioláveis, pois em casos de resistência podem gerar insegurança, desconforto e insatisfação. A cultura em determinadas comunidades é considerada um valor velado, mesmo que a contemporaneidade brasileira esteja em alinhamento favorável à apropriação cultural podemos ter divergência desse entendimento dentro de culturas mais conservadoras. Usufruir de insígnias de outras culturas no Carnaval, por mais que exista uma intenção benigna nessa atitude, como propagar diferentes culturas e de valorizar a diversidade, pode acabar ofendendo os nativos da comunidade que está sendo referenciada. Não é comum vermos nas inúmeras fantasias do Carnaval brasileiro as pessoas fazendo referência ao Estados Islâmico extremista ou seus grupos como a Al-Qaeda. Organizações como essa se tornaram conhecidas por torturar e executar pessoas ou por atacar a outros países pelo fato de considerarem certas ações como uma agressão aos seus valores e princípios culturais. Obviamente, ao tratar desse assunto, saímos da esfera brasileira, mas as fantasias de Carnaval também se referenciam a culturas estrangeiras. O fato é que existe um conhecimento mais comum e facilitado da sociedade sobre as ações extremistas do Estado Islâmico devido ao alto grau de prejuízos gerados por elas, mas quando comparamos ao universo indígena as pessoas não retém a mesma quantidade de entendimento da cultura que constrói esse universo. Sabemos que a prática de tortura e execução não são comuns nos territórios indígenas, mas isso não significa que o valor atribuído a uma cultura não possa ser ofendido pelo simples fato do uso inadequado de uma determinada vestimenta. A apropriação cultural, mesmo com os inúmeros benefícios que ela pode trazer, deve ser realizada de forma minuciosa. A cultura do outro deve ser estudada, pesquisada, analisada, entrevistada para que essa apropriação seja feita de forma que não ofenda todo um povo e uma história. O Estado deve promover meios informativos e a sociedade precisa adquirir esses conhecimentos antes de colocar em uso os aspectos de uma outra cultura, gerando dessa forma diálogo e entendimento intraculturais e diminuindo a intolerância.
[ 120, 120, 160, 120, 80, 600 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Ao falar sobre a floresta amazônica ela vitima de irresponsabilidade do governo e dos grupos criminoso que explorar de maneira irregular sem o devido processo de sustentabilidade tanto que somos observado diariamente mundo lá fora. inicialmente, a negligencia do governo quando se fala na questão ambiental e tratada de modo relaxada, além disso as legislação já existente não e dada atenção correta que deixa todos preocupados ocorrido dentro do pais revela na qual não estamos fazendo nossa obrigação correta para sua preservação já imaginamos uma floresta sem arvore com rios poluído de metais pesado devido extração de ouro e outros matérias pois é possível se essa medidas não for colocada em prioridade em pouco tempo não teremos essa biodiversidade de características única que países como França alertou não só o brasil como também Colômbia, Bolívia, Peru. levantou uma hipótese sobre a internacionalização, evidente que França tem uma colônia na floresta amazônica localizada na Guiana francesa e maior área protegida não só pelos franceses mas da união europeia são modelo para outras nações. é importante ressaltar que sustentabilidade poderá ser um dos requisito para um pais ser desenvolver economicamente com outra nação diverso acordo comercial uma vez afirmado sinaliza estamos comprimindo as nossa leis interna porque somos os responsável pelo ato que produzimos não podemos terceirizar as nossa responsabilidade. por fim as consequências devastadora de uma politica ambiental obsoletada mostra que mundo tão acompanhado atenciosamente as atitudes tomada teremos muitos desafio para cumprir ser um pais em que possa preservar é crescer de forma sustentável.
[ 80, 120, 120, 80, 0, 400 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
Múltiplos fatores são considerados na condenação de um réu e isso pode trazer à tona algumas polêmicas. Atualmente, está em voga o questionamento quanto a legalidade da pena após a decisão do juiz ter ocorrido em segunda instância. Alguns países servem de exemplo para melhor esclarecimento entre as ideias opostas, e alguns casos específicos trazem a noção de que o cumprimento da pena é algo orgânico, por assim dizer, pode ser eliminado, diminuído ou ampliado, mediante apuração de novas provas, ou comportamento do réu após a batida do martelo. Assim, sabendo que a punição ou absolvição, deve ocorrer em face do ato praticado, relacionando as consequências desse ato e principalmente a preservação do bem estar social, há a certeza de que o refinamento de antigos processos são positivos ao sentido da justiça. Então, a despeito da última palavra decisória ter sido declarada em qualquer instância possível, é preciso reforçar a ideia de que o objetivo da libertação de um preso deve acontecer, exclusivamente, caso seja benéfico ao Brasil.
[ 120, 40, 40, 80, 40, 320 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A tecnologia tem avançado de forma que o sistema financeiro também poderá ser afetado; como no filme "Valerian", que se passa no futuro e é protagonizado pela atriz Cara Delevingne, onde existe um mercado interdimensional visitado por humanos, as evoluções tecnológicas podem contribuir - bem ou mal - para a economia. O mais recente avanço é o bitcoin, moeda protegida por criptografia e completamente digitalizada, que pode enfraquecer instituições bancárias as quais poderão tomar medidas para evitar o prejuízo. A criptomoeda vem com a proposta de um menor controle financeiro estatal em relação a transações financeiras, além disso, tornará a existência das atuais instituições bancárias desnecessária ou pouco eficaz. Diante desse dilema, essas instituições não aceitariam as circunstâncias e encontrariam alguma forma de participar da economia, através da modernização dessas instituições - tornando-as completamente digitalizadas. Por conseguinte, uma revolução econômica poderia ser gerada, onde os bancos iriam falir (gerando consequências catastróficas) ou haveria uma grande transformação do sistema vigente através dessa digitalização completa. Ou seja, os bancos não fechariam, mas sim utilizariam apenas criptomoedas nas operações. E a privacidade monetária que o dinheiro virtual propõe, seria apenas uma ilusão. Para comprovar esta tese, podemos citar o Blockhain, um registro virtual de transações que, embora seja seguro e, de certa forma, eficaz na organização desses processos, é um exemplo de controle. É complicada a existência de um sistema financeiro onde não haja fiscalização, pois na falta dessa fiscalização haveriam problemas relativos a crimes, golpes e outras situações; isso dá abertura, facilmente, a um controle por parte do Estado. Portanto, a ideia de que a moeda virtual não será controlada é ilusória, pois esse tipo de avanço tecnológico ainda está se iniciando. Com uma possível revolução, as instituições financeiras encontrariam uma forma de lidar com esta problemática. Para evitar colapsos financeiros, uma alternativa seria, como citado anteriormente no texto, a modernização dessas instituições de forma gradual e com o consentimento de cada indivíduo.
[ 160, 120, 160, 200, 40, 680 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Recentemente, o Governo Federal anunciou um contingenciamento de verbas para a educação superior, o que gerou grande divergência entre os brasileiros: enquanto uns apoiaram a medida, outros foram às ruas para se manifestar contra ela. Nesse contexto, alguns defenderam a privatização das universidades ou a cobrança de mensalidades para os mais ricos a fim de solucionar a crise financeira do ensino superior. Porém, o mais justo é manter esse serviço público e gratuito a todos, embora certas ações sejam necessárias para maximizar os benefícios dessa decisão. Primordialmente, é válido considerar que as universidades públicas são as mais bem avaliadas do país. Segundo uma pesquisa do grupo britânico QS (Quacquarelli Symonds), UNICAMP e USP, por exemplo, estão entre as melhores da América Latina. Ademais, um levantamento recente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) mostrou que mais de 90% das pesquisas científicas do Brasil vêm das escolas superiores públicas. Sendo assim, a privatização das universidades seria prejudicial ao país, já que sua qualidade tenderia a piorar e a quantidade dessas pesquisas, a diminuir. Além disso, seria provável que tais estudos, lamentavelmente, fossem voltados somente a áreas que trazem maior retorno financeiro imediato. Desse modo, conclui-se que as instituições públicas de ensino superior devem continuar sendo do Estado. Em segunda análise, convém lembrar que o Artigo 206 garante o ensino gratuito em estabelecimentos oficiais. Logo, ninguém deveria ser privado de ter uma educação superior gratuita e de qualidade, independentemente da classe social. Infelizmente, isso não acontece na prática: boa parte da população, sobretudo os mais pobres, não tem acesso a esse serviço. Todavia, a cobrança de mensalidades não seria uma solução adequada para o impasse, pois não só violaria a Constituição, mas também poderia desestimular os mais ricos a ingressarem e realizarem pesquisas nessas instituições. Assim, é possível concluir que a universidade pública deve ser gratuita para todos. Portanto, a privatização das universidades públicas e a cobrança da mensalidade dos mais ricos não solucionariam o problema da crise financeira no ensino superior. Contudo, o Poder Público precisa agir para resolvê-lo e proporcionar, ainda, uma maior igualdade de acesso a essas instituições. Primeiramente, verbas de setores menos relevantes (a exemplo das Forças Armadas) devem ser destinadas a áreas mais essenciais, como a educação superior. Além do mais, para esse mesmo fim, deve haver privatizações de empresas estatais (os Correios, por exemplo). Por fim, para que haja maior igualdade de oportunidades nas universidades, é necessário que as cotas sociais (àqueles que estudaram em escolas públicas) sejam ampliadas. Dessa forma, a crise financeira do ensino superior será solucionada de maneira justa e em respeito à Constituição Federal.
[ 200, 200, 160, 160, 160, 880 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O maior momento nacionalista, no Brasil, ocorre de quatro em quatro anos durante a Copa do Mundo, sob esses viés, não é errôneo considerá-lo uma pátria carente de amor. Por causa dessa lacuna, o ministro da Educação propôs a execução do hino nas escolas, como forma de valorizar os símbolos nacionais. No entanto, em um país cheio de problemáticas, bandeiras e hinos não despertam real patriotismo. Segundo Émille Durkheim, o indivíduo só pode agir à medida que possui conhecimento sobre suas origens e o contexto em que está inserido. Em analogia ao pensamento desse sociólogo, o brasileiro nunca será nacionalista enquanto permanecer ignorante à sua cultura e à sua realidade. Dessa forma, antes de hastear uma bandeira, é necessário cidadãos críticos e conscientes de todas as desigualdades sociais, econômicas e de direitos que permeiam o país. Não bastasse isso, o Estado brasileiro falta com muitos dos seus deveres fundamentais. Por conseguinte, dessa irresponsabilidade, existem centenas de escolas com estruturas precárias, de profissionais desempregados ou com salários atrasados e postos sem medicamentos. Embora diversos expoentes do movimento modernista tenham tentado fomentar uma identidade nacional, enquanto não houver educação, segurança e saúde de qualidade, o brasileiro não será suscetível ao patriotismo somente cantando o hino nacional. As instituições educacionais, portanto, devem trabalhar em conjunto para nutrir o sentimento de pertencimento à pátria na população corretamente, visto que este é de suma importância para a construção da democracia e para a promoção da cidadania. De maneira que, para tal, a escola deve dar destaque e incentivo a aulas como história e filosofia, tornando-as interdisciplinares com a atualidade e críticas. Além de promover a participação política e social do indivíduo a fim de mantê-lo ativo no seu papel cidadão enquanto garante que o governo cumpra a Constituição.
[ 160, 160, 160, 160, 160, 800 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
A população brasileira apontou a fé como fator importante para melhorar a vida deixando fatores como estudos, acesso à saúde, aposentadoria, trabalho, lazer e outros para trás. Essa foi a resposta de 28% dos entrevistados que caracteriza o Brasil como uma sociedade com moral enraizada em preceitos e mandamentos religiosos e que isso gera melhora de vida como consequência. Esse resultado é a coadunação do senso comum com a ciência, pois são numerosas as pesquisas médicas que incluem a fé como assunto a ser tratado em consultórios, hospitais e até grades acadêmicas. A fé colabora para a participação de um fenômeno chamado coping: a capacidade humana de superar adversidades e não é necessário crer em uma divindade, pois os estudos voltados para essa área encontram essa capacidade também em ateus que creem em máximas ou jaculatórias como "vai ficar tudo bem", "eu vou superar isso" e outras afirmações positivas, colhendo efeitos minorados de um diagnóstico de doença como menores níveis de estresse. Equivale dizer que os benefícios da fé à saúde encontram embasamento científico. A exemplo disso é a Santa Casa de Porto Alegre que em parceria com a Universidade Duke, dos Estados Unidos, tem desenvolvido estudos para mensurar os benefícios biológicos da fé. Mas há mais, as principais universidades norte americanas têm dedicado uma disciplina específica ao assunto. Significa que a fé influencia no trato que temos com as pessoas, nas reações diante das dificuldades do dia-a-dia e também na reação com os acontecimentos bons. A fé é ponto fundamental para melhorar a vida, seja a própria, seja a vida em sociedade, inclusive em tempos de crise, segregação e instabilidade político-econômica que o brasileiro vive e esse é o porquê a população apontou a fé antes dos demais itens da pesquisa, pois assim já dizia Gilberto Gil "andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar".
[ 120, 120, 160, 120, 0, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Desde o periodo pré-colonial com a chegada dos portugueses (1500) o desmatamento tem se tornado constante, danificando o ecossistema. Muita das árvores que crescem no Brasil, cada uma com sua peculiaridade, foi ou é utilizada para o consumo econômico dos que o fazem, extraindo borracha, tinta ou algo que possa render capital para si. Queimas ou desmatamento na Amazônia é algo que sempre ocorreu, considerando um evento natural que pode ser agravado pelo homem. Só que, em 2019 houve um aumento que supera todos os outros anos que o mesmo o tinha ocorrido, procupando não só o Brasil, mas também os outros países. O problema da Amazônia é algo que o proprietário desse imenso terrêno deve se preocupar. Mas, se o dono não consegue resolver, por ser algo que ira prejudicar não só uma área mas sim o mundo todo, ai passa há ser um desafio internacional, já que todo o globo pode passar por mudanças indesejáveis. Baseado nos fatos abordados acima, podemos observar que o Brasil sofre mudanças negativas em suas florestas há mais de cinco séculos e que se algo não for feito, provavelmente esses anos ira estender. Se o governo aumentase a segurança via aérea e terrestre, pode ser que fosse controlada e até mesmo diminuida gradativamente as ações do homem. Com isso evitando a morte da Amazônia, o aquecimento global e as mudanças climaticas.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A obesidade humana é um problema que vem se agravando, a cada dia, e poucas medidas são tomadas pela nossa sociedade, que seja realmente eficiente para a solução desse caso alarmante. Ninguém consegue viver sem comer, isso é óbvio. No entanto a comida pode se tornar um inimigo mortal do ser humano. Quase 40%, por cento, da população mundial adulta e 20%, por cento, das crianças e adolescentes, entre 5 e 18 anos, já sofrem de sobrepeso e obesidade sendo a segunda causa de morte no mundo, devido a série de riscos que acarreta a saúde. Em virtude dos fatos mencionados, para combater o sobrepeso e a obesidade da população, são necessárias várias medidas de conscientização da população, dos governantes e setores industriais ao consumo saudável dos alimentos a esse "novo ciclo" da vida moderna.
[ 120, 120, 80, 80, 120, 520 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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direitos-humanos-em-defesa-de-quem
Os direitos humanos foram elaborados com o intuito de trazer igualdade e benefícios para a população em geral, de modo que todos tenham seus direitos garantidos. No entanto, o mundo viveu e vive uma época de grandes conflitos e esses direitos vem Durante toda a história guerras, mortes e terrorismo faz parte dos países em geral. Tais situações temos a primeira e segunda guerra mundial, entre outras, além de um número incalculável de pessoas feridas e mortas. O terror presente mesmo em países mais desenvolvidos, como o exemplo, o ataque as torres gêmeas, em setembro, na cidade de Nova Iorque, repercute ainda hoje. Segundo a constituição todos são iguais por lei, porém essa igualdade está bem longe da nossa sociedade, tais situações são perceptíveis como exemplo muitas pessoas ainda não possui uma moradia, passando os dias e as noites nas ruas. O salário dos homens ainda continua superior ao das mulheres. Essas desigualdades vem principalmente de consequências dos conflitos sociais e éticos, como os descritos acima e o machismo presente em nossa sociedade. Dessa forma mesmo com os direitos humanos sendo desrespeitados, é preciso que o povo acorde e levante, garantindo seus direitos, além do respeito às leis e ao próximo e uma supervisão mais segura e detalhada com o que está sendo feito.
[ 160, 200, 120, 120, 120, 720 ]
2,018
"Criminosos e terroristas" Na opinião de seis em cada dez brasileiros, “os direitos humanos apenas beneficiam pessoas que não os merecem, como criminosos e terroristas” . O percentual de concordância com tal afirmação no Brasil é mais alto do que em outros países. Os dados são de uma pesquisa inédita do instituto Ipsos, obtidos com exclusividade pela BBC News Brasil. A pesquisa “Human Rights in 2018” , da Ipsos, foi feita em 28 países, incluindo o Brasil, com 23,2 mil entrevistados, entre os dias 25 de maio e 8 de junho de 2018. Ainda de acordo com o levantamento, 74% dos entrevistados acreditam que algumas pessoas tiram vantagem injusta sobre direitos humanos. [UOL Notícias] O que são direitos humanos? O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) fez com que brasileiros debatessem o que significam exatamente os direitos pelos quais ela lutava, gerando acaloradas discussões online. De um lado, aqueles que lamentavam a perda de uma política ativa na defesa de minorias, e do outro insinuações de que como defensora dos direitos humanos ela “defendia bandidos” e que isso poderia ter uma relação com seu assassinato. Mas afinal, o que são direitos humanos? Defender os direitos humanos é defender bandidos? Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos, como, simplesmente, o direito à vida. Mas estão incluídos neles também o direito à moradia, à saúde, à liberdade e à educação. A advogada especialista em direitos humanos Joana Zylbersztajn, doutora em direito constitucional pela USP e consultora da Comissão Intramericana de Direitos Humanos na OEA (Organização dos Estados Americanos) lembra que “uma pessoa que comete crime tem direito à defesa, ao devido processo legal, e que cumpra pena à qual ela foi julgada” . “Os direitos humanos não vão garantir impunidade, vão garantir que a pessoa tenha defesa, tenha um processo justo. Isso é difícil de entender, às vezes” , diz Zylbersztajn, citando os sentimentos de “vingança” , de “não querer que criminosos tenham direitos protegidos” . [BBC Brasil] “Engajada com bandidos” A desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) , afirmou no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL) , assassinada na quarta-feira, estava “engajada com bandidos” . O comentário foi feito como resposta a uma postagem do advogado Paulo Nader, que chamou a parlamentar de “lutadora dos direitos humanos” . [Revista Veja] Direitos Humanos ou Direito dos Manos? O problema atual da segurança pública do Brasil não guarda nenhuma relação com os Direitos Humanos, não são os direitos positivados causador da péssima eficiência do serviço público de segurança do país. O péssimo serviço prestado, pelas policias, está intimamente ligado com a má gestão dos políticos corruptos; e não com os direitos conquistados ao longo dos séculos à custa de sangue de inocentes. Os infinitos recursos protelatórios no Direito Penal estão ligados com a má vontade dos deputados e senadores em modernizar o código penal, talvez com medo de serem pegos pelas próprias mudanças, afinal, grande parte dos congressistas estão envolvidos em escândalos e serão julgados pelo código penal que é anterior a Magna Carta, então o ideal é ser julgado por um código penal ineficiente e, com um código de processo penal que admita recursos intermináveis. [Site JurídicoCerto, editado]
Seis em cada dez brasileiros acreditam que os direitos humanos só servem para defender bandidos, conforme pesquisa recente sobre o tema. Esse modo de ver o assunto é equivocado na visão de sociólogos e juristas, entre outros estudiosos da questão. Mesmo assim, os direitos humanos ainda provocam grande polêmica na sociedade brasileira, pois não faltam defensores qualificados da ideia de que não se respeitam esses direitos no caso das vítimas da violência generalizada que assola o país. Com a ajuda dos textos da coletânea e com base em seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação apresentando o seu ponto de vista sobre esse debate, justificando com argumentos a sua opinião. Afinal, a quem beneficiam os direitos humanos? Por quê?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O novo ministro da educação mandou e-mails para escolas públicas e privadas dizendo que alunos, professores e funcionários deveriam prestigiar a bandeira e cantar o hino nacional, por mais que a proposta já tenha sido decretada por lei no ano de 1936. Nos dias atuais os jovens não sabem se quer o hino nacional completo, porém há outras prioridades no ensino para se preocupar, como o salário dos professores e funcionários, a segurança da comunidade escolar, a qualidade do ensino. De certo modo ser patriota é fundamental, pois vivemos em um país extremamente bonito e diverso, enfileirar os alunos, professores e funcionários todos os dias é desnecessário, não podem obrigar os alunos, professores e funcionários a saudar um país que não nos dá segurança. Portanto podemos dizer que a lei que fala para cantar solenemente o hino nacional nas escolas já foi testada e desaprovada pela população, como disse anteriormente, é algo completamente desnecessário, assim poderíamos usar o tempo de cantar o hino para a educação ou para ensinar a respeitar a diversidade.
[ 120, 120, 80, 80, 40, 440 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Estamos vivendo uma epidemia de obesidade e sobrepeso em grande parte do planeta. É necessário reverter esta situação, conscientizando e alertando as pessoas a respeito dos perigos deste mal. É comprovado pela ciência e pela medicina, que o excesso de peso pode acarretar sérios problemas e riscos à saúde da população, com o surgimento de muitas doenças e outros males. Muitas vezes, uma alimentação errada, como as comidas fast food, refrigerantes, salgadinhos, doces, chocolates, etc., contribuem para que as pessoas fiquem com o peso elevado. Talvez, então, a solução esteja no consumo de alimentos menos calóricos e a mudança nos hábitos alimentares, uma boa dieta, além da prática regular de atividades e exercícios físicos nas academias. Só assim, estaremos tomando medidas para combater o sobrepeso e ter um padrão e uma qualidade de vida mais saudável.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Diante da decadência educacional que se espalha pelo Brasil, devido à má administração oriunda do governo federal, fica claro que é bem provável que jovens de áreas periféricas a partir de agora terão mais dificuldades do que o comum para poder ingressar em universidades e institutos federais e, além disso, as falhas lacunas na política de cotas atual do Brasil prova que os mais privilegiados educacionalmente continuarão tendo acesso a à educação. Em 2016, a USP aprovou apenas 34,6% dos alunos de escola pública, sendo que apenas 2,1% se referem a estudantes pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com o congelamento de verbas para as redes federais de ensino, fica claro que estudantes de escolas particulares terão maior facilidade para entrar, uma vez que a vagas serão menores e a concorrência irá aumentar, aqueles que carregam uma maior bagagem educacional terá uma maior destreza para ingressar em tais institutos. Na portaria da política de cotas atual do Brasil, mostra que para se ter direito as cotas de escola pública, diz que para ter direito, o aluno deve ter estudado no mínimo três anos em escola pública, o que faz muitos pais tirarem os filhos que estudaram toda a vida acadêmica em instituições privadas, para colocá-los em escola públicas no ensino médio. Uma família que a vida inteira pagou educação privada, tem totais condições de contribuir com a universidade, e não tem motivos para querer tirar a vaga de alunos de escola pública. Diante dos fatos apresentados, essencial que o governo crie maneiras de fazer melhorias das políticas de cotas de universidades, mudando para maneiras mais rígidas de identificar pessoas com necessidades reais de estar lá.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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18.html
a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Ao se refletir sobre a questão de referências políticas é importante destacar que o país vivenciou, por mais de 12 anos, um Estado de esquerda com tendências comunistas. Durante esse período, o Brasil apresentou acréscimos nos índices de violência, desemprego e corrupção. Nesse sentido, a eleição do candidato Jair Bolsonaro - adotante de uma reforma política no país - nada mais é que um pedido de socorro por parte da população brasileira. Inicialmente, a visão conservadora ganhou grande repercussão com a transparência das operações Lava Jato, que fez transparecer crimes dos mais diversos contra a Administração Pública. Dessa forma, a má gestão por parte dos representantes no Congresso Nacional – grande maioria envolvida em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro com o Partido dos Trabalhadores (PT) – incentivou ideias opostas e aproximou seus eleitores de um posicionamento de direita e liberal. Além disso, é imprescindível a reforma da previdência social, a qual em uma posição conservadora e liberalista poderá inverter o atual cenário de déficit de mais de 150 bilhões de reais, adotada pelo candidato eleito. Ademais, algumas ideias adotadas por essa onda conservadora são: diminuir o custeio da máquina pública, corte de gastos com “super salários” e remanejo do orçamento público. É, portanto, lícito constatar que um novo padrão de vida surgirá nos próximos anos. Assim, a fim de se obter um mundo isonômico, com igualdade de valores sociais e econômicos, não só as pessoas devem criticar o governo de forma construtiva, sem ódio, como também permitir, com mais tolerância e respeito, ideias que divergem das suas visões de mundo.
[ 120, 160, 160, 120, 40, 600 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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14.html
internacao-compulsoria-de-dependentes-de-crack
O costumeiro descaso dos governos, independentemente de esferas ou de partidos, é o responsável pelo surgimento e expansão das cracolândias de São Paulo e de outras capitais do Brasil. Não só não se fez nada para combater o problema em suas origens, como se foi, posteriormente, “empurrando com a barriga”, provavelmente porque as diversas administrações paulistas e paulistanas acreditavam que aquela área decadente da cidade jamais viria a prejudicá-los na hora de pedir votos para se eleger. Houve até prefeito que tentou se capitalizar politicamente com aquela versão tupiniquim do inferno, acolhendo de braços abertos os dependentes de crack e até lhes dando uns trocados para sustentarem o pobre do vício, que viria da exclusão social e demais maldades intrínsecas ao capitalismo. Desse modo, a cracolândia, que já ia de vento em popa sem a colaboração municipal, tornou-se ainda maior e se transformou numa espécie de Galeria Pajé dos psicotrópicos, reunindo consumidores e fornecedores a céu aberto, 24 horas por dia, sete dias por semana. Afinal, varrido em primeiro turno o prefeito anterior de Piratininga, complacente e solidário com a toxicodependência, uma intervenção de fato só acabou por acontecer no início da administração João Dória, com uma ação policial para reprimir os traficantes da área, ordenada pelo governador do Estado, que aparentemente não a comunicou ao novo prefeito, de seu mesmo partido, o PSDB, contumaz protagonista de vacilações e trapalhadas. Não há dúvida de que a operação não surtiu o efeito desejado: a retomada pelo poder público da região privatizada por traficantes e drogados. Pior, ainda teve diversos efeitos colaterais, como espalhar os dependentes e seus fornecedores por outros locais do centro da cidade, para não falar do surgimento de movimentos e manifestações de protesto contra o governo tucano, capitaneadas por Organizações Não Governamentais (paradoxalmente sustentadas por verbas públicas), ligadas a partidos políticos ou à máfia dos autodenominados sem-teto. Pois bem, as críticas ao prefeito de São Paulo – teleguiadas por todos sabem quem – obtiveram forte eco nos meios de comunicação, que procuraram declarações de especialistas e até de dependentes completamente “chapados” para reiterá-las e condenar a iniciativa, com a mesma veemência com que aplaudiam a ação deletéria da gestão anterior. No cerne dessas críticas, estava o pedido de autorização judicial para o estado e o município poderem internar compulsoriamente as pessoas que já se transformaram em verdadeiros zumbis, dados os danos causados ao cérebro pelo crack, o que lhes abortou há muito tempo o livre-arbítrio. O argumento essencial contrário à compulsoriedade é muito simples: alega-se que ele atenta contra a liberdade do cidadão, além de ser ineficiente, ao contrário das internações voluntárias – essas, sim, o caminho lúcido para o paraíso da sobriedade. Ora, se o problema é o fato de a internação ser compulsória, se o que está em pauta é a compulsão propriamente dita, há um argumento irrefutável para desmascarar esses supostos campeões da liberdade e dos direitos humanos: o próprio consumo de crack por essas pessoas também é compulsório. É compulsivamente que eles se entregam ao vício e não por vontade própria, o que qualquer psiquiatra com um mínimo de honestidade deveria atestar. Além disso, uma internação compulsória é certamente menos cruel do que a compulsão pela ingestão do entorpecente, porque em vez de manter os adictos na situação degradada e desumana em que vivem, visa livrá-los da escravidão, do cativeiro em que se enfiaram até certo ponto por conta própria, mas do qual jamais se libertarão por sua própria vontade. Simples assim.
[ 160, 200, 200, 120, 0, 680 ]
2,017
A favor, a contragosto A contragosto, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de crack. (...) No crack, como em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro, a cocaína tragada leva seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas garras do traficante. Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o efeito dela. (...) Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir, em sã consciência, o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedraDr. Drauzio Varella (artigo do site oficial do oncologista, datado de 2011) Negativa, de maneira geral Para o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira (professor da Unifesp - Universidade Federal de São Paulo) , a internação forçada é negativa, de maneira geral. Ela se justifica apenas em aproximadamente 5% dos casos, quando o dependente de crack também apresenta um problema mental grave. Segundo ele, o tratamento de usuários de drogas mais efetivo é voluntário e envolve visitas regulares a clínicas e centros especializados. Segundo ele, há situações específicas, do ponto de vista médico, nas quais se justifica a internação involuntária. Isso acontece quando o paciente apresenta psicose (delírios de perseguição e alucinações) ou risco iminente de suicídio. BBC Brasil Desserviço à saúde pública Isabel Coelho, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e Maria Helena Barros de Oliveira, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, defendem que a internação compulsória é um desserviço à saúde pública. Em um artigo de 2014, elas argumentam que, “partindo-se da premissa que os dependentes químicos não são doentes mentais, a internação compulsória, além de ser agressiva e uma forma de tratamento ineficaz, constitui um modo de eliminação dos indesejados, constituindo-se em prática higienista violadora de direitos humanos” . Nexo Jornal Ato de solidariedade Para o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, internar de forma compulsória moradores de rua extremamente dependentes de crack é um "ato de solidariedade". Segundo ele, a maioria das pessoas que chegam contra sua vontade em clínicas de tratamento acabam aderindo voluntariamente ao tratamento após os primeiros dias de internação. Laranjeira é professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) . Ele se diz favorável à facilitação das internações compulsórias em casos extremos, desde que acompanhada de uma linha especial de cuidados ao paciente após sua desintoxicação inicial. BBC Brasil
Recentemente, a chamada cracolândia da capital paulista tornou-se notícia em todo o país, devido a uma ação policial, que, visando reprimir o tráfico de drogas, resultou em muita polêmica e numa disputa entre o município e o Ministério Público. A prefeitura de São Paulo pediu autorização à Justiça para poder internar compulsoriamente os dependentes químicos do crack em instituições onde receberiam tratamento. Contrário à medida, o MP reagiu e o processo judicial continua. De qualquer modo, a questão da internação obrigatória divide os especialistas em dependência química de entorpecentes. Há argumentos a favor, mas também contrários ao método, como você pode ver pelos textos da coletânea desta proposta de redação. Baseado neles e nos seus próprios conhecimentos, o que você pensa sobre a internação compulsória para tratar dependentes de drogas? Redija uma dissertação argumentativa sobre o assunto
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Nosso mundo hoje está muito tecnológico, mas há muitas falhas, dados de pessoais podem ser vasculhados por especialista da tecnologia do mundo do crime, até dinheiro no caso das Criptomoedas (moeda universal), que podem causar furtos virtuais, vícios muito grandes e um mundo sem leis. Segundo dados da Folha de São Paulo, mais de R$ 6,35 milhões foram furtados por grupos de hackers em 2018, deixando várias empresas e pessoas em crises financeiras, pelo mundo todo, pois a Criptomoeda é uma moeda universal, ou seja, válida no mundo todo. Hoje em nosso mundo capitalista, as pessoas ficam em torno do dinheiro, em uma ambição enorme, dependendo do caso o indivíduo comete crimes, deixando crises por onde cometem esse caso de furtos de dinheiro. Neste mundo anônimo, muitos crimes são cometidos, mas os criminosos apagam dados, localidade e como fez esse delito sem deixar pistas de quem cometeu esses graves crimes. Diante de tais problemas, as possíveis soluções é : fortalecer sistemas de seguranças para evitar essas invasões e o governo investir na investigações destes crimes, contratando mais equipes de especialistas para evitar esses roubos e punições drásticas para quem cometer esses delitos.
[ 120, 40, 40, 80, 120, 400 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Ao longo da história da humanidade o dinheiro assumiu diversas formas, uma das primeiras foram as moedas rudimentares de ouro e prata, depois surgiram os bancos que assumiram a responsabilidade de guardar esse recurso e também de controlar sua emissão junto ao governo. Uma nova forma de moeda surgiu em 2009, a bitcoin, uma criptomoeda descentralizada que não depende das regras dos órgãos reguladores. É fato que tal feito é uma revolução econômica e tecnológica mundial. Após o lançamento da bitcoin outras criptomoedas foram criadas a partir dela, o que facilita o acesso a essa inovação. Por serem novas ainda não possuem uma regulamentação governamental, o que permite pleno controle de cada indivíduo sobre seu capital. A novidade toma dos bancos a autoridade de controlar a riqueza, proporcionando uma maneira diferente de operar o dinheiro que não depende de serviços secundários e diminui os custos de taxas; isso impede qualquer órgão de confiscar o montante do sujeito. Dessa maneira dívidas com bancos podem ser extintas, o que ameniza crises econômicas e beneficiam os setores sociais. As criptomoedas não pertencem a um país, portanto são de fácil circulação e mundiais, o que possibilita compras e transações com maior rapidez e sem difíceis conversões. A criação de criptomoedas não depende de órgão governamentais, isentando-as de medidas protecionistas. Essa mudança permite que conflitos políticos e econômicos sejam aplacados uma vez que as grandes disparidades entre as diferentes moedas centralizadas não existirão. Ao analisar os fatos mencionados conclui-se que o fenômeno dessa revolução econômica não pode ser evitado, uma vez que elaboração é feita por grupos independentes livres de regras do mundo bancário. Portanto, na transformação no mundo econômico os bancos sairão prejudicados já que sua existência chega ao fim a menos que se adaptem e encontrem seu espaço na hodierna realidade. Tais entidades serão substituídas pelos formuladores das novas moedas que assumem um papel divergente do anterior. A política terá que se amoldar ao novo sistema financeiro monitorado descomplicadamente pela massa populacional.
[ 160, 200, 160, 120, 80, 720 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Hoje em dia a maioria dos brasileiros veem a fé religiosa como o meio mais provável de alcançar o sucesso na vida, isso pode estar ligado ao de que essas pessoas não encontram na forma de ensino das escolas algo atrativo que traga oportunidades para que elas possam ter um futuro próspero. Bom, essa forma de pensamento está enraizada na cultura brasileira desde o século XVII, onde as pessoas buscavam intensamente a religiosidade para se obter a salvação e sucesso na vida; mesmo vivendo em completa desarmonia entre a vida religiosa e os prazeres da vida terrena, essa desarmonia ficava por conta do Cultismo e o Conceptismo; o fato de as pessoas acreditarem mais na religiosidade do que na educação não deve ser encarado como um problema desde que não abandonem completamente a educação para se dedicar completamente a vida religiosa, mesmo sendo preciso para a mentalidade humana acreditar numa coisa positiva. Para que se evite possíveis "desarmonias" é necessário o empenho do ministério da educação desenvolver campanhas que incentivem e valorizem a educação como um dos principais pilares para um futuro próspero sem ferir as crenças da população, já que algo que as incentivam na vida. Como por exemplo no estado de Alagoas onde foi criado o sistema de escolas integradas que desenvolvem atividades que ofertam cursos profissionalizantes para os alunos que começam a ver a escola como um local que iram aprender algo a mais além das disciplinas tradicionais já que mercado de trabalho não fica satisfeito apenas o tradicional mas sim com o diferenciado.
[ 120, 200, 120, 120, 160, 720 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil sempre é citado como um país do futuro: possui proporções continentais, clima predominantemente tropical, solos ricos em nutrientes e localização geográfica que não costuma ser afetada por fenômenos naturais devastadores. Contudo, apesar de tão favorecido pela natureza, ainda não embalou o desenvolvimento prometido pelo seu potencial. A que se poderia atribuir tal fato? As eleições têm caráter obrigatório no país: é dever do cidadão exercer este direito. Porém, ainda assim, verifica-se o desinteresse da população através dos altos índices de abstenção. Um dos fatores contribuintes é o próprio cenário político: a cada ano surgem mais partidos, muitas vezes compostos por candidatos já conhecidos e que defendiam posições antagônicas, mas, em algum momento, perceberam que poderiam conciliar seus interesses. Com isso, os partidos já não têm mais uma identidade marcante e o eleitor enfrenta dificuldades para se sentir representado. Entretanto, dada a história política brasileira recente, em que houve cassações e políticos poderosos foram acusados e condenados por atos de corrupção, é de se esperar que a população anseie por renovações. Educação, saúde, segurança e emprego estão sempre em pauta como problemas que requerem atenção e os grandes partidos que se alternaram no poder, nos últimos anos, não promoveram grandes evoluções, senão nos patrimônios de seus integrantes. É por se encontrar neste impasse de promessa não cumprida que o Brasil chegou às polarizações apresentadas em 2018. Embora o partido mais conservador tenha sido eleito, o percentil que representa a oposição é muito expressivo. Por isso, não cabe falar na existência de uma “onda conservadora”, mas sim de uma população que necessita de soluções. Assim, o que se precisa agora é que o eleitor satisfeito não se acomode: cobre pela implementação das propostas que conquistaram seu voto. E o que se decepcionou com os resultados também se mantenha participativo na busca por melhorias. O país somente poderá prosperar quando sua população se mantiver motivada e engajada em sua vida política.
[ 200, 160, 200, 200, 120, 880 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Sabe-se que, apesar de a Amazônia não ser o pulmão do mundo, ela é fundamental para o controle ambiental do planeta. As decorrentes queimadas e o desmatamento colocam em risco o equilíbrio da floresta e conseguintemente, dos demais biomas. O atual presidente da França levantou, após doações de diversos países a fim de reestruturar a floresta, uma sugestão: tornar seu estatuto internacional. Não só a Amazônia, mas também outros territórios que implicam no funcionamento ambiental, como as zonas glaciais, tornando-as de importância mundial. Devido aos fatos mencionados, nota-se que os países que custearam a manutenção da floresta desejam, além de reconhecimento, regência acerca do bioma. O que é conveniente, afinal, aumentaria a interação entre os países na exploração correta da floresta, além da sua proteção melhor distribuída, tornando-a "problema" de todos. No momento, a reestruturação da Amazônia é prioridade e também é de suma importância sua proteção, prevenindo-a de destruições futuras. Além disso, a exploração adequada de seus recursos, contribuindo para a economia e crescimento do Brasil e dos países aliados ao bioma que é patrimônio da humanidade.
[ 120, 120, 160, 120, 0, 520 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Tem sido generalizada a discussão do canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas do país, que deve ser cantadas por alunos de instuições públicas e privadas. Além de ser previsto por lei, o ato enaltece o país e reeduca a sociedade. Deve-se primeiramente lembrar que, conforme a Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, as escolas devem cantá-lo uma vez por semana. Logo, não deveria repercutir negativamente o comunicado do ministério da educação. Devido às crises morais éticas que o país sofre, o incentivo de tal prática é muito conveniente. Pode-se mencionar também, a importância e o valor histórico que a letra do hino traz a memória da população. Escrita pelo poeta e professor Joaquim Osório, o ensino dela é obrigatório nas instituições de educação, segundo o artigo 39 da mesma lei. Portanto, incluí-lo na rotina escolar, fará os alunos mais fluentes na pronúncia e no canto do hino. Além disso, é relevante o contato dos Símbolos Nacionais desde a infância e juventude, pois inicia o cumprimento dos deveres cívicos e morais. Tais atos podem ser estender aos lares, às ruas e a sociedade. Desse modo, é incoerente dizer que essa proposta do governo seja uma imposição militar ou ditadura. Diante dessas considerações, é legal e conclusivo o canto do Hino Nacional Brasileiro nas escolas visto que remete ao civismo e patriotismo, não apenas dos escolares, mas também de toda a população.
[ 160, 120, 120, 200, 80, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência que é o paradigma na produção do conhecimento da era moderna está sendo continuamente questionada por grupo de pessoas nas redes sociais, sendo este fenômeno denominado de pós verdade, conforme se explicará a seguir. Primeiramente, é salutar demonstrar que ao longo da história nem sempre a ciência era o paradigma de produção de conhecimento. Este lugar era ocupado pela religião, que manipulava seus interesses sociais e políticos através de seus dogmas. A ciência assumiu o paradigma da produção de conhecimento por adotar um método de estudo, testes e observação, e por defender que estava livre de ideologias. No entanto, a filosofia e as ciências humanas demonstraram que a ciência pode ser utilizada para defender ideologias e interesses políticos e econômicos, tal como ocorreu no século XIX, com a teoria evolucionista de cunho racista, assim como ocorre, atualmente, com o uso indiscriminado de cirurgias estéticas e remédios antidepressivos, em benefício do lucro das indústrias farmacêuticas e comunidade médica. Nesse sentido, é importante a existência de pessoas que questionem os argumentos científicos, a fim de promover a evolução da sociedade e bem estar social. A ciência fez isso outrora, quando Galileu provou matematicamente que a terra não era plana, ocasionando uma revolução em toda forma de pensar e estudar o mundo. Porém, os movimentos de pós verdade também podem ocasionar consequências negativas para sociedade. Para evitar isso os movimentos devem ser feito com responsabilidade, apontando evidências concretas e se possível que suas premissas sejam testadas pelo método científico. Caso contrário, pode ocasionar sérios danos, a exemplo do movimento antivacinas, no quais as pessoas não vacinadas colocam em risco a vida de outras pessoas. Por fim, se defende o direito de liberdade de questionar as verdades científicas, se isto for feito com responsabilidade e com o intuito de promover a evolução e bem estar social. Afinal de contas, a sociedade humana está em constante evolução pelo desejo do homem descobrir coisas novas e questionar o que está posto.
[ 160, 200, 160, 160, 120, 800 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Criptomoedas são moedas digitais geradas por um algoritmo específico. Essa tecnologia dispensa o estado e não depende deste para que assegurem o seu valor, diferente do dinheiro convencional. A implementação desse novo modelo é vantajosa, pois possibilita que transações sejam feitas com maior facilidade, no entanto, poderá haver consequências. A transformação que as criptocoins trarão é inevitável, colocando a humanidade em uma nova fase, onde o dinheiro será descentralizado e basta apenas uma carteira virtual para armazená-lo. No entanto, o estado será enfraquecido, pois não terá poder sobre o dinheiro e tentará barrar a disseminação dessa tecnologia, criando suas próprias moedas digitais, colocando assim, o poder novamente em suas mãos, exemplo disso são países como Rússia e China que já estão desenvolvendo criptomoedas próprias. Portanto, não é possível conter o avanço dessa tecnologia, mas podem adaptar-se a ela, criando um novo sistema financeiro. Não é possível afirmar com certeza se as transformações serão benéficas, porém o futuro é agora e se não houver a modificação da maneira como tratamos o assunto poderão haver prejuízos no futuro, sendo assim, o estado deve analisar o que está lidando e tentar criar alternativas que serão benéficas para todos, como a integração do dinheiro comum com o digital.
[ 160, 120, 120, 160, 120, 680 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido nos últimos meses uma discussão a respeito da prisão ou não de réus condenados em 2ª instância. A decisão, que será proferida pelo Supremo Tribunal Federal pode mudar o curso da legislação criminal do país. As opiniões são divididas, porém, temos que definir o que é melhor para a sociedade visando à segurança e o bem comum. Por um lado, há a defesa da liberdade até o trânsito em julgado, como dita a nossa Constituição de 1988. Isso dá o direito ao réu de esgotar todas as possibilidades de recursos pelo contraditório e pela ampla defesa. Devemos nos colocar na situação de um réu, que se julga inocente, e que buscará provas para garantir sua liberdade. Não seria justo que o mesmo permanecesse preso sabendo que não cometeu o crime. Estaríamos privando um inocente de sua liberdade e contradizendo os princípios da Constituição Federal. Acredito que a condenação de forma errônea em 2ª instância pode até ocorrer por falhas da justiça, mas, em casos raríssimos que não representam a maioria. A condenação é feita por pessoas com elevado conhecimento de direito e que usam de provas concretas para tal. Por outro lado, como já houve a condenação em 2ª instância, tem-se a prova de que houve sim um crime e a pessoa precisa pagar por ele. Entendo que o julgamento pela condenação em 2ª instância já esgotou as possibilidades de inocência e a entrada de recursos seria uma mera tentativa de reduzir ou minimizar a pena. Se houve uma condenação, esta pessoa representa um risco para a sociedade, podendo cometer mais crimes e tentar fraudar informações para garantir sua inocência. E ainda, se tivermos um sistema judiciário sério e eficiente, como poderíamos condenar numa instância e inocentar em outra? A não prisão em 2ª instância requer mais tempo de recursos para o réu e consequente maior morosidade nas decisões da justiça. Esta morosidade pode acarretar danos à sociedade como aumento de crimes, fraudes e tentativas de escapar da justiça. Por fim, a condenação em 2ª instância em minha opinião é suficiente para a prisão do réu. Cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir o que melhor atende ao interesse público e seja mais eficiente e eficaz para o combate aos crimes e à constante luta por um país melhor.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido
Representado pelo projeto de lei 193/2016, o movimento “escola sem partido” alega proteger alunos da doutrinação coordenada em escolas de todo o Brasil. Ao longo da história, conflitos foram travados a fim de defender ideias, fronteiras foram construídas e territórios tomados. O conhecimento é a arma mais poderosa, e o debate é a sua munição. Sendo assim, a chamada “neutralidade política na educação” apresentaria eficácia contra o senso crítico dos jovens? Deste modo, controlar o que é dito em sala de aula limita o conceito de lecionar, que deveria ser feito através da troca de conhecimentos. Tamanha é a responsabilidade em defender um ideal, ainda mais tendo a visão focada apenas em um dos lados, a ignorância apresenta perigo para a sociedade. Entretanto, no caso de jovens que dominam o assunto político o ameaçado é o Estado. Analisando casos da educação sendo controlado, a escola foi palco de divulgação de ideias, onde, distorcendo a realidade, esculpiram a mentalidade de uma geração. Sendo assim, privar o debate político e livre é uma maneira de cultivar uma geração submissa ao que geradores de opinião propagam. Em tempos onde adolescentes organizam grupos políticos e discutem questões sociais, o movimento “escola sem partido” seria um retrocesso e mais um motivo para a revolta dessa legião de ativistas.
[ 160, 120, 160, 160, 0, 600 ]
2,016
O debate O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui) Liberdade de crença Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) Suposta doutrinação O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) .
Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido momentos conturbados em relação à política. No meio de tantos escândalos e corrupções, não sabemos ao certo quem está certo ou não. Este tipo de conflito costuma ser resolvido por grandes tribunais (STJ, STF e afins), que exercem esse trabalho por nós. Nas últimas semanas, foi decidido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), através de uma votação, que a pena de um réu só poderá ser emitida, após o mesmo não ter mais recursos contra essa determinação e, a seguir, ser julgado pelo próprio Supremo Tribunal Federal. De acordo com à Constituição Federal, a terceira instância não existe. Porém, o réu pode recorrer ao Supremo para revisar às medidas judiciais tomadas pela 2° instância. Neste momento, o mais cabível, seria em que o réu começasse a "pagar" sua pena enquanto aguarda esta revisão. Em certos pontos, os Guardiões da Constituição estão indo contra à mesma, e isso em certo ponto causa discórdia entre a população. Isso demonstra, cada vez mais o quanto o Brasil, em questões políticas, ainda engatinha lentamente para evoluir.
[ 160, 120, 120, 120, 40, 560 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
A maioria dos países da América do Sul passaram para o lado conservador. Paralelamente a isso, o Brasil presenciou na última eleição presidencial uma dicotomia política: direita e esquerda. O primeiro é conservador; o segundo, socialista. Em uma disputa à presidência acirrada entre esses dois polos opostos, o país decidiu democraticamente pelo conservadorismo. Mas afinal, o que mudará daqui pra frente no país com a nova “onda conservadora”? Há muito assunto em discussão, mas o principal é de que o país entraria em uma ditadura militar. Antes de tudo, o presidente deve honrar a Constituição Brasileira de 1988 – CF/88, ou seja, não pode desrespeitar a lei maior por ser presidente. Além disso, tal questão feriria as cláusulas pétreas: princípios fundamentais que regem o país, guiando-o juntamente com a democracia. Com o Jair Bolsonaro no comando do país, o exposto acima poderia não ser seguido, já que é ultraconservador, e também porque a metade das cadeiras do Congresso Nacional estão ocupadas por direitistas. Dessa forma, se dependesse desses líderes para trazer o período militar, tal iniciativa até que se confirmaria, mas a questão é que não depende, há outros coadjuvantes que analisariam essa atitude contraia à democracia, como o Supremo Tribunal Federal – STF –, guardião da CF/88. E também porque a população brasileira não aceitaria apagar sua história democrática em ascensão para regredir ao passado ditatorial. Além disso, fala-se também na legalização do porte de arma para o brasileiro e, devido a isso, poderia ser o holocausto dos homossexuais. Não é bem assim. Nas redes sociais circulam muitas notícias falsas a respeito dessa ideia. Não é porque o país mudou de esquerda-liberal para direita-extremista que isso vai acontecer. Pode ser que ocorra em alguns casos isolados visto que o país ainda é muito homofóbico. Conclui-se, portanto, que há muito em jogo em ralação a um novo período com um presidente conversador. Este, caso seja contrário à democracia, temos o impeachment para tirá-lo. Seja de direta ou de esquerda, isso não importa mais, o importante é que o Brasil precisa de mudanças políticas e socias positivas e efetivas antes de qualquer opinião precipitada sobre essa nova hegemonia.
[ 160, 120, 80, 160, 40, 560 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A nova moeda digital vem tendo um grande conhecimento da vida do ser humano, sendo no mercado geral, atraindo adolescente e adultos do meio econômico. Pouco se conhece de sua finalidade, mas devido sua comodidade está ganhando espaço. A grande preocupação internacional e nacional é que ela ocorre gradualmente no mercado digital, não ocorrendo de forma legal para os nossos governantes assim não pagando o devido impostos anual. A moeda virtual não é controlada por nenhum banco central. A maioria das crises econômicas surgem das falhas cometidas por esses bancos. Então, usar Bitcoin pode garantir "segurança" em qualquer crise econômica. É uma tecnologia não depende de um agente intermediador para realizar as transações, logo uma era autônoma. Criptomoedas ou bi tono rende, com o investimento altos onde todos bancos centrais com moedas tecnologia troca e sua finalidade. Para possui a moeda virtual terá de adquirir carteira virtual do aplicativo com um código secreto e incontrolável, acesso ao universo é um banco de código é uma operação eletrônica de qualquer lugar do planeta. Porém qualquer um poderá comprar, transferir, efetuar pagamentos através do Bitcoin. Em tempos de incerteza econômica, as criptomoedas podem ser escolhidas como um ativo de segurança, compartilha muitas características do ouro, a mais antiga forma de dinheiro usada no mundo até hoje para a humanidade se protegerem contra crises financeiras.
[ 120, 40, 40, 120, 0, 320 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
No século XX, o Brasil vivenciou, após a Revolução de 1930, a ascensão e a queda do governo de Getúlio Vargas, cujas principais características foram a aproximação do governo getulista com a classe trabalhadora e o nacionalismo. Percebe-se que há décadas a busca por incitar a sensação de pertencimento do povo brasileiro ao país existe. Sendo assim, os esforços devem ser mantidos, por meio da valorização do hino nacional, visando estimular o nacionalismo de uma forma moderada. Engendrada a partir de um período colonial de jugo à Portugal, a sociedade brasileira está, de forma a desvalorizar a luta pela construção da identidade brasileira, cada vez mais preterindo os símbolos nacionais do país, o que exprime a necessidade de se propagar elementos importantes do país para os mais jovens de forma igual. Logo, visto que está sendo desvalorizado pelos jovens, e uma vez que se faz importante para estimular o nacionalismo e incentivá-los a se engajar políticamente, o hino nacional mostra-se uma ferramenta para o desenvolvimento pleno da cidadania. Contudo, o processo de retomada da valorização do hino deve ocorrer de forma cautelosa, tendo em vista a importância de tal símbolo. Sendo assim, não deve haver a associação de símbolos nacionais a partidos políticos e tampouco deve haver atos que exponham os jovens, como, por exemplo, a gravação não autorizada desses, pois tais atos representariam um projeto contrário ao desenvolvimento da cidadania e desrespeitoso aos cidadãos. Infere-se, portanto, que o hino nacional deve ser executado nas escolas do país, seguindo um projeto que vise apenas ao desenvolvimento do nacionalismo sem um caráter exacerbado. Desse modo, poder-se-á, finalmente, executar o hino nacional nas escolas, visando estimular o nacionalismo nos jovens e, por conseguinte, torná-los questionadores dos problemas e ordem existentes no país.
[ 160, 120, 160, 200, 120, 760 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Recentemente acompanhamos a grande repercussão sobre a questão de preservação da Amazônia, que foi questionada perante os grandes incêndios que assolaram a região. Diante disto, Emmanuel Macrom, presidente francês, propôs algo que poderia ajudar: a região amazônica passasse a ser internacional. Mas como isso auxiliaria? Fácil, todos os países poderiam proteger a floresta de qualquer decisão prejudicial à a ela tomada pelo governo brasileiro. Mas isso implicaria também na exploração desses, já que o Brasil perderia a soberania. Num primeiro momento a ideia parece boa, pois "garantiria" o cuidado com este bem tão precioso. Mas, pensando um pouco, a área ficaria sob controle de quem? Não causaria certo caos entregar uma parte tão importante de nosso país á nações tão diferentes e com interesses tão distintos o que poderia causar ainda mais exploração? Não seria melhor chegar a uma "solução nacional"? Uma solução nossa, para resolver aquilo que está acontecendo no nosso país. Conseguinte a tudo isso, caberia ao Governo Federal e ao Ministério do Meio Ambiente estabelecer leis severas sobre a preservação e reflorestamento da área amazônica, garantindo a sustentabilidade e o domínio brasileiro sobre a "nossa casa".
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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12.html
cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O ministro da educação, no final do mês de Fevereiro, enviou um e-mail com uma proposta de lei às escolas do nosso país, onde alunos, professores e demais funcionários cantassem o hino nacional. Uma tentativa de resgatar o patriotismo da nova geração ou uma oportunidade para divulgar ainda mais a propaganda ideológica do governo ? A proposta do ministro foi recebida com bastante repúdio e muitas críticas por profissionais e expecialistas da educação, pois para eles e também grande parte da população brasileira isso significava um retrocesso considerável no ensino das escolas do nosso país, pois lembrava do tempo da Ditadura Militar, onde existia um orgulho exagerado pelo país, ou seja, um patriotismo excessivo. A proposta do ministro, totalmente errada seja no sentido de aumentar o patriotismo da geração atual e resgatar o da próxima ou de divulgar a propaganda do governo, não surtil nem de longe o efeito desejado, levando ao cancelamento da nova lei. Se é para aumentar o orgulho dos brasileiros pelo país, que o ministro, junto com o governo vigente, se esforcem para, melhorar a situação nacional (desemprego, educação e saúde precária, etc.) melhorando a infraestrutura das escolas, oferecendo um ótimo ensino para que todo cidadão tenha acesso a uma educação de qualidade.
[ 160, 120, 120, 120, 160, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A jurisdição brasileira é representada por diversas instâncias, ou seja, a utilização de recursos faz com que o processo atinja até a 4° grau, representado pelo Supremo Tribunal Federal. Ocorre que, o mesmo está julgando o mérito de três Ações Diretas de Constitucionalidade, afim de declarar constitucional o Artigo 283 do Código de Processo Penal. O resultado do julgamento será pela permissão, ou não, da prisão em segunda instância. A Constituição Federal de 1988 representa o texto de maior hierarquia presente no ordenamento pátrio e, por isso possui certa "rigidez", sofrendo uma série de limitações que impedem a sua modificação, como por exemplo a impossibilidade de suprimir Direitos e Garantias Fundamentais de seu texto. Em seu Artigo 5º, a Constituição traz um rol de garantias e dentre elas está a presunção de inocência, ou seja, a garantia de que ninguém será considerado culpado, sem sentença penal condenatória transitada em julgado. Em complementação, o Código de Processo Penal, com intuito de viabilizar o direito constitucionalmente previsto, expressou em seu Artigo 283 que, a prisão deve ser realizada em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado, salvo as exceções da prisão temporária e preventiva. O respeito às garantias constitucionalmente previstas constitui princípio básico de um Estado Democrático de Direito e tem como consequência a segurança jurídica. A implementação de Pena Privativa de Liberdade em indivíduos que ainda não foram considerados culpados, uma vez que a culpa só ocorre no transito em julgado, representa grave risco à a toda definição de Estado que foi construída. Sabe-se, ainda, que a Constituição Federal foi criada no contexto histórico do pós ditadura, e portanto estabelece inúmeras proteções ao indivíduo, estabelecendo expressamente que só há condenação com o trânsito em julgado, ou seja, após a decisão definitiva. A possibilidade de prisão em segunda instância, resulta no adiantamento da culpa, de forma à responsabilizar criminalmente um indivíduo que, no ponto de vista legal, ainda é inocente. O STF como guardião da Constituição ao decidir pela inconstitucionalidade da norma constante no Artigo 283 do supramencionado Código, dará margem para uma interpretação normativa na qual excluirá completamente o contexto histórico no qual a Constituição foi criada.
[ 160, 160, 120, 120, 0, 560 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Com o advento da internet na última metade do século XX e, agora, início do XXI, o chamado mundo virtual passou a aderir tudo que está conceitualmente abstrato - uma moeda é real, mas o valor de troca é racional e depende de fatores coletivos e quantitativos. Nesse sentido, a parte interativa da realidade pode ser espelhada na internet sem a física. Por isso uma revolução provocada pelo dinheiro criptografado, como o Bitcoin, é possível, até mesmo provável, e contribuí para uma dinâmica de mercado menos centralizadora. No entanto, cabe ao Estado garantir o cumprimento dos preceitos de mercado, principalmente. Percebe-se, quanto a avanços tecnológicos, semelhantes ao supracitado, a tendência do desenvolvimento ocorrer da forma fragmentada, com contribuição de centenas de pesquisadores de todo o planeta. Assim ocorreu com a decodificação do DNA humano, por exemplo. Analogamente ocorre com milhares de fóruns da rede social de computadores e, portanto, torna-se impossível parar com a integração das moedas virtuais no meio social. Sendo assim os fatos caminham para relações comerciais mais autônomas e independentes de terceiros como o governo. Destarte, instituições financeiras: bancos, financeiras etcétera etc. terão de adaptarem-se a trabalhar com menos fundos de clientes, uma vez que a diminuição da supervisão governamental torná-las-iam em investimento de risco. Outro âmbito notado corresponde a perda de poder do governo na economia, condizente com a teoria de John Locke, considerado o pai do liberalismo. Por esse sentido, é correto considerar tal rompimento com as conjunturas atuais provocado pelas criptomoedas como benéfico. Por outro lado, favorecendo a teoria liberal - que no contexto revolucionário discutido seria regra -, a regulamentação das práticas de comércio deveria possuir punições mais forte àqueles que a desobedecerem, uma vez que, diferentemente de hoje, o Estado não terá conhecimento dos valores monetários dos indivíduos. Por conseguinte, ele não terá real dimensão do prejuízo causado. Para tanto, as instituições ligadas a economia devem realizar conselhos de debates sobre os impactos e as soluções relacionados a problemas e vantagens vindas das moedas online. Desta forma, as incertezas e surpresas serão diminuídas quando se tratar de planos futuros.
[ 160, 200, 160, 200, 120, 840 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
No século XX, com o advento da globalização, a humanidade observou grandes avanços tecnológicos e científicos, ocasionando diversas alterações na relação dos indivíduos com o meio em que vivem. No Brasil, algumas dessas mudanças, por exemplo, são perceptíveis produção artística nacional, que, ao encontro de produções estrangeiras, sobretudo norte-americanas, têm sido preteridas Analogamente, percebe-se que símbolos nacionais têm perdido sua importância atualmente e, portanto, esforços para recuperá-la são necessários, porém devem ser planejados coerentemente. O contato com as mais diversas culturas e pessoas é importante, pois faz com que mais pessoas passem a aceitar a diversidade, sendo um processo inclusivo importante. O reconhecimento dos símbolos nacionais, entretanto, uma vez que faz parte do processo de construção de cidadãos que conhecem a história de seu país e estimula a sensação de pertencimento a esse, também é importante. Sendo assim, o hino nacional, por exemplo, mostra-se como mais do que apenas uma música. Conquanto, não se deve executar o hino nacional, visto sua importância como símbolo nacional, visando à formação de cidadãos ufanistas e tampouco associa-lo a quaisquer ideologias, pois tais atos seriam imorais e acarretariam na criação de pessoas sem postura crítica em relação ao seu país. Logo, pela importância do hino nacional e de outros símbolos nacionais, os esforços para reavivar sua importância devem ser planejados de forma precisa e imparcial. Portanto, medidas, sob a égide da Constituição Federal de 1988, que defende o desenvolvimento da pessoa para o exercício pleno da cidadania, são necessárias. Sendo assim, as prefeituras municipais devem distribuir uma bandeira do Brasil para cada escola pública que oferece o ensino fundamental, objetivando a valorização do símbolo pelos mais jovens e o estimulo à sensação de pertencimento e as instituições de ensino, sob a perspectiva de que isto trará benefícios, devem benefícios. Devem executar o hino nacional, agindo, porém, dentro dos limites legais.
[ 160, 160, 160, 160, 120, 760 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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14.html
um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
De acordo com a constituição federal todos têm o direito à ampla defesa, no entanto, todos os réus responderem em liberdade até a última instância, não será benéfica à sociedade, ou seja, os infratores ficaram soltos praticando crimes, aumentando o sentimento de insegurança do cidadão. O direito de responder em liberdade é uma garantia que vem expressa na constituição federal, em um dos artigos determina que nenhuma pessoa será considerada culpada até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, porém, existem casos que a lei prejudica o cidadão e beneficia ao bandido. Além disso, a sensação é que a impunidade aumenta a cada leis e decretos sancionados, ou seja, a justiça deve beneficiar ao cidadão a não ao bandido, pois, para não ser preso, basta não cometer crimes. Outro ponto a mencionar é a insegurança que as novas leis poderão trazer as vítimas que foram prejudicadas por tais infratores, isto é, caso eles permanecerem soltos voltarão a cometer crimes à pessoa que o denunciou, acarretando infrações mais sérias. Diante disso, é importante ressaltar o dever de cumprir as leis impostas leis, porém, o supremo tribunal federal deve priorizar o cidadão, criando súmulas que trazem benefícios à sociedade e não ao bandido, com isso, o país se tornará um lugar justo.
[ 80, 120, 120, 120, 120, 560 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
Carnaval é alegria, diversão, contravenção. É o momento de se despir do maçante compromisso cotidiano das relações profissionais e se permitir sorrir e brincar. Por isso, usar fantasias, roupas coloridas, chapéus estilizados e outros adereços, que nos permitam compartilhar essa felicidade com outros cidadãos, não pode ser encarado como ofensivo ou uma apropriação indevida de uma cultura por outra. É importante salientar, inicialmente, que as pessoas vão para as ruas para se divertir, esquecer por instantes os problemas e lutas cotidianas. Querem comida, diversão e arte para dar um sentido mais amplo a sua existência. O que prevalece nesse momento é a brincadeira, o lúdico, o entretenimento, passando ao longe a ideia de hostilizar e humilhar qualquer segmento ideológico e cultural, mesmo a cultura indígena, tão sofrida e desrespeitada, principalmente pela classe política. Convém ressaltar que o desrespeito não advém do fato de as pessoas usarem cocares ou adereços que façam referência à cultura indígena. Ele se consolida na não aceitação da forma que eles vivem, no preconceito contra os nativos, na hostilidade que sofrem ou sofreram, como no caso do indígena incendiado em um ponto de ônibus em Brasília, na invasão e expulsão de suas terras, no pensamento estilizado que eles são vagabundos. Esses fatores, somados, revelam um profundo desprezo e demonstram o quanto precisamos fazer e transformar para garantir a eles uma existência digna. Com isso, focar a atenção em fantasias de carnaval é perder tempo com polêmicas supérfluas diante do gigantesco desafio de eliminar as graves agressões sofridas historicamente. Eles precisam de respeito, reconhecimento, segurança e que seus direitos, como cidadãos brasileiros, sejam respeitados. Necessitam que o governo garanta a inviolabilidade do seu território para não se tornarem vítimas de exploradores gananciosos. Por fim, cabe aos governantes e a sociedade civil organizada mudar o rumo dessa verdadeira tragédia para que eles não percam sua identidade.
[ 200, 120, 160, 160, 120, 760 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
Estudantes perfilados, mão direita sob o peito esquerdo, eis que bate uma forte emoção e então começam a cantar. - "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas..." - O MEC nos últimos dias encaminhou uma carta as escolas da rede pública e privada de todo o Brasil no intuito de resgatar a tradição de cantar o Hino Nacionalpelos estudantes. A carta encaminhada pelo MEC, gerou uma série de discussões, no entanto cantar o Hino Nacional nas escolas seria sim uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes, por muito tempo essa prática era hábito no Brasil e foi se perdendo com o passar dos anos. Ademais vale ressaltar que países vizinhos ao Brasil cultivam desde cedo o amor e o respeito a pátria. Cantar o Hino Nacional é uma formalidade que deve ser praticada por todas as escolas de maneira a induzir na educação brasileira o amor a pátria. Levando em consideração o que foi exposto cantar o Hino Nacional é apenas uma forma de demonstrar patriotismo, seria interessante acrescentarem a grade letiva matérias que induzissem e cativassem a curiosidade dos estudantes pela a pátria amada.
[ 120, 40, 40, 80, 40, 320 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O patriotismo é bom, e fundamental para o funcionamento de um país. Ele é responsável por criar um sentimento de valorização nacional, e contribuí para que a cultura de um país não se apague ao entrar em contato com elementos culturais estrangeiros, o que acontece cada dia mais em virtude do mundo globalizado dos dias atuais. Nesse sentido, cantar o hino em escolas é uma atitude positiva, tendo em vista que contribui na criação de um sentimento patriota na população desde a infância. Toda via, é preciso ter cuidado, para que o patriotismo não se torne uma forma distorcida de nacionalismo xenofóbico, ou uma mera forma do governo reforçar sua imagem diante do povo com fins eleitoreiros. A criação de um Estado forte e soberano, passa por uma população patriota, que o valorize. Não atoa, muitos dos países mais estáveis economicamente do mundo são também aqueles que possuem altos índices de patriotismo dentre seus residentes. O maior desses exemplos é, talvez, os Estados Unidos, famoso pelas bandeiras asteadas em toda a escola, e por um hino conhecido por toda nação norte americana. Por outro lado, países como a antiga União Soviética, ou a antiga Tchecoslováquia, acabaram se desmantelando justamente por não conseguirem formar uma identidade nacional que ultrapassasse os patriotismos regionais. Uma pessoa que vivesse na Polônia ou na Ucrânia durante os anos 70, dificilmente se descreveria como soviética, mas sim como polonesa ou ucraniana. Ademais, outra característica importante do sentimento patriota é a valorização nacional. A autovalorização de um povo por sua cultura, é fundamental para a sobrevivência da mesma no mundo globalizado, no qual elementos culturais estrangeiros circulam livremente no Brasil. Como já descrito pelo escritor Nelson Rodrigues, o brasileiro apresenta um "complexo de vira lata" quando se compara a países do chamado "primeiro mundo". Nesse sentido, a execução do hino nacional em escolas, só tem a contribuir com a construção de um sentimento nacional dentre os brasileiros e a sobrevivência de tradições culturais no Brasil. No entanto, é preciso atentar para que o patriotismo não se transforme em um gatilho para práticas xenofóbicas ou um espaço de propaganda partidária. O nacionalismo, ao contrário do patriotismo, não se restringe apenas a valorizar elementos nacionais, mas acaba por também desvalorizar elementos e populações estrangeiras. Esse tipo de nacionalismo é extremamente prejudicial ao país, uma vez que cria aversão aos estrangeiros, que muito podem contribuir para o desenvolvimento da nação. Como forma de combater esse sentimento, as escolas devem conscientizar seus alunos sobre o perigo da xenofobia, através de aulas temáticas e interdisciplinares, como forma de coibir o surgimento desse sentimento junto ao patriotismo. Além disso, a mídia deve fiscalizar a execução do hino nas escolas, visando denunciar casos em que o espaço cívico se torne um local de "nacionalismo partidário" por parte do governo, visando denunciar essa prática. Dessa forma, terá-se tanto a eliminação do complexo de vira-lata, quanto a prevenção de qualquer número de partido estampado na bandeira nacional.
[ 160, 200, 200, 160, 200, 920 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Infelizmente, no Brasil, na maioria dos lugares onde vamos notamos o alto nível da violência. Apesar de existir conflitos em solo brasileiro desde o início de nossa colonização, não podemos deixar de lutar por um país melhor e podemos conseguir através de um investimento melhor no sistema de educação. Segundo Immanuel Kant, o homem não é nada alem daquilo que a educação faz dele. Partindo desse pensamento nos resta investir mais no ensino de nossas crianças, exigindo que dedique-se nos estudos, colocando-as em cursinhos ou se for o caso tomando aulas de reforço. Jean Paul Sartre foi sábio em dizer: A violência independente de qual for, é furto da ignorância. Assim o Governo deve disponibilizar fundos suficientes para suprir o defasado ensino brasileiro, para que os orgãos competêntes com DRE invistam nas escolas, concomitante a violência diminuirá E a questão da maioridade penal ficaria em segundo plano. Com base nos fatos mencionados, o Brasil, por sua vez, juntamente com os pais ou responsáveis devem investir mais no Estado, dando ênfase na juventude, uma vez que essa fará a diferença proprocionando bem estar e segurança para as futuras gerações. Ademais o interesse por parte dos jovens é imprescindível.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval chegou ao Brasil no período colonial assim sendo os escravos pintava os rostos e saiam nas ruas. Tradicionalmente aos católicos é o marco do início da Quaresma 40 dias segue até a sexta-feira santa dois Dias antes da Páscoa. Em primeira análise, o governador Federal libera um valor a cada estado ao incentivo à cultura, empresas privadas destinam partes dos impostos e aplica em eventos da festa. Em segunda análise a brincadeira que encanta diversos turistas de toda nação atrai, também a grandes riscos de vícios e desidratação aos cidadãos no desfile promovendo postos de ambulâncias e policiamento devida a negligencia humana ocasiona mortes acidentais. Por fim, em 2020, a escola de samba de São Clemente no figurino teve o enredo o Presidente da República, embora o carnavalesco pode-se ser usado para manifestar insatisfações sociais. Então, o MINSTÉRIO DA EDUCAÇÃO deve repensar, e assim veria que vale mais gastar o dinheiro da festa carnavalesca com criação de mais escolas com qualidade, mais hospitais públicos, investir em saneamento básico e por fim veria que o carnal de fato não é o símbolo da nacionalidade brasileira do século XXI.
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2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Rene Descartes e Galileu Galilei são duas figuras ícones da ciência. Esses pensadores produziram um tipo de conhecimento fundamentado no uso da razão e da experimentação. Desde o século XV, a credibilidade da ciência tem sido legítima. Apenas o conhecimento religioso e o conhecimento filosófico intentam questionar os vieses científicos, no entanto, sem êxito. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro, além do papel social da ciência na atualidade. Deve-se, pontuar, de início, que a construção histórica da ciência, enquanto instituição social do saber e do conhecimento, não se baseia no senso comum e muito menos no conhecimento religioso: bíblico ou encantado. Max Weber traçou o perfil sociológico da ciência: instituição da racionalidade e do cálculo, da experimentação e da exatidão. Característico do mundo ocidental, a ciência tem legitimidade e credibilidade, desse modo, os que acreditam e constroem essa instituição não hesitam e defendê-la. Embora o conhecimento científico seja questionável e refutável, os discursos e métodos da ciência não deixam de ser válidos e cumprem uma função social de explicação e compreensão em suas épocas vigentes. Michel Foucault afirma que os discursos científicos produzem verdades, mas não são verdades absolutas, inquestionáveis. Elas são reflexões e técnicas, métodos e experiências, creditadas e aceitas socialmente. Sendo, assim, Sendo assim é indispensável reforçar a legitimidade da ciência e sua contribuição para a sociedade: a produção de remédios, a produção de tecnologias, a construção de ideias políticas, os avanços no sistema de longevidade entre outros, apenas reverbera a importância dessa instituição, na história, e cumpre uma função social, hoje em dia, de facilitar a vida das pessoas na sociedade.
[ 160, 40, 40, 120, 40, 400 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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violencia-e-drogas-o-papel-do-usuario
Ultimamente, temos observado, um aumento considerável de adolescentes envolvidos com drogas, e o que é mais grave traficando entorpecentes, de maneira desafiadora, demonstrando total desrespeito ao estado de direito, usando armas, atirando contra policia, matando sem piedade, sob argumento que sua punição é diminuta. sob esta ótica, tornam-se verdadeiros facínoras, criam quadrihas etc. Brasil, país em que o trafico toma conta de uma parte das grandes metrópoles e que os usuários de drogas estão por todo lugar, há pessoas que defendem o fato de que essas pessoas lá no passado não tiveram uma oportunidade da sociedade para ser “alguém na vida”, já outras falam que isso acontece por influencia de amigos, mas o que ninguém fala é que nós aprendemos a ir no mais fácil, me diga, se você ver uma moeda de um real no chão e do lado uma sédula de dois reais embaixo de uma pedra, eu você e qualquer outra pessoa vai pegar a moeda primeiro, até parece um modo meio tolo de explicação, mas se parar para analisar reflete bem o que a maioria de nós somos.
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2,018
Quem matou ele? Madrugada no morro. Um grupo de policiais ataca de surpresa uma boca de fumo e mata dois traficantes. O Capitão Nascimento pega um dos consumidores pelos cabelos e o obriga a pôr o rosto nos buracos de bala no peito do bandido morto. O rapaz, apavorado, diz que é estudante, na tentativa de se defender. – Quem matou ele? – pergunta o capitão, aos berros. – Não sei – responde o rapaz. – Não sabe? Quem matou ele? – Vocês, foram vocês! – Nós? Quem matou ele foi você! A gente vem aqui limpar a m* que você faz! Não é à toa que essa cena, do filme Tropa de Elite, é uma das que mais chocam os espectadores. Ela toca numa questão crucial do tráfico: a taxa de responsabilidade dos consumidores. Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas aponta o dedo para uma parcela da elite. Maconha e cocaína no Brasil são bens de luxo, para a população com maior poder aquisitivo. De acordo com o levantamento, o consumidor-padrão de drogas no Brasil é homem, tem entre 20 e 29 anos, é da classe média alta e mora com os pais. “Estatisticamente, a visão de Tropa de Elite é correta: quem financia o tráfico é a classe média” , diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa. Embora ilegal, o tráfico de drogas não infringe outro tipo de lei – a do mercado. Se não houvesse comprador, não haveria venda. O consumidor garante o comércio, mas não é ele quem produz a violência. Drogas são vendidas no mundo todo. Nas ruas de Berlim ou Lisboa traficantes oferecem suas mercadorias para moradores e turistas. Mas vender a droga não implica dominar comunidades inteiras, como os chefões fazem no Rio de Janeiro. Culpar o consumidor está em desuso no Brasil. Pela legislação em vigor desde 2006, quem for apanhado consumindo será julgado num juizado especial, não mais criminal. A pena, que antes podia chegar a seis anos de prisão, agora é de prestação de serviços comunitários. O Brasil segue, assim, o pensamento predominante em vários países europeus, como Espanha, Portugal, Bélgica e Alemanha. A Suécia foi pelo caminho inverso: levou para a cadeia vendedores e consumidores, e hoje o número de drogados do país é um terço menor que no restante da Europa. Revista Época A culpa é da proibição "Quem financia o tráfico não é quem fuma, é quem proíbe"Dizeresde um cartaz exibido numa manifestação pela descriminalização da maconha em São Paulo. O ex-presidente e o STF Fernando Henrique Cardoso disse esperar que a crise no sistema prisional impulsione o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Em entrevista ao blog, os ex-presidente tucano declarou que caberá ao Supremo Tribunal Federal dar “os primeiros passos” . Corre no Supremo uma ação sobre a posse de drogas para uso recreativo. Três ministros votaram a favor da descriminalização de todas as drogas (Gilmar Mendes) ou apenas da maconha (Edson Fachin) , ainda que com a fixação de um limite de 25 gramas para a posse (Luis Roberto Barroso) . Veja trechos da entrevista: – O senhor aprovaria, portanto, a produção de maconha para consumo próprio? Sim. Qual é a minha preocupação? A droga, na prática, é livre nas mãos do bandido. Então, o Estado precisa começar a descriminalizar o que for razoável e, depois, regulamentar. É melhor ter algum tipo de regulamentação do que simplesmente deixar como está hoje. – Hoje existe a proibição legal, não? Sim, é proibido. Mas a droga circula. E quem vai para a cadeia são os pobres usuários, sobretudo mulheres. (...) – De que maneira a deterioração do sistema prisional interfere no debate sobre a descriminalização das drogas? O foco do debate está invertido. Como tem muita gente nos presídios, algumas pessoas dizem: “Vamos descriminalizar porque isso alevia a pressão nas prisões. ” Tudo bem, é verdade. Pode ter esta consequência. Mas não resolve por completo o problema da violência dentro dos grandes presídios. Essa violência é fruto de uma luta pelo controle das rotas de drogas. E isso vai continuar existindo, porque o Brasil é um grande consumidor de drogas. Sem mencionar o fato de que o Brasil é rota de passagem de drogas para outros países. Blog do Josias
Devido à explosão da violência, principalmente à relacionada ao tráfico de drogas, o Rio de Janeiro está sob intervenção na Segurança Pública, com o Exército nas ruas e um general no comando. A questão do comércio de drogas ilegais pode ser examinada sob diversos pontos de vista: social, econômico, político, de saúde pública, etc. No âmbito econômico, por exemplo, o tráfico está vinculado à célebre lei da oferta e da procura. Em função disso, há quem responsabilize os usuários de drogas pela violência disseminada pelos traficantes. No entanto, há também quem os isente de culpa, atribuindo a violência ao tráfico, à proibição e à ilegalidade, que, se fossem abolidos, eliminariam a criminalidade. Leia os textos que acompanham essa proposta de redação e, a partir disso, redija uma dissertação argumentativa, expondo sua opinião: a violência do tráfico é consequência de uma política proibicionista, de combate às drogas, ou da dependência dos consumidores, que procuram os tóxicos e mantêm a contínua necessidade de oferta?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Com a atual crise que os cidadãos brasileiros estão enfrentando é comum questionar qual o principal fator para ter uma vida melhor. A maior parte dos brasileiros considera a fé religiosa mais importante do que estudar ou trabalhar, levando em consideração a situação precária que se encontram as instituições públicas que atendem as necessidades básicas da sociedade é indispensável afirmar que somente a fé não vai garantir uma boa qualidade de vida. É compreensível que as pessoas coloquem a fé em primeiro lugar, pois a fé proporciona sim uma melhora na qualidade de vida espiritual, trazendo motivação e ânimo para conquistar as demais necessidades, porém saber separar uma coisa da outra é muito importante. A fé segundo algumas pessoas religiosas, traz felicidade, algo considerado indispensável para se ter uma vida boa pela maioria, no entanto, não garante tudo que é preciso e importante para vencer na vida em todos os aspectos. Para se ter uma boa qualidade de vida é preciso: obter acesso a atendimento médico, uma boa educação para também garantir um bom emprego no mercado de trabalho, dinheiro para sustento e conforto, entre outros. Sem estudo e trabalho é impossível adquirir estas coisas primordiais para viver, e sendo assim impossível ter uma boa vida. Nos dias atuais em que o descaso na saúde pública, escolas e saneamento básico tem sido cada vez mais frequentes, convém citar o trabalho como fundamental para uma boa vida, visto que não se pode mas contar com as instituições públicas. Os estudos também são muito importantes, principalmente para os jovens que mais tarde se tornaram adultos e obteram maior satisfação com sua vida profissional e financeira.
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2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Criptomoeda é um nome geral que se refere a todas as moedas digitais criptografadas e descentralizadas. A criação da mesma, reflete hoje, de como a nossa sociedade está no caminho do "aposento" do dinheiro físico! Nesse sentido, foi aberta novas portas de investimento no mercado, fomentando órgãos de suma importância para a sociedade, como a economia. As moedas virtuais facilitam várias ações do nosso dia a dia, afim de não haver mais transtornos nas nossas vidas. Contudo é perceptível que o ser humano está se inovando e transformando um mundo de burocracia uma verdadeira facilidade. O governo não reconhece as criptomoedas como uma moeda oficial, ou seja, não há nenhuma proteção a essas moedas já que elas não possuem regulamento, outra desvantagem é que como é uma moeda virtual, a mesma só pode ser controlada através de computadores, onde é um ambiente muito suscetível para invasões e clonagens de dados pessoais. Mas na contrapartida, as criptomoedas facilitam o nosso dia a dia, pois podemos usá-la em qualquer país do mundo! A mesma pode ser até considerada uma moeda universal. Tendo em vista que as criptomoedas é um aparato virtual, temos que adotar um pensamento sociológico sobre tal fato, uma vez que a sociedade está no caminho da inovação, a mesma possui muita ambição no âmbito de ter! Com a repercussão dessas moedas virtuais, nos dá uma perspectiva muito grande com relação à fraudes e roubos, uma vez que a internet é um ambiente propício para tal acontecimento sendo que é o lugar onde tem um número grande de hackers. Para evitar fraudes, clonagens etc. das moedas virtuais é necessário tomarmos várias ações, na perspectiva de evitar tais problemas. A checagem se o site é seguro, por exemplo é crucial para evitar invasões e clonagens de dados pessoais. Outra forma de evitar é nunca salvar os dados para outra pesquisa, pois seu computador poderá ser invadido a qualquer momento. Outra questão a ser levantada é a questão de não clicar em hiper-links, pois o mesmo pode estar carregado de vírus capazes de travar o computador e deixar os dados pessoais vulneráveis.
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2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
É notório que a prisão após o julgamento em segunda instância traz divergências de opiniões, principalmente em relação a compatibilidade ou incompatibilidade com o ordenamento jurídico e com a Constituição. Dentre tantos fatores relevantes temos aspectos favoráveis e contrários a esse ato muitas vezes inconstitucional. Sabe-se que a maioria dos aspectos favoráveis ao cumprimento da pena em segunda instância referem-se a palavra impunidade. Essas pessoas dizem que os mais ricos jamais seriam presos, pois possuem todos os recursos e os melhores advogados para procrastinar ao máximo suas penas. Alegam que outros criminosos seriam igualmente beneficiados ante a demora na tramitação dos processos na justiça brasileira; tudo isso contribuiria ainda mais para o aumento do crime. Por outro lado, os que são contrários a prisão antes do trânsito em julgado fundamentam suas posições no texto da própria Constituição, no qual está escrito que ninguém considerado culpado senão após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória que só ocorre no momento que se esgotam todos os recursos. Essas pessoas também entendem que a Legislação Penal já criou medidas para inibir o crime e proteger a sociedade de perfis altamente perigoso, como a prisão preventiva e temporária. Por tudo isso, faz-se necessário que o poder judiciário cumpra o seu papel institucional e julgue com a maior brevidade possível. Não obstante, o Parlamento deve discutir sobre todo o sistema recursal penal brasileiro e a sua manutenção, enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal manter deve manter o acesso aos recurso previsto em lei.
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2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Segundo Benedetto Croce, a violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. Com essa frase, Croce leva a crer que a liberação da posse de armas não será capaz de gerar a paz, tampouco, preserva-lá. É indubitável que há um sentimento de insegurança da população Brasileira, sendo que uma parcela acredita que portando armas estará em igualdade com assaltantes e irá poder se defender. Porém, se até policiais são mortos ao reagirem a assaltos, o cidadão comum não está mais seguro com uma arma na mão. Outrossim, mais armas em casa em casa levanta a questão do feminicídio, visto que segundo a ONU, o Brasil é o 5º país no ranking mundial de países que mais matam mulheres. Como a grande parte das vítimas são assassinadas por parceiros dentro da própria residência, a posse de armas teria um efeito catastrófico. Portanto, é notório que para o estado é muito mais cômodo deixar a questão da segurança nas mãos dos cidadãos, do que tentar aperfeiçoa-la. O governo deverá investir em segurança pública, para que o mesmo não se sinta desprotegido caso não porte uma arma, aumentando o número de ações para apreensão de armamentos ilegais. Aumentar o número de armas, mesmo que legais, no Brasil, é um verdadeiro tiro no pé.
[ 160, 160, 120, 160, 120, 720 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A jurisdição brasileira é representada por diversas instâncias, ou seja, a utilização de recursos faz com que o processo atinja até a 4° grau, representado pelo Supremo Tribunal Federal. Ocorre que, o mesmo está julgando o mérito de três Ações Diretas de Constitucionalidade, afim de declarar constitucional o Artigo 283 do Código de Processo Penal. O resultado do julgamento será pela permissão, ou não, da prisão em segunda instância. A Constituição Federal de 1988 representa o texto de maior hierarquia presente no ordenamento pátrio e, por isso possui certa "rigidez", sofrendo uma série de limitações que impedem a sua modificação, como por exemplo a impossibilidade de suprimir Direitos e Garantias Fundamentais de seu texto. Em seu Artigo 5º, a Constituição traz um rol de garantias e dentre elas está a presunção de inocência, ou seja, a garantia de que ninguém será considerado culpado, sem sentença penal condenatória transitada em julgado. Em complementação, o Código de Processo Penal, com intuito de viabilizar o direito constitucionalmente previsto, expressou em seu Artigo 283 que, a prisão deve ser realizada em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado, salvo as exceções da prisão temporária e preventiva. O respeito às garantias constitucionalmente previstas constitui princípio básico de um Estado Democrático de Direito e tem como consequência a segurança jurídica. A implementação de Pena Privativa de Liberdade em indivíduos que ainda não foram considerados culpados, uma vez que a culpa só ocorre no transito em julgado, representa grave risco à a toda definição de Estado que foi construída. Sabe-se, ainda, que a Constituição Federal foi criada no contexto histórico do pós ditadura, e portanto estabelece inúmeras proteções ao indivíduo, estabelecendo expressamente que só há condenação com o trânsito em julgado, ou seja, após a decisão definitiva. A possibilidade de prisão em segunda instância, resulta no adiantamento da culpa, de forma à responsabilizar criminalmente um indivíduo que, no ponto de vista legal, ainda é inocente. O STF como guardião da Constituição ao decidir pela inconstitucionalidade da norma constante no Artigo 283 do supramencionado Código, dará margem para uma interpretação normativa na qual excluirá completamente o contexto histórico no qual a Constituição foi criada.
[ 160, 200, 200, 120, 0, 680 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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politica-x-ciencia-a-pilula-do-cancer
Muitas foram as pesquisas feitas por cientistas para descobrirem a cura do câncer, um estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivalde Chierice do instituto de químico da universidade de São Paulo em São Carlos com objetivo de tratamento bem sucedido contra o câncer. Pesquisas realizadas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos promissores, e o no organismo do ser Humano mais complexos a realização de todas as pesquisas necessárias o resultado foi satisfatório, quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha fazer parte do tratamento de alguns tipos de doença. Com mascaras cirurgicas e com faixas com diseres como “Tomara que você não precise da fosfo” ou “A cura do câncer existe”, manifestantes sairam na Avenida Paulista a protestar a favor da liberação da pílula. Algumas pessoas fizeram o uso disseram ter notado uma melhora significativa assim a substancia poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida. Com tudo isso sob a pressão popular, o congresso nacional e a presidente da republica decretou a lei 13.269 em 13 de Abril de 2016 autorizando o uso da substancia fosfoetanolamina sintética a chamada “pílula do câncer”.
[ 80, 40, 40, 80, 0, 240 ]
2,016
Pressão popular Entre as manifestações de brasileiros que saíram às ruas no fim de 2015, um protesto na Avenida Paulista chamou a atenção por defender uma causa diferente às usuais demandas políticas. Com máscaras cirúrgicas, as pessoas ostentavam faixas com dizeres como “tomara que você não precise da fosfo” e “a cura do câncer existe” . Pediam fervorosamente a liberação da “pílula do câncer” . Uma mulher sem o seio esquerdo pintou o corpo de azul e branco, em referência às cores da pílula, e sobre o peito mutilado escreveu: “Foi preciso, mas foi necessário? ” . Protestavam pela regularização da fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” –, um composto criado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo em São Carlos e defendido por eles e por muitos portadores de tumores malignos como um objeto de tratamento bem-sucedido contra o câncer. O remédio foi objeto de estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, junto com outros cinco acadêmicos, e distribuído empiricamente a pacientes por 10 anos. Seu uso estava proibido devido à falta de testes definitivos sobre sua eficácia. Desde o dia 13, não está mais: Dilma Rousseff sancionou neste dia uma lei que libera o porte, o uso, a distribuição e também sua fabricação. Seus defensores comemoram a medida, enquanto cientistas criticam a presidente por um ato que consideram “populista” . [El País] Câncer não é doença Quem pede pela liberação da fosfoetanolamina sintética fabricada e distribuída na USP São Carlos acredita que a substância pode curar qualquer tipo de câncer. Mas é possível um único composto tratar mais de cem tipos de doenças? Segundo os oncologistas consultados pelo UOL a resposta é não. "É errado chamar o câncer de doença porque na verdade é um conjunto de mais de cem doenças que são tratadas de forma específica", afirma Gustavo dos Santos Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. [UOL Notícias] Bastante arriscado "Compreendo que a pressão das pessoas que têm câncer e de seus familiares possa ter movido tanto a Câmara e o Senado quanto a presidente a endossar esse tipo de norma. Porém, é bastante arriscado aprovar uma droga que não tem sequer passagem pelas etapas mínimas de pesquisa farmacêutica", diz Mauro Aranha, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) . Para Aranha, uma substância só pode ser liberada para fins terapêuticos após verificados quesitos como sua efetividade, segurança e a interação com outros medicamentos que o paciente esteja tomando. [UOL Notícias] Quatro pontos a favor 1 – Tratamento alternativo: Muitos pacientes são desacreditados pelos médicos devido a terem descoberto o câncer em um estágio muito avançado, quando já não é possível fazer quimioterapia ou cirurgias. Nesses casos, a fosfoetanolamina entraria como um tratamento alternativo da doença, garantindo assim uma possibilidade de melhora e até mesmo cura, de acordo com o que for descoberto após todas as pesquisas que precisam ser feitas. 2 – Qualidade de vida para pacientes no estado terminal: Algumas pessoas que fizeram o uso da fosfoetanolamina disseram ter notado uma melhora significativa mesmo quando a sentença de morte já era praticamente certa. Assim, a substância poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida, mesmo que não com o fim de cura ou tratamento. 3 – Efeito placebo: Isso explicaria a melhora de alguns pacientes com câncer que fizeram uso da fosfoetanolamina caso a substância na verdade não possua toda a capacidade que o professor Chierice afirma que ela tem. Não é muito aconselhável, porém já representa alguma coisa para muitas pessoas que precisam lidar com a doença, tanto a sua própria quanto de alguém próximo e querido. 4 – Pesquisas já feitas apontam resultados promissores: Apesar de terem sido realizadas apenas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos. O organismo do ser humano é sim mais complexo, mas com a realização de todas as pesquisas necessárias pode-se chegar a um resultado satisfatório, e quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha a fazer parte do tratamento de pelo menos alguns tipos da doença. [Biosom]
Sob pressão popular, o Congresso Nacional decretou e a presidente da República sancionou a lei 13.269, em 13 de abril deste ano, autorizando o uso da substância fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” - por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A medida atendeu aos anseios de muitos cidadãos afetados por diversos tipos de cânceres e seus familiares, mas desagradou os cientistas, que questionam a eficácia da substância, bem como exigem pesquisas e testes antes da liberação de qualquer produto farmacêutico. Pois bem, se os cientistas, que são as principais autoridades nessas questões, foram contra a liberação, os políticos tinham o direito de contrariá-los, criando uma lei, por assim dizer, contrária aos princípios da ciência? Sobre questões de saúde, quem deve dar a última palavra: a Política ou a Ciência? Apresente sua opinião sobre a questão, defendendo sua posição com argumentos. A coletânea de textos que integra essa proposta de redação pode ajudá-lo a refletir sobre o tema.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
É de conhecimento geral que, todo armamento representa perigo. Uma vez que, aprofunda as tensões sociais existentes, pois, uma sociedade armada é mais violenta. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o Brasil é o décimo primeiro país com a maior taxa de homicídios no mundo. Logo, podemos observar que vários conflitos sociais ocasionam um aprofundamento da violência e a posse de arma não é a solução para isso, visto que, ela foi criada no intuito de sub-julgar e não proteger. Uma sociedade armada é mais violenta, segundo nicolau maquiavel o poder trás estabilidade e prestígio, contudo, e é necessário ser um poder representado pelo estado. Instaura-se um comportamento de disputa para a concentração de poder quando entregue a sociedade. Os indivíduos começam a presumir autossuficiência. Logo, deixa de importa-se com os direitos de todo ser humano e agem, deliberadamente, dado que, tem em suas mãos o que define o destino de uma vida. Portanto, é necessário que a mídia, o governo, escolas e a família elabore medidas que abordem a reflexão sobre o armamento da sociedade civil. Assim, é necessário a elaboração de projetos sociais para combater a proliferação do entendimento que armas são a solução para a minimizar a violência no Brasil.
[ 120, 120, 80, 120, 80, 520 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sócias, políticas e econômicas é característica da "modernidade líquida" vivida no século XX. Somado a isso, tem-se o cenário desafiador dos riscos gerados pela nova economia virtual. Ocorrendo, devido o despreparo da população e é mantido pela ineficácia estatal. Nesse viés, o despreparo populacional vem desde o final do século XX, após a guerra fria, no qual se deu início a Revolução Técnico Cientifica, ou seja, os avanços tecnológicos. Com essa falta de conhecimento, as pessoas se tornam vulneráveis, podendo sofrer não só com roubos de dados mas também com prejuízos econômicos, pelas moedas virtuais, ou criptomoedas, como o Bitcoin. Portanto a escola deve fornecer uma orientação, tanto para os familiares como para os jovens, sobre os riscos causados pelas moedas virtuais. Além disso, a incapacidade estatal no ato de coibir os crimes potencializados pelas criptomoedas dificultam ainda mais essa realidade. Todavia, isso é consequência da ausência de aparatos tecnológicos para o combate tanto a pirataria quanto ao tráfico online. Para isso, foi feito o Marco Civil da Internet para que as pessoas possam ter sua privacidade garantida, por meio da proteção contra sites perigosos e assim essas moedas possam ser utilizadas com mais segurança. Desse modo, torna-se necessário propostas para melhorar o cenário desafiador dos riscos gerados pela revolução econômica virtual. O Estado - agente responsável pela ordem social -, deve promover o incremento da polícia técnica, por meio e parceria público-privadas com concursos para que a busca dos efetivo crimes virtuais (como a pirataria, roubo de dados e de criptomoedas) seja efetivada com sucesso e passem a não ocorrer mais.
[ 160, 40, 40, 160, 40, 440 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência que é o paradigma na produção do conhecimento da era moderna está sendo continuamente questionada por grupo de pessoas nas redes sociais, sendo este fenômeno denominado de pós verdade, conforme se explicará a seguir. Primeiramente, é salutar demonstrar que ao longo da história nem sempre a ciência era o paradigma de produção de conhecimento. Este lugar era ocupado pela religião, que manipulava seus interesses sociais e políticos através de seus dogmas. A ciência assumiu o paradigma da produção de conhecimento por adotar um método de estudo, testes e observação, e por defender que estava livre de ideologias. No entanto, a filosofia e as ciências humanas demonstraram que a ciência pode ser utilizada para defender ideologias e interesses políticos e econômicos, tal como ocorreu no século XIX, com a teoria evolucionista de cunho racista, assim como ocorre, atualmente, com o uso indiscriminado de cirurgias estéticas e remédios antidepressivos, em benefício do lucro das indústrias farmacêuticas e comunidade médica. Nesse sentido, é importante a existência de pessoas que questionem os argumentos científicos, a fim de promover a evolução da sociedade e bem estar social. A ciência fez isso outrora, quando Galileu provou matematicamente que a terra não era plana, ocasionando uma revolução em toda forma de pensar e estudar o mundo. Porém, os movimentos de pós verdade também podem ocasionar consequências negativas para sociedade. Para evitar isso os movimentos devem ser feito com responsabilidade, apontando evidências concretas e se possível que suas premissas sejam testadas pelo método científico. Caso contrário, pode ocasionar sérios danos, a exemplo do movimento antivacinas, no quais as pessoas não vacinadas colocam em risco a vida de outras pessoas. Por fim, se defende o direito de liberdade de questionar as verdades científicas, se isto for feito com responsabilidade e com o intuito de promover a evolução e bem estar social. Afinal de contas, a sociedade humana está em constante evolução pelo desejo do homem descobrir coisas novas e questionar o que está posto.
[ 120, 160, 120, 160, 0, 560 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
A ciência contribuiu, ao longo dos séculos, para o desenvolvimento da sociedade tal como conhecemos. Graças à ela, diversas comodidades, como meios de comunicação, internet e medicamentos, estão disponíveis. Entretanto, seu prestigio vem diminuindo entre a população. Este fenômeno está bastante associado às novas formas de consumo de informações e pode trazer grandes prejuízos ao povo. Atualmente, a disseminação de informações tornou-se mais dinâmica. Entretanto, isto favoreceu as chamadas "fake news", caracterizadas por apresentarem inverdades, muitas vezes convenientes para alguns segmentos da sociedade. Ainda, o impacto destas notícias é favorecido pela chamada era da pós-verdade, que, como explica o filósofo Paulo Ghiraldelli, caracteriza-se por uma situação em que fatores pessoais pesam mais no momento de analisar uma informação do que qualquer outro. Com isto, tanto o pensamento crítico, como o científico são postos para escanteio. Além disso, a descrença na ciência traz consequências negativas para a população, sendo um claro exemplo desta relação o caso da vacinação. Tal ligação se dá pelo fato de o Brasil, nos últimos anos, ter passado de país modelo na pauta de imunização à figurante entre os principais países com aumento na incidência de sarampo. Neste processo, o disseminado movimento anti-vacinas, carente de base técnica, teve importante contribuição. Associado à ele, também contribui a falta de criticidade relativa às informações. Dado o exposto, faz-se necessário trabalhar pela valorização da ciência. Neste processo, as instituições educacionais são fundamentais e devem contribuir para a formação de cidadãos críticos. Além disso, devem estimular o primeiro contato com a ciência e sua compreensão, por meio de atividades práticas contextualizadas com o dia a dia. Além disso, é de suma importância que as empresas ligadas à comunicação desenvolvam mecanismos de combate às "fake news", a fim de evitar a disseminação de informações prejudiciais à população. Desta forma, contribuir-se-á para o melhor uso do conhecimento.
[ 160, 200, 160, 160, 160, 840 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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redes-sociais-e-manipulacao-politica
Com certeza, um dos assuntos mais comentados e discutidos esse ano foram as notícias falsas e suas possíveis implicações nas eleições presidenciais. Divulgadas em plataformas que possibilitam a interação dos indivíduos, como o facebook e o twitter, tais notícias (que não são notícias) têm grandes influências sobre pessoas que não conhecem seus verdadeiros propósitos. Infelizmente, as redes sociais, o meio que pensamos ser o mais democrático para se informar, discutir e verificar os fatos e as notícias, são palco para indivíduos não preocupados com a verdade e a busca de melhorias para todos, e sim com o próprio umbigo e a garantia de seus poderes. Em se tratando de política, são pessoas e movimentos muitas vezes extremamente radicais que não toleram diferenças ou mesmo o diálogo, e criam perfis falsos para divulgar informações nem sempre verdadeiras a seu favor e atacar adversários, disseminando, assim, o ódio. Esse é um cenário preocupante, visto a proximidade das eleições presidenciais e o impacto que esses perfis geram na escolha do candidato. Para se ter ideia da gravidade da situação, em 2016 Donald Trump foi eleito nos EUA com a ajuda da boca invisível, os boatos virtuais. Além disso, um dos movimentos que tiveram grande protagonismo no impeachment da presidenta Dilma Rousseff teve 87 perfis retirados do ar recentemente pelo próprio Facebook por “violar severamente as políticas de autenticidade da rede social”, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Nós, cidadãos, devemos ficar bastante atentos às informações que nos é passada, principalmente via redes sociais, inclusive o Whatsapp. É necessário verificar sempre as fontes das notícias ou apurá-las em jornais reconhecidos para saber se não estamos caindo em alguma armadilha. Além disso, para contornar o problema, jornais e profissionais da comunicação estão cada vez mais criando plataformas de checagem de informações; a Agência Lupa da revista Piauí e a Truco da Agência Pública são dois bons exemplos desse novo serviço da área.
[ 200, 200, 200, 120, 120, 840 ]
2,018
Fake news, perfis falsos e análise de dados A ação de partidos e de governos para manipular a opinião pública por meio das redes sociais está crescendo e já atingiu 48 países nos últimos 12 meses, diz um novo estudo feito pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. São 20 países a mais do que na versão anterior da pesquisa, divulgada há um ano. O crescimento é impulsionado principalmente por países da América Latina e do Sudeste Asiático —o Brasil já estava na lista desde 2017. Segundo a pesquisa, esses grupos organizados por atores políticos atuam disseminando fake news (notícias mentirosas) , criando perfis falsos para aumentar artificialmente a importância de determinados assuntos e candidatos e usando análise de dados para fazer propaganda a públicos específicos. Os palcos preferidos de atuação das organizações manipuladoras continuam a ser o Facebook e o Twitter, mas sua presença tem crescido em outras plataformas, como o WhatsApp, o Telegram, o Instagram, o SnapChat, o WeChat e até mesmo o Tinder, aplicativo usado para relacionamentos. Há também registro de ações organizadas para fazer determinado site ou tema ganhar relevância nos principais mecanismos de buscas da internet, como Google, Bing (da Microsoft) e Yahoo! . E a tendência é que isso se repita na disputa eleitoral brasileira, segundo a organizadora da pesquisa. "Campanhas de desinformação vão ocorrer em todas as grandes plataformas utilizadas no Brasil", afirmou ela. [Folha de S. Paulo]
Há cerca de dez anos, as redes sociais se tornaram uma arma de manipulação da opinião pública, em especial no âmbito político e durante os períodos das campanhas eleitorais. Isso já atingiu 48 países recentemente e o Brasil está entre eles, segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Na reportagem que informa esta proposta de redação, é possível entender como esse processo manipulativo ocorre. De posse dessas informações, é o caso de se perguntar o que o eleitor pode fazer para não se deixar enganar, escapar das fake news e das promessas igualmente falsas. Ou seja, para votar conscientemente, em candidatos que ele realmente considere aptos a resolver ou contribuir com a resolução dos graves problemas nacionais. Na sua opinião, de que modo os brasileiros podem enfrentar a manipulação política nas redes sociais? Se é que isso é possível...
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
O ministro da educação, no final do mês de Fevereiro, enviou um e-mail com uma proposta de lei às escolas do nosso país, onde alunos, professores e demais funcionários cantassem o hino nacional. Uma tentativa de resgatar o patriotismo da nova geração ou uma oportunidade para divulgar ainda mais a propaganda ideológica do governo ? A proposta do ministro foi recebida com bastante repúdio e muitas críticas por profissionais e expecialistas da educação, pois para eles e também grande parte da população brasileira isso significava um retrocesso considerável no ensino das escolas do nosso país, pois lembrava do tempo da Ditadura Militar, onde existia um orgulho exagerado pelo país, ou seja, um patriotismo excessivo. A proposta do ministro, totalmente errada seja no sentido de aumentar o patriotismo da geração atual e resgatar o da próxima ou de divulgar a propaganda do governo, não surtil nem de longe o efeito desejado, levando ao cancelamento da nova lei. Se é para aumentar o orgulho dos brasileiros pelo país, que o ministro, junto com o governo vigente, se esforcem para, melhorar a situação nacional (desemprego, educação e saúde precária, etc.) melhorando a infraestrutura das escolas, oferecendo um ótimo ensino para que todo cidadão tenha acesso a uma educação de qualidade.
[ 120, 120, 120, 120, 80, 560 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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escola-no-brasil-com-partido-ou-sem-partido
Em meio a recente polarização política, um debate vem ganhando relevância, o da escola sem partido. O projeto, segundo seus autores, tem como objetivo libertar o sistema de ensino da doutrinação esquerdista e da ideologia de gênero. No entanto, é irônico que um projeto que diz defender uma Escola Livre traga como resultado uma maior restrição ao sistema de ensino e um declínio ainda maior da relevância da escola como local de conhecimento. O projeto, apoiado pelas partes mais conservadoras da sociedade, traz como discurso a criação de uma educação neutra, o problema no entanto é que tal ideal não pode ser alcançado, tal visão imparcial nada mais é do que uma defesa do conformismo e manutenção do status-quo. À partir dessa ideia vaga é criada uma linha tênue do que pode ser ensinado e o que não pode. O que ali é ideologia e o que ali são fatos? O que ali pode estar atacando os valores morais ou religiosos de determinado aluno? Nesse espaço aberto a interpretações, encontra-se um constante policiamento e controle de qualquer discurso minimamente crítico. A Escola Sem Partido, portanto, não tem como objetivo livrar a educação de qualquer ideologia, mas permitir o perpetuamento de ideias defasadas e atrasadas. Usando de um discurso histérico e hiperbólico uma camada da sociedade defende seus ideias conservadores, impedindo que estes entrem em atrito ou sejam debatidos na escola, um ambiente em que o senso crítico deve ser deixado em casa.
[ 160, 120, 160, 160, 0, 600 ]
2,016
O debate O Senado lançou em julho passado uma enquete em que toda a sociedade pode opinar contra ou a favor do projeto de lei 193/2016, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES) , que inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional o programa Escola sem Partido. O programa, que tem ganhado defensores e críticos nos últimos tempos, existe desde 2004 e foi criado por membros da sociedade civil. Segundo Miguel Nagib, advogado e coordenador da organização, a ideia surgiu como uma reação contra práticas no ensino brasileiro que eles consideram ilegais. "De um lado, a doutrinação política e ideológica em sala de aula, e de outro, a usurpação do direito dos pais dos alunos sobre a educação moral e religiosa dos seus filhos", explica. Para Nagib, todas as escolas têm essas características atualmente. Na contramão dessa ideia, estudiosos especialistas em educação criticam o programa afirmando que nada na sociedade é isento de ideologia, e que o Escola Sem Partido, na verdade, é uma proposta carregada de conservadorismo, autoritarismo e fundamentalismo cristão. Para Daniel Cara,coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação: "Toda criança e adolescente tem direito a se apropriar da cultura e a ler o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. E o cidadão brasileiro tem o direito de aprender o evolucionismo de Darwin, a história das grandes guerras, a luta pela abolição da escravatura no Brasil, a desigualdade entre as classes sociais". Segundo Cara, para conseguir lecionar sobre cada um desses temas, o professor escolherá uma narrativa ou forma de explicar o conteúdo, por meio de um conjunto de ideias. "Portanto, fará uma escolha ideológica – e isso deve ficar claro aos alunos, é uma questão de honestidade intelectual", diz. Ana Elisa Santana, Agência Brasil (adaptado. Veja a íntegra aqui) Liberdade de crença Mas discutir questões relativas à situação política do País, por exemplo, na universidade, não faz parte da formação de cidadãos? Se esse debate é travado em termos acadêmicos, não viola a liberdade de crença do aluno. Nossa proposta de lei não se opõe a que temas políticos sejam debatidos – o que não pode é isso ser imposto pelo professor. Ele pode revelar suas crenças sem impô-la aos alunos, não é isso que se pretende banir da sala de aula. Apenas uma zona é que não pode ser invadida pelo Estado e pelo professor, e que compete à família, é reservada à ação da família: as questões de natureza religiosa e moral. Fora isso, não se propõe interdição de nenhuma área ao debate. Entrevista do advogado Miguel Nagib ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) Suposta doutrinação O senhor acredita que ocorra doutrinação ideológica nas salas de aula? É inegável que acontece. Meu filho, mesmo, estuda em uma escola particular na qual sistematicamente falam contra o PT. Isso existe e não é desejável – o certo é que se deem os lados todos da questão. Mas isso não é só de um lado – esquerda ou direita – e nem é tanto quanto os defensores desse movimento dizem. O efeito de uma suposta doutrinação de esquerda alegada tantas vezes por quem abraça esse tipo de causa me parece limitado – tanto que a maior parte dos alunos que saem da vida acadêmica querem ganhar dinheiro. Isso não é resultado de doutrinação de esquerda, caso contrário, eles pleiteariam grandes avanços sociais ao deixar a escola, o que acontece bem menos. Entrevista do filósofo Renato Janine Ribeiro ao UOL Educação (veja a íntegra aqui) .
Se você é um estudante "antenado", deve estar acompanhando um debate em curso no país, que opõe defensores de teses diferentes sobre o papel do professor em sala de aula. De um lado, a organização Escola Sem Partido afirma que os professores, extrapolando as suas obrigações, aproveitam de sua situação de mestres para doutrinar ideologicamente seus alunos, favorecendo uma visão de mundo formulada pela chamada esquerda. De outro, estão vários educadores e professores que contestam a existência dessa doutrinação esquerdista e garantem que as disciplinas, especialmente de Humanidades, não podem ser ensinadas de modo neutro, pois há nelas um caráter intrinsecamente ideológico. Acusam ainda a proposta da Escola Sem Partido de ser ela mesma ideológica, vinculada ao pensamento conservador e de direita. Enquanto estudante do ensino médio, como você vê esse debate? Concorda com um dos lados da polêmica? Julga-se vítima de doutrinação ideológica? Ou crê que seus professores o orientam para ter uma visão crítica da realidade? Exponha o seu ponto de vista sobre o assunto, justificando sua opinião. Veja informações sobre o debate na coletânea de textos que integra esta proposta.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Segunda a constituição da república federativa do Brasil a saúde é um direito de todos e dever do estado, ou seja, compete ao estado oferecer uma saúde integral e com equidade, segundo alguns princípios do SUS (sistema único de saúde ), para combater o agravo de doenças crónicas e agudas e oferecer uma melhor qualidade de vida a população brasileira. Porém, atualmente uma das grandes dificuldades que o governo brasileiro vem sofrendo é o combate da obesidade e o sobrepeso, sendo está problemática muitas das fezes Em primeiro lugar, é preciso levantar uma discussão sobre o grande mercado de empresas multinacionais do ramo alimentício que representa grande ação sobre o aumento nos casos de obesidade. Grande parte desses empresas possui um grande investimento em marketing para atrair novos clientes, e grande parte do público infantil é amplamente influenciado por meio da oferta do alimento junto com brinquedos que atrai a sua atenção. Dessa forma, divido ao consumo desses alimentos calóricos a adiposidade tende a aumentar principalmente no público infantil e agravar em doenças, como diabetes tipo 2 problemas cardiovasculares além de fomentar esse tipo indústria alimentícia. Sendo assim deve-se procurar alternativas para eliminar o crescente número de obesos, buscando controlar o crescimento dessas empresas. Em segundo lugar, outro motivo importante no aumento do índice de sobrepeso é o sedentarismo. Atualmente a transição de um público infantil que era estimulado a ter uma constante atividade física para um público que está influenciado por aparelhos tecnológicos, como vídeos games, celulares em outros dispositivos que não tem a necessidade de ter grande locomoção, leva ao sedentarismo que relacionado a falta de atividade física e com o consumo excessivo de alimentos calóricos, como os de fast food, desempenha considerável papel na obesidade. À vista disso, a obesidade infantil proporciona consequências graves, desde doenças crônicas e agudas até mesmo o bullying. Em virtude dos argumentos apresentados, infere-se, portanto, que deve-se buscar alternativas para combater a obesidade e o sobrepeso não devendo está fazer parte da sociedade brasileira. Logo, cabe ao governo federal, juntamente com o sistema único de saúde incentivar o consumo de alimentos saudáveis por meio de campanhas em mídias sociais e escolas a fim de combater o consumo de alimentos ricos em calorias. Ademais, é preciso que as escolas com apoio dos pais estimulem seus filhos a praticarem esportes, como natação, futebol, para que se possa combater o sedentarismo nas casas das famílias brasileiras. Dessarte, a obesidade e o sobrepeso no Brasil estarão se findando-se aos poucos.
[ 120, 160, 160, 160, 200, 800 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
No ano de 2017, de acordo com o órgão federal Norte Americano CDC (Centers of Disease Control), aproximadamente 40.000 pessoas foram mortas por armas de fogo. Já no Brasil, esse número passa dos 43.000, é inegável que há uma correlação entre o acesso às armas e ao número de pessoas mortas por disparo de arma de fogo. Há aqueles — que apesar da clara correlação — acreditam que aumentar o número de armas irá ser beneficente ao país. Destarte, há um sentimento coletivo de insegurança da população brasileira, uma parcela da população acredita que o acesso às armas irá poder ficar em igualdade com os assaltantes. O decreto assinado recentemente pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 15/01/2019, facilitaria a posse de arma para a população geral, além de dobrar o prazo de validade do registro de posse. Infelizmente, se até policiais são mortos a Outrossim, o aumento no número de armas em residência é especialmente alarmante para um grupo: as mulheres, o Brasil possuí a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, de acordo com a ONU. De acordo com Simone de Beauvoir, Tomás de Aquino referia-se às mulheres como “homens imperfeitos”, esse tipo de pensamento é presente na sociedade hodierna, e é utilizado para justificar o controle que os homens querem exercer sob as mulheres, sendo traduzido em forma de agressões físicas e psicológicas, o acesso à uma arma escalaria uma agressão para um feminicídio. Sobre esse viés, fica claro que aumentar o acesso do cidadão às armas de fogo, não irá resolver nenhum problema de segurança pública, muito menos abaixar a insegurança pessoal do brasileiro comum. O Governo deverá investir em segurança pública, para que o cidadão não se sinta desprotegido caso não porte uma arma, aumentando o número de ações para apreensão de armamentos ilegais, além de ter como foco a redução do narcotráfico, em todo território nacional. Aumentar o número de armas, mesmo que legais, no Brasil, é um verdadeiro tiro no pé.
[ 120, 120, 160, 160, 0, 560 ]
2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
O "vencer na vida" pode ser interpretado como algo relativo e particular de cada indivíduo, população e cultura. Entre os inúmeros fatores que interferem no ponto de se considerar um vencedor na vida vem o fator fé. A bíblia relata a fé como "certeza das coisas que se esperam, convicção de fatos que não se vêem ", e, de fato, é algo subjetivo e invisível, mas que influencia objetivamente na vida das pessoas, ajudando-as a enfrentar seus desafios pessoais, que muitas vezes são grandes. A ciência já constatou que pessoas com fé (independente de suas religiões) são mais felizes, têm melhor recuperação de doenças e possuem um grau de superação maior em relação à quem diz não acreditar em nada. A Universidade de Duke (EUA), em parceria com a Santa Casa de Porto Alegre (Revista Exame, 2014), chega a mostrar em suas pesquisas os benefícios biológicos de indivíduos submetidos à procedimentos cirúrgicos, apresentando menor resposta inflamatória exacerbada em relação aos demais indivíduos que afirmavam ser ateus. A oração, por exemplo, já é compreendida como fator de bem estar psíquico, já que permite à mente entrar em um estado de maior tranquilidade, promovendo liberação de endorfinas, além de colaborar em melhora nos níveis de pressão arterial desses indivíduos, diminuição de dores e de insônia. O livro "Revolução Espiritual", do psiquiatra Harold Koenig, também aborda sobre a influência da fé no bem estar e saúde mental das pessoas, de modo positivo. Assim, quando respondemos à questionamentos como "o que é mais importante para vencer na vida?", a fé, sem dúvida, é o principal motivo, a base, já que por meio dela conseguimos o essencial para nos fortalecer e dar o próximo passo na vida, sejam em nossas relações amorosas, viagens, curas físicas e emocionais, obtenção de sucesso nos negócios e estudos. Não há quem vença na vida sem que primeiro tenha acreditado que venceria, ou seja, houve fé.
[ 120, 40, 40, 160, 0, 360 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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13.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
O uso de fantasias e alegorias no Carnaval que remetem às culturas inferiorizadas é criticado por diversas pessoas como sendo um caso de apropriação cultural. Entretanto, é preciso saber diferenciar apropriação de intercâmbio cultural, uma vez que a primeira agrava o preconceito e o desprestígio, enquanto o outro procura não só homenagear, mas também trazer notoriedade para a cultura e às causas enfrentadas pela mesma. Dito isto, é importante notar que a apropriação cultural está vinculada a uma prática de desmérito, pois uma etnia que é retratada sem contextualização e resumida em um vestuário bonito e exótico tem sua imagem estereotipada, como também seu valor esquecido. No Carnaval, as pessoas apreciam plumagens exuberantes, por exemplo, sem conhecerem os maus tratos aos pássaros e todo o comércio por trás de fantasias que servem somente de entretenimento. Contudo, o intercâmbio cultural é completamente diferente, pois trata-se de uma homenagem a qual considera a história e as batalhas de uma cultura como aspectos fundamentais para retratá-la com veracidade. Por exemplo, "O Guarani" e mais outros livros do romancista José de Alencar utilizaram o encontro do branco com o índio como uma narrativa que evidenciou um Brasil ignorado por muitos. Traçando um paralelo, as escolas de samba têm a oportunidade de usar de sua visibilidade para alavancar políticas sociais e ambientais em prol das minorias. Assim, concluímos que a problemática de se retratar culturas inferiorizadas no Carnaval está na maneira como a mensagem é transmitida. A fim de evitar a apropriação cultural, as escolas de samba que optarem pelo tema precisam expor as dificuldades que diversas etnias enfrentam na sociedade, dando a oportunidade aos indivíduos pertencentes às tais culturas de participarem dos desfiles e de se expressarem para milhões de pessoas, despertando assim o interesse no espectador em participar ativamente das batalhas dessas etnias.
[ 200, 200, 160, 160, 200, 920 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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13.html
preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
É de conhecimento geral, que é dever de todos cuidar do ambiente em que se vive. Visto que, a falta de cuidado e preservação, pode nos levar à ruína. No entanto, o número de queimadas e desmatamento no território amazônico, cresceu absurdamente devido a falta de conscientização e negligência governamental. A priori, não se pode tomar posse total da natureza, posto que é por meio dela que o oxigênio passa a ser mais purificado e nos dá ar fresco. Contudo, passaram-se mais de 10 dias de queima contínua no território da Amazônia, tal ato fizera animais serem mortos, indígenas terem reservas atingidas, causando grande problema ambiental. Por conseguinte, tal celeuma tornou-se assunto internacional. Outrossim, os recursos usados pelo governo brasileiro foram mínimas. Entretanto, não faltou ajuda, o presidente da França propôs a ideia da Amazônia ganhar status internacional, tal atitude traria grande ajuda de preservação. Sobretudo, não há alguém que possa comprar a natureza, visto que sua vida independe da nossa, porém poderíamos prolongar seus dias recebendo ajuda até mesmo internacional. Depreende-se, portanto, que é necessário abrir mão de posses territoriais para salvar nossa fonte de vida. Logo, faz-se mister, que o governo brasileiro por meio do Ministério do Meio Ambiente, entre em acordo com o Governo da França, para receber os recursos necessários, com o fito de nos tornamos um país mais empático e humanitário.
[ 120, 120, 160, 160, 160, 720 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
É de conhecimento geral, que é dever de todos cuidar do ambiente em que se vive. Visto que, a falta de cuidado e preservação, pode nos levar à ruína. No entanto, o número de queimadas e desmatamento no território amazônico, cresceu absurdamente devido a falta de conscientização e negligência governamental. A priori, não se pode tomar posse total da natureza, posto que é por meio dela que o oxigênio passa a ser mais purificado e nos dá ar fresco. Contudo, passaram-se mais de 10 dias de queima contínua no território da Amazônia, tal ato fizera animais serem mortos, indígenas terem reservas atingidas, causando grande problema ambiental. Por conseguinte, tal celeuma tornou-se assunto internacional. Outrossim, os recursos usados pelo governo brasileiro foram mínimas. Entretanto, não faltou ajuda, o presidente da França propôs a ideia da Amazônia ganhar status internacional, tal atitude traria grande ajuda de preservação. Sobretudo, não há alguém que possa comprar a natureza, visto que sua vida independe da nossa, porém poderíamos prolongar seus dias recebendo ajuda até mesmo internacional. Depreende-se, portanto, que é necessário abrir mão de posses territoriais para salvar nossa fonte de vida. Logo, faz-se mister, que o governo brasileiro por meio do Ministério do Meio Ambiente, entre em acordo com o Governo da França, para receber os recursos necessários, com o fito de nos tornamos um país mais empático e humanitário.
[ 120, 120, 120, 160, 200, 720 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
É indubitavelmente correto afirmar que com o passar dos anos, um número maior de pessoas tenha cada vez mais dúvidas e feito mais questionamentos sobre a ciência, como por exemplo, as pessoas que são contra as vacinas e os grupos terraplanistas, não acreditam no que o governo diz, tendo assim uma certa incredulidade sobre suas afirmações feitas, a pós-verdade. A internet é a principal fonte utilizada para espalhar tais informações, convencer ou achar pessoas que pensam da mesma forma, como aconteceu no caso dos grupos terraplanistas a partir do ano de 2014. Nesse sentido, muito mais pessoas passam a ter acesso, assim então, duvidando dos fatos que o governo-lhes apresenta. Não obstante, como citado no supracitado, há também pessoas que são contra a vacinação, que assim como os grupos terraplanistas, duvidam e questionam de sua eficácia, sendo um grande risco para a saúde global, onde pode haver o descontrole de doenças, sem o seu devido tratamento. Todavia, também pode ser considerado tal ato como ignorância da parte dessas pessoas a não acreditarem. Com base no que diz Immanuel Kant "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", cabe a pessoa decidir como vai de fato usá-la nos âmbitos sociais. Em suma, se há provas do que foi dito sobre determinado assunto, há, sim, como depositar certa confiança e não duvidar. O governo deveria tentar apresentar novamente provas concretas para comprovar a autenticidade de suas afirmações científicas para que essas pessoas passem a acreditar no que for apresentado a elas.
[ 120, 160, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
Bom, como podemos observar, os brasileiros estão sofrendo com as queimadas e possíveis desmatamentos que acontecem na floresta, porém esse status atual é decorrente de ações que já são feitas a tempos atrás. É de conhecimento geral que a exploração dessa região é feita geralmente para termos papéis, móveis, construções de estruturas, entre outras coisas que são importantes no nosso dia a dia. Cabe salientar que o oxigênio que é oferecido por essa floresta não é só o Brasil que o recebe, porém se a França se preocupasse realmente com essa causa, não estaria sofrendo a décadas com garimpos ilegais que são feitos em sua parte da floresta, Guiana. Todavia é possível prevê que o Brasil ao aceitar essa união passará a sofrer pelos mesmos motivos. Então, nessa situação, o cabível seria a conscientização da população em não degradar ainda mais essa área, porque sempre tivemos queimadas já que resultam de tempo seco e muito quente, mas esse ano a preocupação não é só de queimadas ou de explorações e sim de desmatamento ou até mesmo crime ambiental. Portanto, como o Presidente do Brasil já providenciou ajudas específicas das autoridades cabíveis seria sublime agora a ajuda da população, pois mantendo o país saudável estaremos também ajudando essa floresta.
[ 120, 40, 40, 160, 40, 400 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Diante da decadência educacional que se espalha pelo Brasil, devido à má administração oriunda do governo federal, fica claro que é bem provável que jovens de áreas periféricas a partir de agora terão mais dificuldades do que o comum para poder ingressar em universidades e institutos federais e, além disso, as falhas lacunas na política de cotas atual do Brasil prova que os mais privilegiados educacionalmente continuarão tendo acesso a à educação. Em 2016, a USP aprovou apenas 34,6% dos alunos de escola pública, sendo que apenas 2,1% se referem a estudantes pretos, pardos ou indígenas (PPI). Com o congelamento de verbas para as redes federais de ensino, fica claro que estudantes de escolas particulares terão maior facilidade para entrar, uma vez que a vagas serão menores e a concorrência irá aumentar, aqueles que carregam uma maior bagagem educacional terá uma maior destreza para ingressar em tais institutos. Na portaria da política de cotas atual do Brasil, mostra que para se ter direito as cotas de escola pública, diz que para ter direito, o aluno deve ter estudado no mínimo três anos em escola pública, o que faz muitos pais tirarem os filhos que estudaram toda a vida acadêmica em instituições privadas, para colocá-los em escola públicas no ensino médio. Uma família que a vida inteira pagou educação privada, tem totais condições de contribuir com a universidade, e não tem motivos para querer tirar a vaga de alunos de escola pública. Diante dos fatos apresentados, essencial que o governo crie maneiras de fazer melhorias das políticas de cotas de universidades, mudando para maneiras mais rígidas de identificar pessoas com necessidades reais de estar lá.
[ 120, 120, 160, 120, 40, 560 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
O Brasil tem vivido nos últimos meses uma discussão a respeito da prisão ou não de réus condenados em 2ª instância. A decisão, que será proferida pelo Supremo Tribunal Federal pode mudar o curso da legislação criminal do país. As opiniões são divididas, porém, temos que definir o que é melhor para a sociedade visando à segurança e o bem comum. Por um lado, há a defesa da liberdade até o trânsito em julgado, como dita a nossa Constituição de 1988. Isso dá o direito ao réu de esgotar todas as possibilidades de recursos pelo contraditório e pela ampla defesa. Devemos nos colocar na situação de um réu, que se julga inocente, e que buscará provas para garantir sua liberdade. Não seria justo que o mesmo permanecesse preso sabendo que não cometeu o crime. Estaríamos privando um inocente de sua liberdade e contradizendo os princípios da Constituição Federal. Acredito que a condenação de forma errônea em 2ª instância pode até ocorrer por falhas da justiça, mas, em casos raríssimos que não representam a maioria. A condenação é feita por pessoas com elevado conhecimento de direito e que usam de provas concretas para tal. Por outro lado, como já houve a condenação em 2ª instância, tem-se a prova de que houve sim um crime e a pessoa precisa pagar por ele. Entendo que o julgamento pela condenação em 2ª instância já esgotou as possibilidades de inocência e a entrada de recursos seria uma mera tentativa de reduzir ou minimizar a pena. Se houve uma condenação, esta pessoa representa um risco para a sociedade, podendo cometer mais crimes e tentar fraudar informações para garantir sua inocência. E ainda, se tivermos um sistema judiciário sério e eficiente, como poderíamos condenar numa instância e inocentar em outra? A não prisão em 2ª instância requer mais tempo de recursos para o réu e consequente maior morosidade nas decisões da justiça. Esta morosidade pode acarretar danos à sociedade como aumento de crimes, fraudes e tentativas de escapar da justiça. Por fim, a condenação em 2ª instância em minha opinião é suficiente para a prisão do réu. Cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir o que melhor atende ao interesse público e seja mais eficiente e eficaz para o combate aos crimes e à constante luta por um país melhor.
[ 160, 120, 160, 160, 40, 640 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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preservacao-da-amazonia-desafio-brasileiro-ou-internacional
As pautas ambientalistas têm sido cada vez mais discutidas no cenário mundial, o qual, mais recentemente, passou a discutir sobre a exploração da floresta amazônica. A grande questão é se a floresta deve ganhar "status" internacional ou se deve continuar sendo responsabilidade dos países que compõem a Amazônia. Mas seria justa que apenas alguns países da América do Sul tivessem que ceder suas florestas em prol do planeta, enquanto outras nações que já exploraram suas vegetações não pagam nada por isso? A floresta amazônica é a maior do mundo e sua exploração causaria muitos impactos ao planeta, no entanto, não se pode exigir que apenas os países que compõem a Amazônia paguem a conta pelos países que já exploraram suas vegetações. Para que isso ocorra de maneira justa, todos os países deveriam ter uma porcentagem mínima de floresta preservada, e os que não conseguissem manter o mínimo, deveriam pagar aos que possuem mais áreas preservadas. Dessa maneira, o Brasil seria capaz de extrair recursos financeiros da Amazônia sem ter que explorá-la, mantendo, assim, a integridade do ecossistema do planeta. Com isso, pode-se concluir que é preciso sim preservar a floresta amazônica, mas essa tarefa também é responsabilidade dos países que já exploraram suas vegetações e devem, portanto, pagar por isso. Assim, o Brasil preservaria suas florestas em prol do planeta e seria remunerado pelas nações que não puderam fazê-lo.
[ 160, 120, 120, 160, 80, 640 ]
2,019
Status internacional O presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade de que houvesse um estatuto internacional para proteger a Amazônia. Segundo o líder francês, a proteção da floresta seria "uma questão real que se imporia se um Estado soberano tomasse medidas concretas que claramente se opusessem ao interesse do planeta". Para Macron, o estatuto internacional "é um caminho que permanecerá aberto, nos próximos meses e anos, pois o desafio no plano climático é tal que ninguém pode dizer que 'não é problema meu'". Ainda de acordo com o presidente francês: "A mesma coisa vale para aqueles países que têm em seu território glaciares ou regiões com impacto sobre o mundo inteiro". Em entrevista a um dos telejornais de maior audiência na França, Macron afirmou que não se deve responsabilizar o presidente brasileiro pela situação na Amazônia "de jeito nenhum". Acrescentou, entretanto, que Bolsonaro pode ser criticado por "ter apoiado projetos econômicos contrários aos interesses da floresta" e não ter sido claro em relação ao compromisso do governo com o replantio de árvores. "Mandamos uma mensagem clara [ao Brasil]: respeitamos sua soberania, mas esse assunto diz respeito ao planeta todo. Podemos ajudá-los a reflorestar, encontrar meios para o seu desenvolvimento econômico que respeitem esse equilíbrio, mas não podemos deixá-lo destruir tudo", acrescentou o presidente francês. Folha de S. Paulo A Amazônia é nossa O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan, falou sobre os riscos que o Brasil corre em não explorar ativamente a Amazônia. "A indústria da demarcação de reservas inviabiliza qualquer projeto (…) e eu vou rever isso para que indígenas e quilombolas possam vender ou explorar suas terras da maneira como acharem melhor. Eu quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos, para não a perder". (...) Vista do lado da Europa, que já arrebentou suas florestas, muitas décadas e até séculos atrás, a desflorestação da Amazônia é uma coisa má, não apenas por causa de questões ambientais que afetarão todo o mundo, mas porque o equilíbrio ambiental vai ficar mais caro para as empresas europeias que vão precisar comprar mais CO2. Vista do Brasil, a coisa é diferente. Antes de ser patrimônio da humanidade, o território da Amazônia é parte integrante do Brasil. Independentemente de quem more no meio da selva, o Brasil é soberano e tem direito a dispor dela e a explorar economicamente, em conjunto com quem quiser, um recurso fantástico que é só seu por direito internacional. A soberania é inquestionável. Se a humanidade acha que tem direitos sobre a Amazônia, não tem problema. A humanidade que pague por eles. Até porque, como dizia o humorista Max Nunes, "o Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada". José Manuel Diogo (site da ISTOÉ, editado)
No final de agosto passado, as queimadas na floresta amazônica provocaram grande devastação, muitos debates e chamaram a atenção não só do Brasil, como também de outros países do mundo. O presidente da França se pronunciou sobre o assunto, declarando que a necessidade de proteção da floresta exige que a Amazônia receba o status de território internacional, em função de sua importância para o equilíbrio ecológico do planeta. O presidente do Brasil reagiu asperamente, classificando a proposta francesa de "colonialista" e afirmou a soberania brasileira sobre a região. Para Jair Bolsonaro, a Amazônia brasileira e deve servir aos interesses econômicos dos brasileiros, a quem cabe decidir o que proteger e o que explorar. De acordo com os conhecimentos que você tem sobre o tema, qual das duas posições lhe parece mais correta? A Amazônia deve continuar a ser brasileira ou ganhar status internacional? Por quê? A coletânea de textos que acompanha esta proposta pode fornecer subsídios para o desenvolvimento de sua redação.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
A forma como usamos, damos, emprestamos dinheiro está ficando obsoleta. Assim como a tecnologia evolui e atualiza, nosso dinheiro também pode mudar. Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que possibilita usarmos tanto em compras e vendas on-line. Essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Portanto, com esse modelo funcionando em todo o mundo torna o atual totalmente retrógrado, substituindo as agências por computadores e banco de dados, proporcionando uma nova experiência a todas as pessoas e facilitando a comercialização. Tendo em mãos um programa para controlar o fluxo de suas bitcoins, suas contas, finanças, entre outras coisas fica mais simples e tudo de imediato. O Blockchain, a ferramenta destacada acima veio para isso, com seu modelo mais seguro que o atual, que funciona por agências. Esse equipamento possibilita a pessoa controlar tudo em seu Blockchain. Mas, com toda certeza que o governo e os banqueiros barrariam essa revolução, por tirarem a fonte de seus trabalhos. Sua utilidade será de muita ajuda, beneficiando todas pessoas nessa revolução. Portanto, todo esse modelo das criptomoedas e Blockchain será uma ótima alternativa para facilitar a vida das pessoas, sem ter que ir as agências para ver o que ocorreu com sua conta, podendo fazer isso de sua própria casa ou do local onde estiver. Por isso, essa revolução será muito bem-vinda pela maioria, e regeitada pelos que dependem do modelo atual para viver, ao menos que se ajustem e adaptem para essa Nova Era.
[ 120, 120, 120, 160, 0, 520 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
O contingenciamento das verbas das universidades federais que foi anunciada pelo governo, prejudicou vários setores. Gastos como contas de luz, água, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. Quase 5,8 bilhões foram bloqueados. Hoje no Brasil existem quatro programas importantes para ajudar os estudantes a ingressar no ensino superior. São eles: Sisu, ProUni, Fies, Enem. Os dados gerais nacionais mostram que, nas universidades federais, 50,6% dos estudantes são de escolas públicas. Estudantes, desde o jardim ao ensino médio, são preparados para concorrer a essas vagas. Questão essa, que foi discutida pelo governador da Bahia, que para melhorar o investimento em vários setores no Brasil, segundo ele, os pais de alunos que tenham condições de pagar uma universidade particular, que paguem por ela. Já foi a época que só faculdade particular era boa, atualmente a mais concorrência por uma universidade pública do quer particular. Bem, esperamos que esse contingenciamento seja cancelado o mais rápido possível, pois a população brasileira cresce cada dia mais. Que o acesso a educação seja para todos.
[ 160, 120, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
O Brasil vive uma nova fase na política, com a eleição do novo presidente Jair Bolsonaro que venceu as eleições 2018, ela é chamada como a nova onda conservadora que veio para fazer oposição à esquerda, onde o PT (Partido dos Trabalhadores) governava desde 2002- eleição ganha pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva- o Lula, líder sindical. Esta nova onda de conservadorismo se deve a várias questões, entre elas está o combate à corrupção, onde ministros foram acusados de fazerem parte de esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro e que levou à delação premiada de alguns políticos. Vários escândalos vieram à tona, mas o mais significativo foi a prisão do ex-presidente Lula e o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Os brasileiros se mostraram descontentes com a política de esquerda e com todas as ondas de insegurança que assola o país. Mesmo sendo uma campanha que fez piada com vários grupos como o LGBT, os conservadores prometem uma nova política que primará pela segurança pública, a redução da maioridade penal e valores cristãos, que teve apoio massivo da bancada evangélica no Congresso e os levou à vitória da presidência. Os conservadores têm como princípios a ética e a moral do país, onde está acima de todos para que se reconstrua a nação brasileira, que segundo eles foi posta de lado em relação aos valores da esquerda que se viram envolvidos em escândalos de corrupção e formação de quadrilha. Segundo Roberto Schwarz no seu livro Cultura e Política 1964-1969, houve uma época que a esquerda dominava em pleno regime militar, as livrarias mostram nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo, nos movimentos estudantis, nas proclamações do clero avançado, naquele tempo a esquerda opunha-se à ditadura militar e fazia um discurso de liberdade de presos políticos, pessoas desaparecidas e torturados. No entanto, eram outros tempos e a política brasileira sofreu mudanças junto com o país e a sua população, que clama por segurança e pede punição para crimes hediondos que, diariamente, fazem parte das notícias de jornais, rádio e televisão. A violência também aumentou e fez com que as pessoas estejam preocupadas com as suas famílias e pessoas próximas e de suas relações, todos esses fatos fizeram com que o conservadorismo avançasse como a nova solução para esses graves problemas que desestabilizaram o país e só aumentaram a onda de medo e insegurança.
[ 120, 120, 160, 120, 0, 520 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Durante toda a evolução do planeta em que habitamos, várias teorias que eram tomadas como verdade absoluta por muito tempo, foram derrubadas por outras teorias obtidas a partir de observações, que também não são extremamente confiáveis, e doutras vezes, são mais consistentes, obtidas através de fatos. O aprendizado que a humanidade tomou para si a partir disso, é o fato de que nem sempre o que se acredita por uma duração de tempo é válido. Pensando nisso, e aplicando essa variabilidade de informações constantes na sociedade atual, nota-se que nada é recebido pela massa como verdade absoluta, o tempo de que as autoridades impunham o que devia-se acreditar, ou fazer, está ultrapassado e cada cidadão, conforme o andamento de sua formação, elege o que deve acreditar ou fazer, de acordo com seus princípios. Esse fato deve-se também aos órgãos de autoridade, como o governo, que ao mascarar e corromper verdades ao povo, perde sua credibilidade. Além do mais, o avanço da tecnologia traz uma desvantagem muito perigosa, aonde qualquer pessoa, independe de sua qualificação, pode criar uma teoria a partir de fatos inconsistentes, e lança-la nas redes sociais, aonde todos terão acesso a mesma. Esses fatores, acoplados às fake news, e ainda mais reflexivo, aliado a dificuldade que a sociedade tem em acreditar em coisas que os olhos não veem, fazem com que, teorias irrefutáveis, como a importância da vacina e a curvatura da terra, tornem-se duvidosas. O problema de toda essa movimentação, é que as pessoas acabam ficando à mercê em torno de tantas informações recebidas e nem sempre tem sabedoria suficiente para acreditar no que é cientificamente e sociologicamente comprovado. Tendo todos esses fatores em vista, cabe a população procurar a confiabilidade da fonte em que obteve alguma informação antes de propaga-la. À NASA, ao Ministério da Saúde e tantos outros órgãos que tem seu andamento comprometido por diversas teorias malucas, cabe o esclarecimento dos fatos obtidos a partir de pesquisas sérias e assim juntamente com as escolas, devem tornar claro a população o coerente, como a importância das vacinas e o formato da terra.
[ 120, 120, 160, 160, 120, 680 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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criptomoeda-tecnologia-e-revolucao-economica
Ao analisar o tema, vê-se que a frase "tempo é dinheiro", de Benjamin Franklin, resume essa era da Criptomoeda que revolucionará a economia mundial. Pode-se notar que as diferenças de valores das moedas de cada país são causadas pelo uso de cédulas distintas, que prejudicam imigrantes e até o próprio estado na conversão do dinheiro estrangeiro. Com isso, será feito com que valha uma única quantia universal, que irá ser controlada virtualmente, o que facilita o acesso em qualquer continente; e claro com a máxima proteção para que não haja assaltos e golpes virtuais. As organizações econômicas de cada país devem implantar aos poucos a criptomoeda para que o povo se acostume devagar com a ideia; divulgar mais sobre e investir na proteção digital.
[ 120, 120, 120, 120, 120, 600 ]
2,019
O que são criptomoedas? Não existe um entendimento único sobre a definição de criptomoeda. Por exemplo, a Autoridade Bancária Europeia (EBA) a define "como uma representação digital de valor que não é emitida por um banco central ou autoridade pública, nem necessariamente ligada a uma moeda convencional, mas é aceita por pessoas físicas ou jurídicas como meio de troca e pode ser transferido, acumulado ou comercializado eletronicamente". Para o Banco Central Europeu (ECB) , a criptomoeda é um "tipo de dinheiro digital não regulamentado, que é emitido e controlado por seus desenvolvedores, utilizado e aceito entre os membros de uma comunidade virtual específica". Já a organização intergovernamental Força Tarefa de Ação Financeira (FATF) apresenta a seguinte descrição: "criptomoeda é a representação digital de um valor, que pode ser comercializado eletronicamente e funciona como 1) um meio de troca e/ou 2) uma unidade de conta ou 3) uma reserva de valor [como o ouro, por exemplo], mas não tem valor legal em qualquer jurisdição". Europarlamento (traduzido e adaptado) Dispensando os intermediários O controle descentralizado da criptomoeda coloca à prova as moedas fiduciárias ou convencionais, que são mantidas sob forte controle estatal. Enquanto de um lado existem governos controlando as moedas convencionais, o bitcoin não é controlado por um pequeno grupo de pessoas ou de poder. O que a sociedade entende por dinheiro é, na realidade, o controle exercido pelo governo através de um sistema financeiro. Com essa política protecionista, países controlam a emissão e o volume de dinheiro em circulação. A emissão de moedas convencionais garante a qualquer país o total controle financeiro. Nenhum banco poderia emitir notas de moedas quando simplesmente quisesse, por exemplo. Toda a emissão é controlada por um órgão, como a Casa da Moeda no Brasil. Toda a economia de um país pode ser medida através de sua moeda convencional. O sistema financeiro mundial é suportado por uma rede bancária. Cada vez mais soluções financeiras utilizam a internet como forma de modernizar sistemas que são utilizados em todo o mundo. Aos poucos, bancos passam a utilizar a tecnologia blockchain para o envio de remessas. Por outro lado, o bitcoin e as demais criptomoedas dispensam um sistema bancário para realizar operações. Sendo assim, as criptomoedas são completamente independentes ao sistema financeiro mundial vigente. Governos e bancos centrais dão lugar a computadores e blocos de dados. Livecoins.com.br Blockchain: garantia de segurança e descentralização A blockchain é uma espécie de grande "livro contábil" que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as "páginas" desse "livro contábil" estão armazenadas em várias "bibliotecas" espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa. Este sistema é formado por uma "cadeia de blocos". Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela. Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um "bloco" é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recipientes. Isso garante, por exemplo, que: 1) cada moeda chegue ao destino certo; 2) uma moeda não seja usada mais de uma vez; 3) transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia. G1 - Economia
Com a criação do bitcoin, em 2009, surgiu um novo tipo de moeda - a criptomoeda, que se propõe a substituir o dinheiro convencional e a agilizar as transações eletrônicas, isto é, compras e vendas on line, transferências de valores, pagamentos, etc. Como a internet, por meio da qual são veiculadas, as criptomoedas também são descentralizadas, controladas pela rede de usuários, o que impede de se submeterem a uma instituição política ou financeira. Os governos de todo o mundo ainda não sabem como regulamentar as criptomoedas, que também tornariam os bancos obsoletos. Nesse sentido, essa moeda virtual pode representar uma verdadeira revolução reduzindo o poder dos governos na economia e, simplesmente, abolindo as instituições bancárias. Você acha que uma revolução como essa seria possível? Como governos e banqueiros reagiriam a isso? Seria possível conter ou controlar o avanço da tecnologia, impedindo uma radical transformação econômica, política e social jamais imaginada anteriormente?
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
Desde o grande avanço da tecnologia, tem surgido algumas dúvidas e questionamentos em relação à ciência, que sempre tem sido contestada por muitas pessoas. Um dos assuntos mais questionados tem sido a eficiência das vacinas que varia de um ano para o outro. De acordo com a organização Mundial da Saúde, o impacto das vacinas de baixa eficácia em nível populacional não foram determinadas, por outro lado, a falta de informação e a divulgação de informações não científicas tem contribuído para a reemergência de diversos países do mundo e põe em risco planos globais. Deste modo a população deve estar bem informada quanto aos riscos e benefícios da vacinação e os profissionais da saúde devem assumir o papel de divulgar informações verídicas, com compromisso ético e profissional junto à sociedade.
[ 120, 160, 120, 120, 80, 600 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval é uma das maiores festas no Brasil, e nele vemos fantasias tanto conservadoras quanto vulgares. Nos últimos tempos vemos muitas pessoas a favor ou contra fantasias de índios ou as pessoas usarem um simples turbante na cabeça, que pode se resumir em apropriação cultural. Há muitas pessoas que concordam com esse tipo de fantasia, pois para eles, estão ajudando a índios ou a pessoas dentro de uma certa religião, serem aceitas pelas outras. Essas mesmas pessoas que pensam que estão ajudando, mas se sentem ofendidos quando índios usam uma roupa ou algum acessório tipicamente usados por pessoas brancas e da cidade, pois para eles, índios deveriam passar suas vidas inteiras dentro das florestas, isso tudo por falta de informações. A maioria das pessoas que são contra o uso da fantasia, acreditam que o carnaval é para diversão, e não para fingir ser uma pessoa cujo você não sabe o que ela passa durante o resto do ano, porque isso é uma ótima maneira de se mostrar um grande hipócrita. Em virtude do que foi mencionado, é um grande erro apropriar-se da cultura dos que sofrem racismo, muitas vezes vinda vindo de você mesmo. Nunca sabemos o que a outra pessoa passa, e mesmo se soubéssemos, não é uma razão para você dar vida a um simples personagem que você não irá se lembrar pelo resto do ano, até o próximo carnaval.
[ 120, 120, 120, 80, 0, 440 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
A conclamação do ministro da educação ao registro de imagem de alunos cantando o hino nacional em escolas gerou, com razão, reações negativas em todo o país, o que pode ser observado na imprensa e nas mídias sociais. Ao que tudo indica, tratou-se de tentativa de angariar material audiovisual com intenção propagandística por parte do governo, prevendo inclusive a declamação do slogan da campanha eleitoral do Presidente. O pedido, nos moldes em que foi feito, é descabido, uma vez que constrange a autonomia pedagógica das escolas, além de trazer o risco de ferir o direito de imagem das crianças. Entretanto, deixando de lado a desmedida política, é profícuo aproveitar o fato para refletir acerca do sentido geral do costume, cada vez mais deixado de lado, de hastear a bandeira acompanhada da entoação do hino e em ambiente escolar. Como comparação, uma cena a que quase inevitavelmente somos remetidos é a dos jogadores da seleção de futebol antes de uma partida de mundial, ou ainda, na cerimônia de entrega do prêmio. Há quem se emocione e cante junto, assim como há também os torcedores que fazem troça ao flagrar as imagens dos atletas em descompasso com a letra. De todo modo, não há quem critique a solenidade quando inserida em ocasião esportiva. Mas será esse o único ambiente em que vale celebrar os símbolos nacionais? Talvez hoje pareça um procedimento burocrático o antigo protocolo de formar diariamente uma fila no pátio e cantar o hino antes de encaminhar as crianças às salas de aula. Por outro lado, não deixa de ser um ritual que demarca que a educação, antes de ser um requisito técnico do mercado global, é parte da formação de valores de cidadania, os quais incluem o respeito à unidade da federação. Afinal, se cantar o hino em escolas já foi lei instituída por governos tanto de direita quanto de esquerda, isso deve guardar relação com o fato de que a unidade e a soberania do Estado merecem ser relembradas constantemente. Acompanhada de outras medidas da escola que promovam discussões críticas a respeito da história e da atualidade, não faz mal nenhum cobrar, pelo menos em datas comemorativas, que os alunos conheçam de cor o hino nacional e o façam vibrar em uníssono na instituição que os acolhe. Contudo, isso deveria ser feito em caráter de hábito, independente de um fim de exibicionismo político.
[ 200, 120, 160, 160, 40, 680 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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por-que-nao-ha-novas-manifestacoes-nas-ruas
Com tantos casos vindo a conhecimento público não podemos deixar de reparar no descrédito dos brasileiros na política, sendo um desses a corrupção generalizada nos ramos da politica e economia, desmotivando toda sociedade brasileira. Todavia, observando os fatos que vem ocorrendo nos últimos tempos, é notório o crescimento de escândalos envolvendo deputados, senadores, ministros e presidentes, constando corrupção, lavagem de dinheiro,caixa dois, onde o número de envolvidos é surpreendente. Assim, como os casos que mais abalaram o Brasil, sendo eles "Mensalão", "impeachment contra dois presidentes, sendo o primeiro Fernando Collor e o segundo contra Dilma Rousseff", "as prisões de governantes ", e as acusações contra o atual presidente Michel Temer". Espavorecidos com tais casos que são relatados diariamente nos meios de comunicação os brasileiros esperam inquietos por algo que aparenta esta distante, a solução. A falta de punição ainda lidera quase tudo sempre. O papel da justiça habita exatamente aí, em acabar com o atual quadro de letargia e fazer cumprir as leis com mais eficiência e igualdade para todas as classes. Contudo, a polícia federal deve continuar agindo da sua maneira, e dessa forma os políticos tendem a ter consciência dos seus atos e antes de pensar em transferir o dinheiro público para a conta pessoal, eles deveriam investir na necessidade de maior eficiência nos recursos disponíveis, priorizando a saúde e a educação.
[ 160, 40, 40, 120, 40, 400 ]
2,017
Por que Temer não cai? Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado) . Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo
Um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 29 de junho deste ano, do filósofo e jornalista Hélio Schwartsman, lança uma questão muito interessante sobre a complexa situação política do Brasil de hoje. O país enfrentou, há menos de um ano, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, vê-se diante da possibilidade de queda de seu sucessor: o presidente Michel Temer. “Por que Temer não cai?” - indaga-se o articulista, respondendo a seguir que uma explicação muito plausível é a ausência do povo nas ruas. Em junho de 2013, o Brasil viu emergir quase espontaneamente grandes manifestações contra a crise econômica e a corrupção, assim como também assistiu a protestos muito grandes em 2016, reunindo milhões de pessoas em todo o país, para pedir a saída de Dilma e apoiar a Operação Lava Jato. Diante disso, é interessante tentar compreender por que, agora, em 2017, as manifestações populares simplesmente não ocorrem. A corrupção não acabou e a economia não entrou nos trilhos... Na sua opinião, o que levou os brasileiros a essa atitude aparentemente passiva? A crença nas reformas que tirariam o país da crise? O apoio silencioso ao presidente ou à sua equipe econômica? Ou ainda um completo desencanto com a política, depois de tantos escândalos e de injustiças? Leia o texto do filósofo, reflita sobre o problema e redija uma dissertação argumentativa, expondo seu ponto de vista sobre o assunto.
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Hoje em dia, vencer na vida é algo que muitos cidadãos desejam para si. O ato de, procurar um bom emprego, ter uma boa casa, dar a sua família conforto e bem estar faz com que pessoas trabalhem e estudem muito, sonhando em um dia, poder ter e dar a toda sua família conforto e segurança. Talvez, ter dinheiro não seja o principal para conseguir vencer na vida, para alguns, a saúde, a união familiar, a religiosidade traz crescimento e felicidade pessoal. Ademais, acredita-se que ter a família sempre unida também é algo que soma na felicidade. De certo, vencer na vida é algo que depende só de si mesmo, dos caminhos que se escolhe, das pessoas com quem se convive, isso sim fara você vencer na vida, pois tudo o que você faz, fara com amor, colocando Deus e sua família em primeiro lugar. Com isso, as conquistas virão normalmente, a pessoa vive mais motivada a buscar e vencer porém sem colocar os bens materiais em primeiro lugar. Sendo assim, sabe-se que nem tudo é dinheiro, o mais importante é viver tranquilo e feliz consigo mesmo.
[ 160, 120, 120, 120, 0, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
No Brasil, as melhores universidades sempre foram as públicas: USP e UNICAMP, por exemplo, figuram entre as 300 melhores do planeta, segundo o ranking inglês THE (Times Higher Education). Essa qualidade é proveniente de investimentos, principalmente em produção de conhecimento, além da oportunidade de ensino gratuito à população. Quanto à produção de conhecimento, pesquisas de enorme relevância são desenvolvidas no país. Na UnB (Universidade Federal de Brasília ), por exemplo, há o desenvolvimento de um equipamento para facilitar a cicatrização de diabéticos. Tal iniciativa pode reduzir gastos do SUS (Sistema Único de Saúde) com esses pacientes e proporcionar maior qualidade de vida, evitando o sofrimento de amputações. Se a instituição fosse privada, o mais provável é que esse estudo não existiria, pois a prioridade seria o lucro, indício disso é a inexistência de pesquisas científicas em faculdades particulares no território nacional. Em relação á gratuidade, se hoje os mais pobres são minoria no Ensino Superior público, a cobrança de mensalidade reduziria o percentual desses a próximo de zero. O número de estudantes oriundos de escolas públicas nas faculdades aumenta com programas sociais como cotas, subsídios e bolsas e não com mais um entrave financeiro. Enfim, o aparente gasto com pesquisas pode reduzir custos para o Governo, como no caso de estudos relacionados à saúde, e a gratuidade é essencial à formação de muitos alunos. A educação, portanto, precisa ser prioridade e os investimentos em Universidades públicas mantido ou, se possível, ampliado.
[ 160, 200, 160, 160, 80, 760 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
Prolongada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem social. No entanto, um dos maiores problemas é a desigualdade de rendas, impossibilitando que essa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para nossa sociedade. A educação é o fator principal no desenvolvimento de um país. Modernamente ocupando a nona posição na econômica mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no número de desemprego. Segundo o filósofo Platão o importante não é viver, mas viver bem. Diante do exposto cade-se salientar que a população não pode aceitar negligência do governo. Infere-se, portanto que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor.
[ 160, 40, 40, 160, 0, 400 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-ciencia-na-era-da-pos-verdade
É indubitavelmente correto afirmar que com o passar dos anos, um número maior de pessoas tenha cada vez mais dúvidas e feito mais questionamentos sobre a ciência, como por exemplo, as pessoas que são contra as vacinas e os grupos terraplanistas, não acreditam no que o governo diz, tendo assim uma certa incredulidade sobre suas afirmações feitas, a pós-verdade. A internet é a principal fonte utilizada para espalhar tais informações, convencer ou achar pessoas que pensam da mesma forma, como aconteceu no caso dos grupos terraplanistas a partir do ano de 2014. Nesse sentido, muito mais pessoas passam a ter acesso, assim então, duvidando dos fatos que o governo-lhes apresenta. Não obstante, como citado no supracitado, há também pessoas que são contra a vacinação, que assim como os grupos terraplanistas, duvidam e questionam de sua eficácia, sendo um grande risco para a saúde global, onde pode haver o descontrole de doenças, sem o seu devido tratamento. Todavia, também pode ser considerado tal ato como ignorância da parte dessas pessoas a não acreditarem. Com base no que diz Immanuel Kant "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", cabe a pessoa decidir como vai de fato usá-la nos âmbitos sociais. Em suma, se há provas do que foi dito sobre determinado assunto, há, sim, como depositar certa confiança e não duvidar. O governo deveria tentar apresentar novamente provas concretas para comprovar a autenticidade de suas afirmações científicas para que essas pessoas passem a acreditar no que for apresentado a elas.
[ 160, 120, 120, 160, 160, 720 ]
2,019
Pós-verdade Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que os fatos objetivos têm menos influência e importam menos que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como consequência, o processo de desinformação aumenta, assim como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se tornam verdades. UOL Educação A Terra plana O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do observador independentemente de altitude. Todas as filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones mostram um horizonte completamente plano acima de 20 milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora controversos, os questionamentos sobre consensos científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros países. As explicações demonstram ter um forte potencial de persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em redes sociais que já somam mais de 100 mil membros. UOL Educação Contra as vacinas A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África (700%) e na Europa (300%) . Relatório do Unicef, órgão da ONU para a infância, cravou que 98% dos países reportaram aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018) , respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil. Galileu Validade e falseabilidade O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes observados são brancos, isto não lhe permite afirmar cientificamente que todos os cisnes são brancos, pois, não importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original. UOL Educação
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse processo e verdades estabelecidas pelo método científico também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a evolução das espécies ou o aquecimento global. Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga esses fatos? Eles representariam pura manifestação de ignorância? Seriam mais uma evidência da incredulidade geral nas instituições? Ou ainda questionamentos pertinentes que poderiam romper com velhos paradigmas científicos? Por que tanta gente acredita nisso? Que consequências se podem esperar desse tipo de posicionamento? Redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto.
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escravizar-e-humano
A escravidão é um fato decorrente há séculos e ainda se faz presente. Principalmente por pessoas com baixa renda e grau de escolaridade, com isso perde sua liberdade e contudo seus direitos, ocorre com mais frequência em países pobres e nos países ricos é mais comum entre rivalidades de empresas. Mesmo com tantos avanços da humanidade, a escravidão não foi abolida mas um pouco esquecida. Os dados apontados demonstram o quanto é contínuo, em muitos os fatos a escravidão moderna não tem todas as proporções do passado, mas traz consigo a principal consequência, de não se sentir humano e cidadão. A liberdade na qual é imposta para todos os cidadãos, sobretudo o escravizado não leva consigo o mesmo. Levando em prática uma vida baseada no trabalho forçado em alguns dos fatos com baixo salário e mais persistente sem remuneração alguma. Em muitos os casos a sociedade se omite para expressar essa realidade, é preciso tomar iniciativas pelo combate em abolição a escravidão. Apoios à "walk free" fundação na qual tem o incentivo com o fim da escravidão. O sujeito merece total apoio e ajuda. Afinal todos temos direitos e aqueles que por consequência-os perdem, é preciso ter o consentimento na ajuda de fazer essas pessoas se sentirem o humano que devem ser.
[ 80, 80, 120, 120, 40, 440 ]
2,016
Panorama atual Cerca de 45,8 milhões de pessoas em todo o mundo estão sujeitas a alguma forma de escravidão moderna. A estimativa é do relatório Índice de Escravidão Global 2016, da Fundação Walk Free, divulgado em 30 de maio. Segundo o documento, 58% dessas pessoas vivem em apenas cinco países: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Uzbequistão. Já os países com a maior proporção de população em condições de escravidão são a Coreia do Norte, o Uzbequistão, o Camboja e a Índia. De acordo com aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. A escravidão moderna ocorre quando uma pessoa controla a outra, de tal forma que retire dela sua liberdade individual, com a intenção de explorá-la. Entre as formas de escravidão estão o tráfico de pessoas, o trabalho infantil, a exploração sexual, o recrutamento de pessoas para conflitos armados e o trabalho forçado em condições degradantes, com extensas jornadas, sob coerção, violência, ameaça ou dívida fraudulenta. [UOL Notícias] Consequências da escravidão A escravidão moderna afeta todo mundo. Mesmo que você não seja uma vítima da escravidão moderna, você é afetado por ela. As empresas, por exemplo, enfrentam a concorrência desleal de companhias sem escrúpulos, que se beneficiam dos lucros da escravidão moderna. Isso pode levar à redução de salários ou ao corte de benefícios. Além disso, os governos perdem receitas tributárias valiosas e tem que arcar com altos gastos legais para processar casos de escravidão moderna. Estes recursos poderiam ser investidos em serviços públicos como educação, saúde ou transporte público. A escravidão moderna é um grande negócio. Um estudo recente da OIT estimou que a escravidão moderna gera mais de 150 bilhões de lucro todos os anos, o equivalente à soma dos lucros das quatro empresas mais rentáveis do mundo. [50 for Freedom] A situação brasileira Segundo aWalkFree, o Brasil tem 161,1 mil pessoas submetidas à escravidão moderna - em 2014, eram 155,3 mil. Apesar do aumento, a fundação considera uma prevalência baixa de trabalho escravo no Brasil, com uma incidência em 0,078% da população. O relatório aponta que a exploração no Brasil geralmente é mais concentrada nas áreas rurais, especialmente em regiões de cerrado e na Amazônia. Em 2015, 936 trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão no país, em sua maioria homens entre 15 e 39 anos, com baixo nível de escolaridade e que migraram dentro do país buscando melhores condições de vida. [UOL Notícias]
A escravidão tem origem muito antiga. Provavelmente, existe desde a Pré-História. Era comum nas grandes civilizações do passado, como o Egito, a Grécia e Roma. No Brasil, da Colônia ao Império, o trabalho escravo era legal. Por conta da escravidão, os Estados Unidos passaram por uma sangrenta Guerra Civil. No entanto, a exploração de trabalhos forçados não é um fato que pertence ao passado: ainda hoje existem, em todo o mundo, regimes de trabalhos semelhantes à escravidão. Um relatório da Fundação Walk Free, uma entidade de combate a essa prática, revela que há pelo menos cerca de 45 milhões de escravos na atualidade em todo o mundo. O problema existe tanto em países em desenvolvimento, quanto em países ricos da Europa, da América ou da Ásia. Diante dessa situação, é o caso de se perguntar se esse fenômeno é inerente às sociedades humanas e se isso vai sempre existir, por maior que seja o grau de nossa civilização. O que você acha? Exponha suas opiniões numa dissertação argumentativa sobre o tema da escravidão.
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posse-de-armas-mais-seguranca-ou-mais-perigo
Opositores ao governo atual insistem em dizer que o decreto assinado em quinze de janeiro de dois mil e dezenove, pelo presidente Bolsonaro, libera qualquer cidadão para que ande armado pelas ruas, sendo que um indivíduo que anda mal intencionado e armado não necessita de uma regulamentação para isso. O decreto não autoriza o trânsito ou a locomoção, haja vista, ser para a posse e não para o porte, sendo este o deslocamento com a arma fora da residência, e aquele, somente para ter em casa. Todo o tipo de escória humana, como homicidas e latrocidas, não entregaram suas armas com o estatuto do desarmamento no ano de dois mil e cinco, onde este referendo foi assinado para desarmar o cidadão de bem. Um conjunto de atitudes há algum tempo não tomadas, como este decreto de janeiro somado a possíveis endurecimentos em lei, as quais reforçam a legítima defesa, fará com que pessoas má intencionadas tenham cautela ou pensem mais antes de qualquer atitude errônea que possa resultar na perda da própria vida. Devemos ter uma preocupação e esta não é se irá aumentar o nível de violência, seja no campo e nas cidades, e sim se irá diminuir, pois aumentada já esta
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2,019
A opinião do presidente “O governo à época buscou negar o direito [à posse de armas]. O povo decidiu por comprar armas e munições e não podemos negar o direito” , disse o presidente Jair Bolsonaro ao assinar o decreto. Ele se referia ao referendo do desarmamento, feito durante o primeiro governo Lula, em 2005. À época, 64% da população votou a favor do comércio de armas. “Para lhes garantir esse legítimo direito à defesa, eu, como presidente, usarei essa arma (em referência à caneta) ” , disse no momento da assinatura. Folha de S. Paulo O que é posse de arma? É uma autorização emitida pela Polícia Federal para que um cidadão possa ter uma arma que não seja de calibre restrito dentro de casa ou no lugar de trabalho, contanto que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento. BBC Brasil Argumentos a favor • O decreto levou em conta critério objetivo que identifica locais com alta violência. • No referendo de 2005, a maioria da população se manifestou a favor do direito de comprar uma arma. • Bolsonaro foi eleito pela população e já defendeu abertamente mudanças no Estatuto do Desarmamento. • O decreto diminui as dificuldades para comprar e ter a posse de armas. • Também desvincula a posse de arma da subjetividade do delegado da Polícia Federal, que era quem autorizava a compra de arma quando a pessoa solicitava com alegação de necessidades pessoais. • Com a ampliação da validade do registro de posse, será mais fácil manter os armamentos legalizados. • A arma registrada ficará na residência da pessoa que a registrou. • Atualmente, apenas “as pessoas de bem” estão desarmadas. • Criminosos terão medo ao invadir uma casa para cometer um assalto. • A arma de fogo serve como proteção pessoal e é como uma faca, que também pode matar. • Países como os Estados Unidos permitem que o cidadão tenha uma arma em casa, como garantia da democracia. G1 Argumentos contrários • A circulação de armas vai aumentar – e mais armas significam mais mortes. • O referendo de 2005 foi sobre o comércio de armas, e não sobre a posse de armas. • Segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população é contra a posse de armas. • O decreto considera um estudo de 2016 como referência para permitir a posse de arma e não leva em conta dados recentes e realidades diferentes entre os estados. • Levantamentos mostram que a maior parte das armas de fogo utilizadas em ocorrências criminosas foram originalmente vendidas de forma legítima a cidadãos autorizados, que depois tiveram a arma desviada ou subtraída. • O decreto extrapola a competência prevista para o Poder Executivo, e não houve discussão sobre o assunto no Congresso e na sociedade. • É um chamariz para a população, mas não trará melhorias para a segurança pública. • O poder público se omite e entrega o cidadão à própria sorte. • Mais armas em casa trazem riscos de acidentes com criança, suicídio, briga de casais e discussões banais. • Apresenta brechas ao não especificar se haverá fiscalização para checar as informações declaradas e também ao tratar a posse de arma por comerciantes. • Haverá menor controle das condições psicológicas e dos antecedentes criminais de quem tem a posse de arma. G1
No dia 15 do mês de janeiro passado, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no Brasil, em meio a críticas a governos anteriores. A medida foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União” e teve efeito imediato. Já está em vigor. Facilitar o acesso às armas de fogo foi uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro, quando candidato, em nome do direito à legítima defesa. No entanto, a posse de armas é uma questão muito polêmica. Com a ajuda dos argumentos apresentados na coletânea e com suas próprias ideias sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, posicionando-se em relação ao decreto presidencial: você acha que ele aumentará a segurança dos cidadãos ou vai aumentar o nível de violência no campo e nas cidades brasileiras?
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a-fe-e-decisiva-para-uma-vida-melhor
De acordo com pesquisas, o Brasil é o país da América do Sul com o maior percentual de doenças psicológicas como a depressão e a ansiedade, presente maioritariamente em adultos e idosos do sexo feminino. Dessa forma, a saúde física e mental é um dos tópicos mais tratados quando é discutido o que um indivíduo necessita para vencer na vida. Não obstante, para obter a saúde - pensando além da biologia do corpo - é necessária uma conexão de sentimentos e forças adquiridas através das relações humanas, como o amor, carinho e compaixão. De acordo com Bauman, a vida tende como um pêndulo: quando temos uma coisa, logo passamos a querer outra, mergulhando em uma modernidade líquida aonde as relações não são bem exploradas, aonde pessoas são descartáveis e levando, então, as doenças do mal do século como depressão e ansiedade. Em decorrência, o índice de pessoas que não acham motivos para crescer na vida, tornando-se infelizes, desanimados, dando espaço para esse mal do século, aumenta. E para combater o impasse, surge a fé: o núcleo da vida humana, o subjetivismo que leva o ser humano a acreditar em algo maior para que se possa fazer o bem, procurando a empatia. De certa maneira, a fé, divergente dos rótulos religiosos, é o que mantém um ser em consciência mútua da realidade, consentindo-a com a irrealidade -presente na metafísica de Aristóteles, na qual o ser procura conhecimento na essência das coisas além da ciência. Portanto, é através da fé que a sociedade encontra o esforço para lutar pelos direitos ao trabalho, a educação, conquistando outros objetivos superficiais, mas de grande valor social, como explicado pela modernidade líquida de Bauman. Desse jeito, através da conscientização da população a buscar a fé, aderindo compaixão e empatia em suas rotinas, o século XX pode superar os problemas sociais, psicológicos, emocionais e de saúde, conquistando o melhor da vida e vencendo em seus objetivos.
[ 160, 120, 80, 120, 40, 520 ]
2,019
Pessoas valorizam fé, em vez de estudo e trabalho, para melhorar de vida A fé religiosa é o aspecto mais importante para melhorar de vida para 28% dos brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela ONG Oxfam Brasil. Esse percentual supera até mesmo aqueles que consideram os estudos (21%) , o trabalho (11%) e ganhar mais dinheiro (8%) como o mais importante para ter uma vida melhor. Ter acesso à saúde foi citado como o mais importante para a melhoria de vida de 19% dos entrevistados na pesquisa da Oxfam, ocupando a terceira posição. Outros itens apontados na pesquisa como prioritários para a melhoria de vida foram: ter acesso à aposentadoria (6%) , apoio financeiro da família (5%) e cultura e lazer (2%) . Veja abaixo o que os brasileiros consideram mais importante para melhorar de vida, segundo a Oxfam: - Fé religiosa: 28% - Estudar: 21% - Ter acesso a atendimento de saúde: 19% - Crescer no trabalho: 11% - Ganhar mais dinheiro: 8% - Ter acesso à aposentadoria: 6% - Apoio financeiro da família: 5% - Cultura e lazer: 2% Pesquisa ouviu 2. 086 pessoas em todo o país. A Oxfam encomendou a pesquisa ao Instituto Datafolha, que entrevistou pessoalmente 2. 086 pessoas em 130 cidades de todos os estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 12 e 18 de fevereiro. A margem de erro para a amostragem geral é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Por ser uma pesquisa amostral realizada em locais de grande circulação de pessoas, o Datafolha definiu uma amostra que busca refletir o perfil da sociedade brasileira conforme o último Censo, informou a Oxfam. UOL Economia
Reportagem publicada pelo UOL Economia no mês passado apresenta uma pesquisa realizada pelo Datafolha em que se perguntava aos entrevistados qual o fator mais importante para se conquistar uma vida melhor. A amostragem reflete toda a população do Brasil, com baixa margem de erro. Os resultados da pesquisa revelaram que, em primeiro lugar, os brasileiros consideram necessária a fé religiosa. De acordo com a pesquisa, as pessoas consideram a fé mais importante do que o estudo ou o trabalho, por exemplo, para melhorar de vida. Leia o texto do UOL que se transcreve abaixo, preste atenção nos percentuais e redija uma dissertação argumentativa apresentando sua opinião sobre a questão formulada na pesquisa: para você, dos itens mencionados, qual é o mais importante para melhorar de vida? Por quê? Apresente suas razões para justificar o seu ponto de vista.
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a-onda-conservadora-e-o-brasil-nos-proximos-anos
Nunca se falou tanto no país em direita e esquerda, em conservadorismo e liberalismo, talvez, depois de 1964, temos a maior polarização política nesses últimos tempos, em 2010, era considerado quase um crime se declarar de direita, com isso surgiram dois grandes problemas, o primeiro é que o Brasil é um país conservador, segundo é que em consequência deste conservadorismo, algumas ideias liberais modernas dificilmente serão bem recebidas. Em 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o censo sobre religião declarando que o 86,8% do Brasil é cristão, em sua maioria católica. Isto por si só já prova o quanto o país é conservador, em agosto de 2018 o Datafolha publicou uma pesquisa onde que 59% dos brasileiros eram contra a legalização do aborto. Alguns comentaristas políticos durante uma programação na rádio Jovem Pan de São Paulo, pouco antes das eleições, tinham afirmado que estas seriam decididas em pautas morais. Consequentemente o lado mais liberal dessa história foi perdendo espaço, pra se ter uma ideia o país está com mais de 13 milhões de desempregados, segundo o IBGE, mas a população parece está mais preocupada é em assuntos como: casamento gay, aborto, pena de morte, armamento, entre tantos outros. Um importante fator para a decadência da esquerda brasileira foram as mídias sociais, pela qual a população passou a acompanhar mais de perto o passo a passo deste movimento e viu que suas ideias feriam os seus princípios. Diante disso está mais do que provado que o Brasil é um país conservador e que não vai, pelo menos nos dias atuais, se amoldar a esse sistema liberal que bate de frente com seu moralismo, quem sabe talvez daqui a uns 50 anos isso pode mudar, mas a única certeza que se pode ter é que o país não quer negociar seus princípios, as eleições presidenciais de 2018 provaram que os números estatísticos estão certos pois Estas eleições estavam bem polarizadas entre conservadorismo e liberalismo.
[ 120, 120, 160, 160, 0, 560 ]
2,018
A nova onda conservadora no Brasil Após eleger em 2014 o Congresso mais conservador em cinco décadas, a sociedade brasileira atingiu o ápice do conservadorismo dos últimos anos em dezembro de 2016, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope. De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros têm posições tradicionais em relação a questões como legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte e redução da maioridade penal. A análise, realizada em 2010 e repetida no ano passado, mostrou uma variação importante. Em temas ligados à violência, todos os questionamentos apresentaram oscilação para cima. A porcentagem de pessoas a favor da pena de morte saltou de 31% para 49%. Quando a pergunta foi acerca da prisão perpétua para crimes hediondos, a porcentagem passou de 66% para 78%. Mais recentemente, as manifestações contra exposições artísticas no país, o retorno de um moralismo exacerbado, principalmente nas redes sociais, e a ascensão do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) nas pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de 2018 transformaram o cenário político e social do Brasil. É possível dizer que o Brasil é um país conservador? De acordo com o professor Emérito da USP, José Arthur Giannotti, o conservadorismo brasileiro está associado às bases históricas de construção da sociedade. “Um país que nasceu do Estado, forjando uma economia escravocrata e mais tarde, muito desigual, só poderia ser governado por elites cujos acordos excluíam as vontades populares. Há uma camada que sempre foi extremamente conservadora no Brasil e que agora encontrou meios de manifestação” , disse. site DW Brasil Existe mesmo uma onda conservadora? Houve tempo em que a assim chamada esquerda dominava amplamente o debate público brasileiro. Seu auge parece ter sido em algum momento entre os anos 1990 e os inícios da década passada. Depois as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma hegemonia que vem de longe. Em seu ensaio Cultura e política, 1964-1969, escrito no final dos anos 1960, Roberto Schwarz observa o fenômeno e tenta algumas explicações. Em pleno regime militar, escreve, “há relativa hegemonia cultural da esquerda. Pode ser vista nas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro, cheias de marxismo, nas estreias teatrais...na movimentação estudantil ou nas proclamações do clero avançado” . E conclui: “Nos santuários da cultura burguesa, a esquerda dá o tom” . Este mundo [de hegemonia] explodiu em algum momento, na virada para o século XXI. (...) Por paradoxal que pareça, a eleição de Lula, em 2002, acelerou esse processo. Não contente em simplesmente ser governo, o PT fez algo que não se via, no Brasil, desde o ciclo militar: propôs uma narrativa sobre o Brasil. Nela, Lula surge como divisor de águas. (...) Em uma sociedade plural, era previsível que essa narrativa produzisse seu contrário. E é ela que tem dado o tom de nossa guerra cultural. A guerra cultural se diferencia do debate comum, no dia a dia das democracias. Na guerra cultural tudo se torna grandiloquente. Cada questão é vista como dizendo respeito a um “projeto de país” , ou a “modelos de sociedade” . Direitos LGBT? Querem destruir a família...Reúnem-se partidos de esquerda? Estratégia do comunismo internacional...(...) Redução da maioridade penal? Querem criminalizar jovens negros e pardos. (...) “Bullshit” [isto é, bobagem] define boa parte do que se habituou a chamar de onda conservadora, no Brasil atual. Dias atrás, li um estudo acadêmico sobre os sites supostamente mais influentes da “nova direita” brasileira. Boa parte deles não passava de páginas de humor politicamente incorreto. Fernando Schüller, cientista político, professor do Insper
Em meados desta década, que se aproxima do fim, diversos estudiosos brasileiros e latino-americanos começaram a falar no surgimento de uma “onda conservadora” na política e na sociedade de diversos países da América do Sul. No mês passado, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, essa onda teria definitivamente chegado ao Brasil, após uma campanha marcada pela polarização entre a direita e a esquerda. Nos textos da coletânea que informa essa proposta de redação, você encontrará elementos que o farão refletir sobre a própria ideia de uma onda conservadora. A partir deles e de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, redija uma dissertação argumentativa, explicando como você vê esse fenômeno da onda conservadora, se é que ele existe, e o que acredita que vai acontecer no Brasil, durante os próximos quatro anos, tanto em termos políticos quanto em termos sociais. Você encara a mudança de orientação política do país de modo positivo ou negativo? Por quê?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
No mês de fevereiro, muitos países entram no clima de carnaval, a festa se caracteriza pelas diversidades de fantasias. No Brasil, entretando, vem ocorrendo casos de apropriação Cultural sobre culturas indígenas e africanas. Nesse sentido, covem analisar, tais medidas para resolver esse problema. Inicialmente, os brasileiros costumam colocar suas criatividades em prática em fantasias para as festas de carnaval. No entanto, é constante os relatos de apropriação Cultural entre vários grupos sociais em adotar hábitos, vestuário, objetos ou comportamentos específicos de outra cultura. É inaceitável usar uma Cultura como representação de fantasia. Além disso, um caso clássico que já causou polêmica é o uso do turbante. Atualmente, ele pode ser facilmente comprado em lojas de departamento e visto em desfiles de moda. ou seja, ele se popularizou, foi apropriado pelo mercado. Contudo, para as religioes de matriz africana, esse elemento significa proteção para a cabeça, que é o elemento mais sagrado dentro desta prática religiosa. Vale ressaltar, que dependendo do modo como ele é colocado, o turbante indica o tempo em que a pessoa está inserida na religião. O ministério da cidadania, portanto, precisa criar um projeto de lei e reforçar nas mídias sobre o uso de atribuir como fantasia a cultura desses povos. É necessário que ocorra a conscientização da sociedade e respeito as culturas dos indígenas e africanos. Assim, o Brasil se tornará um país mais harmônico.
[ 120, 120, 120, 160, 120, 640 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
Os hábitos alimentares são culturais e representam os valores de uma nação ou de um grupo. Quando se opta por consumir um alimento em detrimento de outro, deve-se levar em consideração todo o processo anterior que levou o indivíduo a fazer aquela escolha. O grave problema de excesso de peso há de passar por essa análise para se chegar a uma solução. Os hábitos alimentares são reflexos não só dos valores de um indivíduo, como de um grupo ou nação. Na Índia, é comum não se come carne; na Itália, as massas reinam soberanas; os veganos rejeitam qualquer alimento de origem animal. Essas características nos concedem uma essência, demonstrando escolhas conscientes e substanciais. O Brasil é rico em biodiversidade, o que proporciona uma grande variedade de alimentos, não só os convencionais, como também os não convencionais - as famigeradas PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Apesar disso, o que leva um brasileiro a preferir ir ao McDonald fazer sua refeição em vez de optar por uma refeição composta de produtos naturais? Porque é mais gostoso, é "legal", é rápido e fácil. É isso? Fizeram-nos acreditar pelo menos. Uma mentira repetida mil vezes... É "legal" porque todo mundo está comendo também. É rápido porque no mundo contemporâneo somos impelidos a investir nosso tempo em coisas mais "importantes" (por exemplo: trabalhar à estafa para fazer muito dinheiro para subsidiar o tratamento das doenças que vamos adquirir por ter negligenciado a alimentação a vida inteira). É gostoso porque fomos doutrinados a achar que é, assim como fomos doutrinados a depender do açúcar e do sal para dar sabor aos alimentos quando, em verdade, não é necessário. Estamos falando de um processo de alienação cruel, de uma imposição cultural. É questionável, por exemplo, como grandes empresas de refrigerante ainda se mantém no mercado. Clarice Lispector, em "A Hora da Estrela", disse, ironicamente, que um determinado refrigerante famoso (esse mesmo!) tinha gosto de esmalte, mas ainda assim as pessoas eram subservientes a ele. Ora, não consumimos apenas o refrigerante, mas também o sonho americano, assinamos um tratado referendando a cultura norte-americana. E não há como negá-la como grande influenciadora da nossa alimentação, sobretudo após os Estados Unidos se firmarem como nação sobrepujante após a Guerra Fria. Se formos analisar o problema do excesso de peso sob a ótica da alienação cultural, será possível perceber o quanto esse aspecto é determinante. Vide o atual surto de diabetes e obesidade entre os índios xavantes no Brasil. Não há falar em proibição de se consumir certos alimentos, mas por que eles são consumidos mesmo sabendo dos seus malefícios. É preciso haver um resgate de si mesmo como sujeito capaz de determinar o tipo de alimentação que se quer consumir e responder a si mesmo o porquê dessa escolha: ela é legítima? O escritor Henry David Thoreau, em "Walden", fala que o que degrada o homem é comer aquilo que não é alimento para nossa vida animal ou para inspirar nossa vida espiritual, e sim alimento para os vermes que nos possuem.
[ 160, 160, 160, 120, 0, 600 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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por-que-os-jovens-querem-deixar-o-brasil
No Brasil, o número de cidadãos que querem migrar para outros países tem crescido drasticamente. Atualmente, o território brasileiro vem enfrentando uma crise desde séculos passados, como a queima do café em 1931 e a queda do PIB (produto interno bruto). Tais fatores, formalizaram a encomia do Brasil se estagnar durante anos. A problemática é que com a queda do capital, o desemprego cresceu, pois, os governos reduziram o número de servidores contratados. Todavia, pesquisas realizadas pelo IBGE mostram que um quinto dos jovens brasileiros não estudam e não trabalham. O problema vem sendo que os jovens do Brasil não querem arrumar um emprego. Entretanto, para a preparação, formação e educação de um cidadão, a vida exigirá investimentos seguido por anos. Como já dizia a música do famoso cantor Renato Russo: “O Brasil é um país do futuro”. Um país que vem acomodando grande parte de seu povo pela falta de investimentos na infraestrutura e deficiências na educação. Em destarte, vista tal situação, a maioria dos cidadãos hesitam por mais uma espera de décadas de conversão e optam assim por deixarem seu país de origem. Portanto, medidas precisam ser tomadas para resolver o impasse. Novas leis deveriam ser aplicadas pelo Ministério Do Trabalho, possibilitando vagas de emprego para jovens ainda inexperientes. Assim dando novas oportunidades. Por ora, o MEC realizaria nas escolas públicas a verificação do ensino aplicado nos jovens acompanhando o desenvolvimento dos envolvidos. Em suma, a formação do jovem de hoje é a construção de uma sociedade de amanhã.
[ 120, 160, 160, 160, 160, 760 ]
2,018
62% dos jovens brasileiros querem emigrar Num piscar de olhos, a população dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná desapareceria do Brasil. Cerca de 70 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais deixariam o Brasil se pudessem, mostra o Datafolha. Na pesquisa, feita em todo o Brasil no mês passado, 43% da população adulta manifestou desejo de sair do país. Entre os que têm de 16 a 24 anos, a porcentagem vai a 62%. São 19 milhões de jovens que deixariam o Brasil, o equivalente a toda a população de Minas Gerais. O êxodo não fica apenas na intenção. O número de vistos para imigrantes brasileiros nos EUA, país preferido dos que querem se mudar, foi a 3. 366 em 2017, o dobro de 2008, início da crise global. Os pedidos de cidadania portuguesa aceleraram. Só no consulado de São Paulo, houve 50 mil concessões desde 2016. Há também grande frustração. “O Brasil de 2010 promoveu as expectativas de que nosso país seria diferente. O tombo foi maior quando se descobriu que não estávamos tão bem quanto se dizia” , explica Flávio Comim, professor de Economia da Universidade Ramón Llull, em Barcelona. “Afinal, o que é ser brasileiro hoje? Não pode ser ‘sou um desiludido, um desesperançado’. Cair nisso é muito perigoso para todos nós” , alerta o diretor de Mobilização do Todos pela Educação, Rodolfo Araújo. Há de fato um clima de desesperança. Levantamento feito no começo do mês de junho pelo Datafolha mostrou que, para 32% dos brasileiros, a economia vai piorar; 46% acreditam em alta do desemprego. “Gera uma angústia muito grande. Se nós já estamos em pânico, imagine os jovens” , diz Marcos Fernandes, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas. Enrico Aiex Oliveira, 19, um dos 12 mil brasileiros que cursam faculdade em Portugal, pretende fazer carreira no exterior. Gostaria de voltar um dia ao Brasil “se houvesse estabilidade econômica, reforma política e melhora na saúde e na educação” . O problema, segundo Comim, é que, “se há um futuro, ele não deve chegar tão breve. E dez anos podem não ser nada na vida de um país, mas é muito na de uma pessoa” . Nessa perspectiva, a vontade de ir embora “é uma atitude racional, de busca de uma vida melhor em um mundo no qual ficou mais fácil transitar” . (Folha de S. Paulo, editado)
Historicamente, o Brasil tem sido um país de imigração: gente de várias partes do mundo deixou seus países de origem para tentar conseguir aqui melhores condições de vida: portugueses, espanhóis, italianos, alemães, japoneses, árabes, coreanos, etc. No entanto, uma pesquisa do Datafolha realizada no mês de junho de 2018 aponta para uma grande mudança nesse quadro migratório. Agora, são os brasileiros que querem deixar o país, em busca de uma vida melhor no exterior: se pudessem, cerca de 70 milhões de brasileiros deixariam o Brasil, isto é, 43% de nossa população adulta. Entre os jovens, na faixa dos 16 aos 24 anos, o número aumenta: são 63% os que querem partir. Na sua opinião, o que explica esse fato? Por que o Brasil teria se transformado num país de emigração? Desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre esse tema, apresentando o que lhe parece ser os motivos da mudança e avaliando se essa inversão do fluxo migratório se justifica ou não.
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cantar-ou-nao-cantar-o-hino-nacional-eis-a-questao
No século XX, com o advento da globalização, a humanidade observou grandes avanços tecnológicos e científicos, ocasionando diversas alterações na relação dos indivíduos com o meio em que vivem. No Brasil, algumas dessas mudanças, por exemplo, são perceptíveis produção artística nacional, que, ao encontro de produções estrangeiras, sobretudo norte-americanas, têm sido preteridas Analogamente, percebe-se que símbolos nacionais têm perdido sua importância atualmente e, portanto, esforços para recuperá-la são necessários, porém devem ser planejados coerentemente. O contato com as mais diversas culturas e pessoas é importante, pois faz com que mais pessoas passem a aceitar a diversidade, sendo um processo inclusivo importante. O reconhecimento dos símbolos nacionais, entretanto, uma vez que faz parte do processo de construção de cidadãos que conhecem a história de seu país e estimula a sensação de pertencimento a esse, também é importante. Sendo assim, o hino nacional, por exemplo, mostra-se como mais do que apenas uma música. Conquanto, não se deve executar o hino nacional, visto sua importância como símbolo nacional, visando à formação de cidadãos ufanistas e tampouco associa-lo a quaisquer ideologias, pois tais atos seriam imorais e acarretariam na criação de pessoas sem postura crítica em relação ao seu país. Logo, pela importância do hino nacional e de outros símbolos nacionais, os esforços para reavivar sua importância devem ser planejados de forma precisa e imparcial. Portanto, medidas, sob a égide da Constituição Federal de 1988, que defende o desenvolvimento da pessoa para o exercício pleno da cidadania, são necessárias. Sendo assim, as prefeituras municipais devem distribuir uma bandeira do Brasil para cada escola pública que oferece o ensino fundamental, objetivando a valorização do símbolo pelos mais jovens e o estimulo à sensação de pertencimento e as instituições de ensino, sob a perspectiva de que isto trará benefícios, devem benefícios. Devem executar o hino nacional, agindo, porém, dentro dos limites legais.
[ 160, 120, 120, 160, 160, 720 ]
2,019
O disparate do MEC O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, houve por bem conclamar as escolas do país a um ato de civismo entrelaçado com propaganda do governo. Enviou por email a estabelecimentos públicos e privados uma mensagem na qual exortava alunos, professores e funcionários a se perfilarem para cantar o hino nacional diante da bandeira. “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos! ” , dizia o email, num endosso forçado ao slogan de campanha de Bolsonaro. Tamanho disparate, que mais parece sátira ficcional de um movimento ufanista, não poderia deixar de provocar imediatas reações de repúdio. É espantoso que o ministro não as tenha previsto. Folha de S. Paulo (Trechos do editorial de 27/02/2019) Momento cívico Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim. Diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se veem bandeiras hasteadas por todo o país, seja nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc. , além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 7 de setembro. Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, em que eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil. Jussara de Barros, da Equipe Brasil Escola Revivendo o Regime Militar “Ouviram do Ipiranga à Barra Funda, D. Pedro abaixa as calças e mostra a bunda” Era assim, lá pelos idos de 1987, que degenerados meninos e meninas da 3ª série homenageávamos o hino nacional no pátio de um colégio de freiras. Conforme subia a bandeira, o cântico pátrio ganhava versos mais e mais licenciosos e censuráveis – e isso era justamente o maior motivo para entoá-lo a plenos pulmões. Vivíamos o rebotalho do Regime Militar, com a sobrevida da obrigatoriedade do hasteamento semanal do lindo pendão da esperança e das aulas de Educação Moral e Cívica. Que, entre a pirralhada, desfrutava da mesma troça e falta de prestígio dedicada à obra de Osório Duque-Estrada. Sabe-se que o MEC quer reavivar esses bons tempos. Rodrigo Ratier – Blog Em desconstrução "Resgate do civismo" O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu hoje em São Paulo um “resgate do civismo” , mas criticou a forma adotada pelo MEC (Ministério da Educação) ontem. A pasta enviou uma carta a ser lida pelas escolas aos alunos que incluía o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) .... “Eu acho que a discussão está mal centrada. Porque o que nós estamos buscando? Resgatar o civismo. Infelizmente, ao longo dos últimos tempos, se perdeu o respeito aos próprios símbolos da pátria. A discussão é em torno disso aí. Agora, a forma como foi colocada é que não ficou boa” , disse Mourão...UOL Educação
No final de fevereiro, o Ministro da Educação enviou um email a escolas públicas e privadas propondo que alunos, professores e funcionários se perfilassem diante da bandeira do Brasil para cantar o hino nacional. Na verdade, a proposta do ministro foi determinada por lei em 1936, no governo Getúlio Vargas, e reiterada tanto pela legislação do Regime Militar, em 1968 e 1971; quanto pela lei 12.031/09, do governo Lula. Trata-se de leis que caíram em desuso ou, como no caso desta última, que simplesmente “não pegou” – como acontece com muitas leis no Brasil. Independentemente de questões legais, o que você acha da ideia de cantar solenemente o hino nacional nas escolas? Seria uma forma de resgatar o civismo e o patriotismo dos estudantes? Um retrocesso aos tempos de ufanismo do Regime Militar? Ou ainda uma mera formalidade que em nada contribuiria com o amor à pátria? Com auxílio dos textos da coletânea e de seus próprios conhecimentos, redija uma dissertação argumentativa, apresentando seu ponto de vista sobre o tema e defendendo-o com argumentos.
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epidemia-alimentar-sobrepeso-e-obesidade
A sociedade contemporânea vem enfrentando alguns desafios que se referem muitas vezes a um estilo de vida adotado pela própria população, a epidemia da obesidade é um desses desafios. Com o tempo cada vez mais escasso, muitas pessoas acabam trocando uma alimentação saudável e balanceada, por restaurantes fast food, que em sua grande maioria oferecem alimentos pobres em nutrientes e ricos em calorias, entre eles, o mais comum é o hambúrguer com batata frita. A mídia também explora em seus comerciais, o consumo de alimentos altamente calóricos e industrializados, que reflete em obesidade de jovens e crianças que são muito influenciados por ela. O resultado disso é uma população com problemas de sobrepeso e obesa, que precisa enfrentar problemas maiores relacionados a esse mal, pois a obesidade é porta de entrada para doenças mais graves como as cardíacas e o diabetes. Para combater a obesidade é preciso que o governo invista na educação alimentar desde o ensino básico, que apontem os benefícios de uma dieta balanceada e saudável, e que mostre os riscos de uma alimentação que a primeira vista pode ser muito tentadora, mas que trará malefícios ao longo dos anos. Além de agências reguladoras que possam monitorar e tentar minimizar a aparição e exploração exagerada na mídia de alimentos que comprovadamente fazem mal à saúde.
[ 160, 120, 120, 120, 120, 640 ]
2,018
Perigo imediato De acordo com o estudo divulgado na revista científica Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% em 1975 para 5,6% em 2016. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de apenas 0,9% em 1975 para 7,8% em 2016. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estavam obesos em 2016. No Brasil a tendência é semelhante. Nas últimas quatro décadas, o índice de obesidade entre meninos saltou de 0,93% para 12,7%. Entre meninas, o crescimento foi menor, mas ainda assim elevado: passou de 1,01% em 1975 para 9,37% no ano passado, de acordo com dados compilados pela rede de cientistas de saúde NCD Risk Factor Collaboration, utilizados na pesquisa. Segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescente nível de obesidade entre crianças e adultos coloca a saúde desse público "em perigo imediato". Estimativa da organização aponta que, em 2025, 150 mil crianças e jovens no Brasil desenvolverão diabetes tipo 2, enquanto 1 milhão terão pressão arterial elevada. Outro dado alarmante é o número de crianças e jovens brasileiros que sofrerão com gordura no fígado - cerca de 1,4 milhão, segundo a entidade. BBC Brasil, editado Múltiplos fatores O endocrinologista e metabologista Flávio Cadegiani, membro da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade (Abeso) e especialista da The Obesity Society, ressalta que as políticas públicas de combate à obesidade têm apresentado resultados conflitantes. "Nos Estados Unidos, a oferta de alimentos mais saudáveis nas escolas apresentou um desperdício acima de 80%. A oferta de supermercados 'saudáveis' em bairros mais pobres dos EUA, na maior parte das vezes, não melhorou o comportamento alimentar daquela população. Por outro lado, no México, a sobretaxação de refrigerantes resultou em uma redução importante do consumo desse produto", observa. O problema é que, de acordo com os especialistas, a obesidade não pode ser atacada em uma só frente, pois envolve múltiplos fatores - inclusive, genéticos. Luiza Torquato, do Conselho Federal de Nutricionistas, lembra que, por trás do excesso de peso, há causas biológicas, ecológicas, econômicas e sociais. "Controlar e reverter a situação exige atuação conjunta dos diferentes setores do governo e participação social", defende. Como parte das soluções, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool sugere reduzir a quantidade de alimentos das embalagens, indo na contramão da tendência de agigantar as porções, como acontece, por exemplo, com refrigerantes e pipocas vendidos em cinemas. Correio Braziliense Relação emotiva e química Além dos resultados conflitantes das políticas públicas de combate à obesidade, existem diversos obstáculos para a implementação dessas políticas, que incluem o lobby da indústria alimentícia, a dificuldade de classificação do que é um alimento "apropriado" e saudável, a resistência da própria população, principalmente com obesidade, que em grande parte apresenta uma relação emotiva e química com a comida de alta densidade calórica, a quebra de paradigmas, incluindo a de que trata-se de impedir o acesso a um direito universal (o alimento) , entre muitos outros. O caminho para conter a epidemia da obesidade deve ser semelhante aos caminhos tomados contra o tabagismo, cuja conscientização progressiva dos governos e das populações foram permitindo condutas cada vez mais rigorosas contra o tabaco (veja, se logo no início das campanhas antitabagismo, quando a conscientização ainda não era plena, apresentassem propostas de medidas extremas, como apresentar imagens degradantes dos efeitos do cigarro nas caixas dos maços, jamais seriam aceitas) . Dr. Flávio Cadegiani, endocrinologista e metabologista
Ninguém consegue viver sem comer. Isso é óbvio. No entanto, a comida também pode se transformar num inimigo mortal do ser humano. Ou melhor, isso já está acontecendo e tomou proporções epidêmicas. Quase 40% da população adulta do mundo - e cerca de 20% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos - já sofrem de sobrepeso ou de obesidade. O excesso de peso, segundo algumas estimativas, se tornou a segunda causa de morte no mundo contemporâneo, devido às complicações que isso acarreta à saúde. Quais podem ser as causas dessa epidemia? E, mais importante, o que se pode fazer para combatê-la? Tendo em vista que o sobrepeso e a obesidade já se tornaram um problema de saúde pública - e não simplesmente uma questão individual -, redija uma dissertação argumentativa expondo seu ponto de vista sobre o assunto e respondendo ao mesmo tempo as duas questões acima formuladas. Os textos a seguir fornecem elementos que podem ajudar sua reflexão.
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por-que-nao-ha-novas-manifestacoes-nas-ruas
Após as famosas manifestações de 2013, muitos achavam que o povo brasileiro havia se tornado politicamente consciente, abandonando seu comportamento apático, outrora conquistado, para se tornar mais participativo, sabedor de suas responsabilidades. Infelizmente, a teoria supracitada não vem se confirmando. Qual(is) seria(m) o(s) motivo(s) ? Evidentemente a análise para tal questionamento não é tão simplória quanto gostaríamos. Há uma imensidão de motivos para tomarmos às ruas e demonstrarmos toda nossa insatisfação com o atual cenário político e econômico (foco no político), todavia, será que vale a pena o risco de um cidadão de bem se misturar com baderneiros de face encoberta, ser alvejado por tiro de borracha ou sofrer os efeitos colaterais de bomba de gás lacrimogêneo e como recompensa saborear uma indigesta pizza? Se tornou corriqueiro testemunharmos deputado correndo com mala recheada de dinheiro e ficando livre, senador recebendo propina e se fazendo de vítima presidente tendo obscuras visitas noturnas na garagem, tudo isso ocorrendo paralelamente a diversos escândalos econômicos. Após tantas desilusões se torna possível compreender um pouco melhor o comportamento da sociedade brasileira, haja esperança e braço forte! A solução, assim como a análise, é altamente complexa. Passa por uma completa faxina política, reforma de leis, fim da impunidade e acima de tudo, voto consciente. Só assim voltaremos a viver um sonho intenso, um raio vívido.
[ 160, 120, 160, 120, 120, 680 ]
2,017
Por que Temer não cai? Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF. O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal. Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados —um terço da Casa— para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato. O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída. Se há algo que as ciências sociais são ruins em explicar é a eclosão de protestos generalizados. A literatura oferece apenas umas poucas pistas, que não são das mais animadoras para os que desejam ver o presidente expelido do cargo. O surgimento de manifestações maciças já foi correlacionado à inflação, particularmente à inflação de alimentos, e, paradoxalmente, a crescimento econômico recente (que, por alguma razão, passa a ser visto como ameaçado) . Nenhum dos dois elementos está presente no Brasil hoje, já que a inflação é cadente e o crescimento, após dois anos de recessão, não passa de uma pálida memória. Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo
Um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 29 de junho deste ano, do filósofo e jornalista Hélio Schwartsman, lança uma questão muito interessante sobre a complexa situação política do Brasil de hoje. O país enfrentou, há menos de um ano, o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, vê-se diante da possibilidade de queda de seu sucessor: o presidente Michel Temer. “Por que Temer não cai?” - indaga-se o articulista, respondendo a seguir que uma explicação muito plausível é a ausência do povo nas ruas. Em junho de 2013, o Brasil viu emergir quase espontaneamente grandes manifestações contra a crise econômica e a corrupção, assim como também assistiu a protestos muito grandes em 2016, reunindo milhões de pessoas em todo o país, para pedir a saída de Dilma e apoiar a Operação Lava Jato. Diante disso, é interessante tentar compreender por que, agora, em 2017, as manifestações populares simplesmente não ocorrem. A corrupção não acabou e a economia não entrou nos trilhos... Na sua opinião, o que levou os brasileiros a essa atitude aparentemente passiva? A crença nas reformas que tirariam o país da crise? O apoio silencioso ao presidente ou à sua equipe econômica? Ou ainda um completo desencanto com a política, depois de tantos escândalos e de injustiças? Leia o texto do filósofo, reflita sobre o problema e redija uma dissertação argumentativa, expondo seu ponto de vista sobre o assunto.
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um-reu-deve-ou-nao-ser-preso-apos-a-condenacao-em-2-instancia
A Lei Fleury ficou conhecida como a lei criada com o objetivo de proteger o delegado Sérgio Fleury de ser preso durante o regime da ditadura militar no Brasil. Atualmente, é possível dizer que o caso, de certa forma, está se repetindo, tendo em vista a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em considerar inconstitucional a prisão de pessoas durante processos julgados até a segunda instância. Nesse contexto, vale citar o caso do ex-presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, que foi um dos beneficiados pela decisão do STF, cuja libertação provocou repercussão nacional e até internacional. Eis que, de um lado, o favorecimento dos presos, de outro a sensação de impunidade por parte do povo brasileiro. Partindo do pressuposto de que o ato de condenação é resultado de um estudo aprofundado dos casos pautados por provas, nada mais plausível do que a prisão do condenado, independentemente da instância julgadora. Aguardar o trânsito em julgado de um processo em um país como o Brasil que dispõe de excessivos recursos, principalmente na esfera criminal, significa andar em direção contrária ao desenvolvimento nacional, assim como se configura como um desrespeito à população brasileira.
[ 120, 120, 120, 120, 0, 480 ]
2,019
O que está em vigor até o julgamento da questão As legislações dos países que influenciaram o sistema criminal brasileiro permitem as prisões de réus após condenações em segunda instância. Além disso, tratados internacionais sobre direitos humanos determinam que decisões de dois níveis da Justiça já são suficientes para assegurar o direito de defesa dos acusados, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A orientação em vigor atualmente (15/10/19) no Brasil está alinhada com a das nações que inspiraram nossas leis penais, uma vez que aqui as detenções também podem ser feitas depois das sentenças de segunda instância. Folha de S. Paulo Como e por que isso pode mudar O Supremo Tribunal Federal, porém, pode mudar esse posicionamento em discussão que será retomada em novembro. A corte pode determinar que os encarceramentos só ocorram após o esgotamento das possibilidades de recursos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao próprio Supremo. Em um julgamento, o STF examinou a regra constitucional que determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Na ocasião, para a maioria dos ministros do tribunal ocorreria uma violação ao direito de ampla defesa, caso as prisões de condenados pudessem ocorrer antes do esgotamento da possibilidade de recorrer ao STJ e STF, sob a ótica do texto da Constituição Federal. Folha de São Paulo Argumento para não mudar Luiza Cristina Frischeisen, do MPF (Ministério Público Federal) , considera que "se o STF decidir que a prisão ocorra somente após o trânsito em julgado (esgotados todos os recursos) , o Brasil ficará extremamente isolado, em matéria penal, entre outros países democráticos. Uma decisão nesse sentido favorece a impunidade", pois há um "excessivo número de recursos no direito penal brasileiro". UOL Notícias Como funciona em outros países Alemanha: Nenhum tipo de recurso aos tribunais superiores sobre decisões de primeiro grau permite a liberdade provisória. Ou seja, enquanto recorre, o réu aguarda preso. Argentina: A execução da pena é imediata, após a sentença de primeiro grau. Não é preciso aguardar o trânsito em julgado. Há exceções para grávidas ou mães com bebês menores de seis meses de idade. Estados Unidos: A prisão ocorre após a sentença de primeiro grau. É permitida a suspensão da pena ou que o preso aguarde o julgamento em liberdade, mediante o pagamento de fiança, em casos específicos. França: Os condenados em primeiro grau aguardam em liberdade o julgamento dos recursos. Portugal: Os réus condenados em primeiro grau aguardam em liberdade, enquanto não se esgotarem os recursos. UOL Notícias
No início deste mês de novembro, o Supremo Tribunal Federal deve decidir sobre a prisão em 2ª. instância, isto é, se os réus de processo criminal continuarão a ser presos - como têm sido até agora - após a sentença de dois níveis da Justiça: aquela determinada pelo juiz único do primeiro julgamento e mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça, um órgão superior que julga os recursos contra essa determinação. Se houver um novo entendimento do STF, a prisão só poderá ocorrer depois do esgotamento das possibilidades de recurso no Superior Tribunal de Justiça e, a seguir, no próprio Supremo, que funcionariam como 3ª. e 4ª. instâncias. Sem levar em consideração a decisão final (que não foi emitida até a publicação desta proposta), entenda melhor a questão lendo os textos da coletânea e redija uma dissertação argumentativa expondo a sua opinião sobre o tema: o réu deve poder recorrer às últimas instâncias em liberdade ou na prisão? Ou seja: a prisão de um réu condenado por um juiz e por desembargadores deve ser imediata ou só pode acontecer depois de esgotados todos os recursos nas cortes superiores?
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
É indiscutível que o sistema educacional brasileiro está corrompido há muito tempo, e cada vez mais, estamos caminhando para uma verdadeira concepção da ignorância. A polêmica relacionada ao corte de recursos para formação superior, evidência-se como uma comprovação de que aqueles que deveriam ser os responsáveis pela administração de um Ministério da Educação de fato preocupado em garantir a fomentação do saber e o cultivo do aprendizado da população, não cumprem com suas respectivas funções. Cada vez mais a sociedade se vê a mercê de não somente representatividade, mas também de voz, além da emancipação da falta de conhecimento. Prova disso, está no número demasiado de jovens que são prejudicados com as diversas negligências educacionais, e simplesmente não se dão conta da proporção do problema, já que, na maioria das vezes, se quer buscam compreender o que se passa no âmbito político, socioeducativo, e dos direitos fundamentais dos indivíduos. Portanto, mostra-se de extrema importância que nós, enquanto cidadãos desta nação, devemos promover manifestações para reivindicação do alicerce da humanidade; a educação, visto que esta é o maior investimento para um futuro próspero. Além disso, ao passo que a manipulação de pessoas se torna algo comum, é necessário que sejamos um país crítico, lutando contra a obscuridade do desconhecimento.
[ 120, 40, 40, 120, 40, 360 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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carnaval-e-apropriacao-cultural
A apropriação cultural acontece quando um indivíduo utiliza elementos de um povo sem ser parte dele como mero acessório. No Carnaval especificamente esse ato de apoderar-se pode ser considerado mais grave, uma vez que o sujeito usa os adereços de um grupo como mera fantasia, anulando o costume exclusivo de uma estirpe. No entanto, deve haver diferenciação quando os adornos são usados como forma de manifestação e para fortalecer uma comunidade, tratando-se de algo nobre e não apoderamento. Portanto o carnaval é além de uma época de festividades também uma forma de estimular a interpretação e debater quando uma etnia está sendo meramente usurpada para entretenimento bem como os trajes intercorrem aos protestos para que a visibilidade deles aumentem mas acabam sem receber a devida importância pela falta de compreensão da sociedade. Resta então ao receptor entender a mensagem carnavalesca do emissor, cabendo a todos aproveitar essa temporada do ano com respeito e sensatez.
[ 160, 120, 120, 160, 40, 600 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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7.html
politica-x-ciencia-a-pilula-do-cancer
A fosfoetanolamina é uma substância que é produzida pelo corpo humano e pode ser antitumoral, que possui antiproliferativa que estimula a opoptose e tudo isso impede que o câncer se espalhe. Esta substância foi estudada no começo dos anos 90 pelo professor Gilberto Orivaldo Chierice, no Instituto de Química de São Carlos - USP. Mas com base nas pesquisas os testes feitos em animais tiveram resultados positivos, e atualmente mais de 800 pessoas que se tratam com a substância estão tendo resultados positivos. Os cientistas querem mais testes e a ANVISA não libera a substância, pois não possui registro, e, a vida do povo tem que ser selada e mais testes tem que ser realizados. Mas e se a substância for a única solução para a pessoa?, para ter acesso da substância tem que entrar na justiça até os testes serem realizados e terem certeza que a cura do câncer está na fosfoetanolamina.
[ 80, 40, 40, 80, 0, 240 ]
2,016
Pressão popular Entre as manifestações de brasileiros que saíram às ruas no fim de 2015, um protesto na Avenida Paulista chamou a atenção por defender uma causa diferente às usuais demandas políticas. Com máscaras cirúrgicas, as pessoas ostentavam faixas com dizeres como “tomara que você não precise da fosfo” e “a cura do câncer existe” . Pediam fervorosamente a liberação da “pílula do câncer” . Uma mulher sem o seio esquerdo pintou o corpo de azul e branco, em referência às cores da pílula, e sobre o peito mutilado escreveu: “Foi preciso, mas foi necessário? ” . Protestavam pela regularização da fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” –, um composto criado por pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo em São Carlos e defendido por eles e por muitos portadores de tumores malignos como um objeto de tratamento bem-sucedido contra o câncer. O remédio foi objeto de estudo por mais de duas décadas do professor Gilberto Orivaldo Chierice, hoje aposentado, junto com outros cinco acadêmicos, e distribuído empiricamente a pacientes por 10 anos. Seu uso estava proibido devido à falta de testes definitivos sobre sua eficácia. Desde o dia 13, não está mais: Dilma Rousseff sancionou neste dia uma lei que libera o porte, o uso, a distribuição e também sua fabricação. Seus defensores comemoram a medida, enquanto cientistas criticam a presidente por um ato que consideram “populista” . [El País] Câncer não é doença Quem pede pela liberação da fosfoetanolamina sintética fabricada e distribuída na USP São Carlos acredita que a substância pode curar qualquer tipo de câncer. Mas é possível um único composto tratar mais de cem tipos de doenças? Segundo os oncologistas consultados pelo UOL a resposta é não. "É errado chamar o câncer de doença porque na verdade é um conjunto de mais de cem doenças que são tratadas de forma específica", afirma Gustavo dos Santos Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. [UOL Notícias] Bastante arriscado "Compreendo que a pressão das pessoas que têm câncer e de seus familiares possa ter movido tanto a Câmara e o Senado quanto a presidente a endossar esse tipo de norma. Porém, é bastante arriscado aprovar uma droga que não tem sequer passagem pelas etapas mínimas de pesquisa farmacêutica", diz Mauro Aranha, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) . Para Aranha, uma substância só pode ser liberada para fins terapêuticos após verificados quesitos como sua efetividade, segurança e a interação com outros medicamentos que o paciente esteja tomando. [UOL Notícias] Quatro pontos a favor 1 – Tratamento alternativo: Muitos pacientes são desacreditados pelos médicos devido a terem descoberto o câncer em um estágio muito avançado, quando já não é possível fazer quimioterapia ou cirurgias. Nesses casos, a fosfoetanolamina entraria como um tratamento alternativo da doença, garantindo assim uma possibilidade de melhora e até mesmo cura, de acordo com o que for descoberto após todas as pesquisas que precisam ser feitas. 2 – Qualidade de vida para pacientes no estado terminal: Algumas pessoas que fizeram o uso da fosfoetanolamina disseram ter notado uma melhora significativa mesmo quando a sentença de morte já era praticamente certa. Assim, a substância poderia ser utilizada para garantir uma maior qualidade de vida, mesmo que não com o fim de cura ou tratamento. 3 – Efeito placebo: Isso explicaria a melhora de alguns pacientes com câncer que fizeram uso da fosfoetanolamina caso a substância na verdade não possua toda a capacidade que o professor Chierice afirma que ela tem. Não é muito aconselhável, porém já representa alguma coisa para muitas pessoas que precisam lidar com a doença, tanto a sua própria quanto de alguém próximo e querido. 4 – Pesquisas já feitas apontam resultados promissores: Apesar de terem sido realizadas apenas em culturas de células e animais de laboratório, a substância apresentou resultados promissores em ambos os casos. O organismo do ser humano é sim mais complexo, mas com a realização de todas as pesquisas necessárias pode-se chegar a um resultado satisfatório, e quem sabe um dia a fosfoetanolamina realmente venha a fazer parte do tratamento de pelo menos alguns tipos da doença. [Biosom]
Sob pressão popular, o Congresso Nacional decretou e a presidente da República sancionou a lei 13.269, em 13 de abril deste ano, autorizando o uso da substância fosfoetanolamina sintética – a chamada “pílula do câncer” - por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A medida atendeu aos anseios de muitos cidadãos afetados por diversos tipos de cânceres e seus familiares, mas desagradou os cientistas, que questionam a eficácia da substância, bem como exigem pesquisas e testes antes da liberação de qualquer produto farmacêutico. Pois bem, se os cientistas, que são as principais autoridades nessas questões, foram contra a liberação, os políticos tinham o direito de contrariá-los, criando uma lei, por assim dizer, contrária aos princípios da ciência? Sobre questões de saúde, quem deve dar a última palavra: a Política ou a Ciência? Apresente sua opinião sobre a questão, defendendo sua posição com argumentos. A coletânea de textos que integra essa proposta de redação pode ajudá-lo a refletir sobre o tema.
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12.html
carnaval-e-apropriacao-cultural
O carnaval no Brasil é uma tradição que simboliza a alegria do povo brasileiro. Todos os anos, os festeiros surpreendem com as fantasias criativas, exuberantes e muitas vezes ousadas. Infelizmente, surpreendem, nem sempre de forma positiva, pois dependendo da escolha dos adereços, pode causar polêmica, principalmente por vivermos em um momento histórico em que tanto se discute a respeito do multiculturalismo. O Brasil é um país que possui uma diversidade cultural muito grande e é reconhecido por ser um povo acolhedor. No entanto, a fama não impede que existam situações que causam polêmicas relacionadas à discriminação. Muitas vezes, pessoas se encontram em polêmicas por descuido, outras por desrespeito. A fantasia carnavalesca, com referência indígena, da atriz Alessandra Negrini é um exemplo de polêmica relacionada ao multiculturalismo. Enquanto alguns interpretaram a fantasia como uma forma de desrespeito cultural, outros entenderam que se tratava de uma fantasia como outra qualquer e que o importante é o momento festivo, e que o objetivo da fantasia foi sair da "fantasia habitual" e apenas entrar no clima carnavalesco. Diante da situação, o importante é manter o diálogo e ouvir sempre os dois lados, pois a ofensa nesse caso entra no campo da interpretação, pois no caso em questão não se observa uma ofensa direta. O cuidado deve ser no sentido de não enquadrar tudo o que é diferente como ofensivo, pois nesse caso tudo seria desrespeito a culturas diferentes.
[ 160, 120, 160, 120, 40, 600 ]
2,020
Índio não é fantasia Penas, pinturas corporais e cocares que remetem a povos indígenas devem ser usados como fantasias de carnaval? A ativista Katú Mirim, de 31 anos, afirma que isso é racismo e lançou a campanha #ÍndioNãoÉFantasia para questionar a representação estereotipada de culturas. "Isso é racismo, não é homenagem", dispara Katú em vídeo publicado no Youtube, em que critica a aparição de celebridades ornamentadas com símbolos indígenas. Desde então, Katú vem recebendo muitas mensagens de apoio, mas também muitas críticas e ataques. "Se as pessoas não entendem que dizer que 'índio só pode viver no meio do mato, sem usar coisa do branco' é um estereótipo, fica complicado para elas perceberem que as representações das fantasias de 'índio' são somente a perpetuação desse pensamento", diz. E complementa: "Acham que é homenagem, porque é 'exótico', 'algo natural do Brasil', que faz parte da cultura brasileira...mas se você pergunta a qual povo aquela pessoa está homenageando ao se fantasiar, ela não saberá responder, até porque dificilmente as pessoas conhecem nossa pluralidade étnica". G1 Troca de culturas "Usar cocar no carnaval não é desrespeito, é troca entre culturas". Essa é a opinião de Ysani Kalapalo, indígena da região do Alto Xingu, no Mato Grosso. Em meio à polêmica sobre o que se "pode ou não" usar nos blocos de rua neste ano, a ativista dos direitos indígenas comentou sobre o assunto, enfatizando que cada povo indígena tem cultura e opiniões diferentes. Ysani afirmou que, para ela, ver foliões usando cocar no Carnaval não ofende. "Eu vou falar da minha cultura. Eu sou do povo Kalapalo, natural do parque indígena do Xingu. Na minha cultura Kalapalo, pelo que eu vivi e vi, não tem nada demais usar cocar e adereços indígenas no carnaval", afirma ela, no vídeo. "Quando um branco vai para a nossa tribo, ele usa cocar e adereços e a gente não acha nada de ruim. E quando a gente vai para a cidade a gente usa roupa, óculos, tênis de marca", completa, afirmando que racismo é "quando branco chama o índio de bicho e incapaz" e "tira o índio da sua terra". BBC Brasil
No Carnaval de 2020, veio novamente à tona uma discussão relacionada ao uso indevido de símbolos culturais em blocos e escolas de samba. Para alguns, isso caracteriza uma apropriação cultural, ou seja, o fato de pessoas de uma cultura hegemônica ou dominante adotarem elementos de uma cultura que não é a sua e usá-los em outro contexto, sem referência ou relação com aquela cultura.
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universidade-em-crise-quem-paga-a-conta
Em uma sociedade desigual como a que estamos inseridos, é comum que muitas pessoas, especificamente de renda baixa, tenham a universidade pública e gratuita como uma das principais possibilidades de uma vida melhor. Tendo em vista que o estudo é o principal fator necessário para construir uma vida profissional de maior reconhecimento financeiro e social e que o preço de uma faculdade privada não é acessível a todos. Além disso, a universidade pública é preferível por grande parte dos estudantes por seu investimento em pesquisas - objeto de estudo fundamental para o desenvolvimento de novos fatos -, característica que só é possível graças à sua gratuidade, já que o dinheiro que seria recebido através de mensalidades não alcançaria o valor que é custeado pela sociedade. Ainda é possível reforçar que as vagas que são conquistadas na universidade não se devem apenas ao dinheiro gasto com ensino fundamental e médio privado, já que as vagas destinadas aos oriundos de escolas públicas não poderão, de forma alguma, ser ocupadas por ricos que desfrutaram de privilégios desde a infância. Tendo em vista os âmbitos acima e os gastos altos de uma universidade pública gratuita, a mais viável solução seria não cobrar mensalidades de nenhum aluno, visando a igualdade como todos devem ser tratados, mas criar campanhas de incentivo tanto à doação de dinheiro quanto à serviços comunitários por parte dos alunos a fim de arrecadar dinheiro para a instituição.
[ 160, 120, 160, 160, 120, 720 ]
2,019
Quem pode deve pagar O governador da Bahia, Rui Costa (PT) , afirmou que a cobrança de mensalidades nas universidades públicas de alunos que tenham condições de pagá-las não deve ser tratado como um tabu. (...) O petista defendeu a adoção de novas formas de financiamento das universidades públicas, incluindo o incentivo a doações, parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidades de estudantes de alta renda familiar. "Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade? Qual o problema disso? ", questionou Costa. (...) Mesmo defendendo a proposta, o governador reconheceu que este debate encontraria resistência dentro de seu próprio partido e de setores da esquerda, que historicamente defendem a educação superior pública e gratuita. "Quem é contra [a cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim", afirmou. UOL Educação Pela privatização do ensino superior Como a universidade "para todos" é matematicamente impossível, a universidade limita o número de alunos que pode custear por meio do vestibular. E aí surgem os privilégios. Aqueles com maior poder aquisitivo investem em educação privada de qualidade para ingressar nas universidades estatais e a universidade, no final, se torna um privilégio. Não é à toa que metade dos calouros da USP estão entre os 20% mais ricos do Brasil. O Brasil é um dos países que mais investe em ensino superior do mundo. Enquanto os miseráveis utilizam as escolas de ensino fundamental e médio estatais com baixo orçamento, aqueles com maior poder aquisitivo estudam em escolas privadas e têm mais chances de se beneficiar do dinheiro dos pagadores de impostos que financia o ensino superior. Ou seja, defender o ensino "público, gratuito e de qualidade" é defender a desigualdade no ensino brasileiro. A luta por ensino superior "gratuito" cria consequências amargas aos mais pobres. Para cada centavo de dinheiro dos pagadores de impostos investido no ensino superior, um centavo a menos deixa de ser destinado ao ensino de base dos mais pobres. O privilégio de instituições estatais financiadas por milhões de pobres para ensinar os mais ricos precisa acabar. As universidades estatais têm que ser privatizadas, e pra ontem. Marcelo Caetano, Instituto Liberal de São Paulo Pela universidade pública e gratuita Com extensa participação na vida acadêmica e experiência na implantação de programas sociais universitários, Marcelo Knobel é o atual reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , a melhor universidade da América Latina - segundo ranking da publicação britânica, Times Higher Education - em abril de 2017. Knobel ressalta a importância do papel da universidade na sociedade e defende a gratuidade do ensino superior público no Brasil, no debate sobre a possibilidade de cobrar mensalidade nestas instituições. Independente - As notícias que saem na mídia sobre as universidades públicas são muito preocupantes. A sociedade teme que elas estejam indo à falência ou decadência. Marcelo Knobel - Não chega a esse ponto. Porém, temos realmente que tomar cuidado porque estamos constantemente sob ataque. Temos alguns valores: a universidade deve ser pública, gratuita, de qualidade e precisa atender a sociedade. Temos cada vez mais gente criticando o fato de a universidade pública ser gratuita. Temos gente criticando a autonomia da universidade e muitos questionam até a existência da universidade pública. Mas é importante destacar que a pesquisa de extrema qualidade só pode ser feita nestas universidades. Muitas áreas só podem acontecer e acontecem em universidades públicas. Por nosso papel social no atendimento à população, nas pesquisas e na extensão à universidade, é fundamental que a universidade pública seja financiada pela sociedade. Independente - Jornalismo Alternativo
Após as manifestações contra o contingenciamento de verbas no orçamento das universidades federais, em maio passado, voltou a ser tema de discussão o financiamento do ensino superior público no Brasil. O governador da Bahia defendeu a ideia de que os alunos que tenham condições de pagar seus cursos, em universidades federais ou estaduais, deveriam fazê-lo, para auxiliar o Estado no custeio dessas escolas. Há outras posições nesse debate. Por um lado, existem aqueles que querem manter a situação como sempre foi no país: as universidades devem ser públicas e gratuitas. Por outro, há quem questione essa posição e considere que a melhor saída para o problema é a privatização. Na coletânea de textos que informa esta proposta de redação, há argumentos defendendo cada uma dessas posições. Leia-os com atenção e redija um texto dissertativo-argumentativo, explicando qual é seu ponto de vista sobre o assunto. Na sua opinião, o ensino superior brasileiro deve ser público e gratuito, privatizado ou adotar um meio-termo, cobrando de quem tem recursos?
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